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Uma Adolescência Focada nas Obras do Pai (Lucas 2.41-50)


UMA ADOLESCÊNCIA FOCADA NAS OBRAS DO PAI (Lucas 2.41-50)

Jesus tinha 12 anos, a idade em que o judeu estava se preparando para o seu “Bar Mitzváh” que era o ritual em que aos 13 anos de idade deveria comparecer perante o rabino e mostrar seu conhecimento da Lei. Aprovado, seria considerado adulto perante a Lei e declarado publicamente: “Filho da Lei” ou membro completo da sinagoga. Seu treinamento na Lei era iniciado aos 5 anos e era feito na sinagoga por um hazzam (guardião dos livros sagrados e ministro da sinagoga). Aos 10 anos aprendia sobre a tradição e aos 13 deveria conhecer toda a Lei e obedecer às suas exigências. Aos 15 anos já poderia aperfeiçoar seus conhecimentos. Rito semelhante à Pública Profissão de Fé praticada por nós com os filhos dos membros da igreja batizados na infância a exemplo de Cristo.

Fica evidente que Cristo estudava o Antigo Testamento com atenção, para compreendê-lo e obedecê-lo; não superficialmente, mas a ponto de discutir com os mestres do templo, os melhores da Palestina de seu tempo!

Não sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai? É a completa submissão de Cristo à vontade do Pai desde menino que nos mostra que ele tinha consciência plena de quem era e qual o seu papel no plano eterno de Deus. Ele está pronto para viver sua adolescência focada nas obras do Pai! Ted Tripp chama em seu livro “Pastoreando o Coração da Criança” de influências que moldam e orientam uma vida voltada para Deus: A estrutura familiar, os valores familiares e os papéis familiares. Essa tríade é decisiva na formação do caráter de uma criança. Uma vez que nossos corações não são neutros, a quem vamos ensinar nossos filhos adorar?

Aos 12 anos Jesus já estava plena e conscientemente envolvido naquilo em que o coração de Deus, o Pai, estava. Ele sabia disso, e seus pais já deviam saber também. Além disso a experiência de Jesus nos acalma quanto ao fato de que embora erremos muitas vezes, mas se ensinarmos o certo do jeito certo, poderemos confiar que Deus conduzirá nossos meninos e meninas para dentro de sua casa espontaneamente. Como eu sei que um adolescente é crente mesmo? Quando ele decide ir e vai à igreja sozinho. Jesus estava lá!

Provérbios 1.7-19 propõe aos jovens três bases para uma vida equilibrada. Aprender o temor do Senhor (v. 7). Aceitar a instrução dos pais (v.8,9). Afastar-se dos ímpios (v.10-19). Segundo Ted Tripp, no livro citado acima, o que causa mais espanto não é o ceticismo dos adolescentes cristãos para com o temor do Senhor, mas a incapacidade dos pais de ensiná-los positivamente o caminho de Deus. Por causa disso, Perguntemo-nos:

Pais: NÃO SABÍEIS? – PARA QUE EDUCAMOS NOSSOS FILHOS? Acertaríamos mais vezes e de muitas maneiras como pais se levássemos em conta o propósito de Deus para a vida de nossos filhos e não os criássemos para nós mesmos e sim para Deus! Isso é algo que os pais já deviam saber. Haverá um tempo em que não mais estarão debaixo de nossa autoridade, entretanto, debaixo da autoridade de quem estarão? Hoje é uma boa ocasião para pais e filhos se reunirem em casa para uma conversa verdadeira e agradável sobre seus caminhos e decisões na vida, porque Cristo os está chamando para isso.

Jovens: É POSSÍVEL VIVER UMA ADOLESCÊNCIA E JUVENTUDE PLENAMENTE CONSAGRADA? Jesus cresceu de forma consagrada dentro de um lar consagrado. A Bíblia diz que foi assim para que ele pudesse nos socorrer tanto em nossas fraquezas quanto em nossas dúvidas (Hb 4 e 5).

Pais e filhos (adolescentes inclusive) precisam se lembrar que somos todos igualmente pecadores e que se os nossos pais erram conosco, nós também erramos muitas vezes com eles. A única coisa que é coerente em momentos de crise dentro de casa é arrependermo-nos e com humildade pedirmos perdão uns aos outros. Se alguém precisa ser o primeiro a ceder, por que não pode ser você? A Bíblia diz que Cristo era submisso porque amava e obedecia à Lei de Deus, mas também por amar os seus pais terrenos por amor a Deus, o Pai.

Conclusão: A infância, adolescência e juventude de Cristo foram períodos fundamentais de sua formação para que ele se preparasse a fim de fazer a vontade do Pai. Pais e filhos podem ignorar tudo que Lucas escreve sobre isso e perder de vista a humanidade do evangelho de Cristo, ou podem resolver continuar juntos na caminhada cristã, onde a troca de muitas experiências admiráveis nos aguarda como família cristã. Vamos nos dar as mãos e caminhar juntos?

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