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Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO
Classe de Doutrina II – Quem é o Homem Para Que Dele Te Lembres?
Professores: Pr. Hélio O. Silva e Presb. Baltazar M. Morais Jr.
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Aula 24 = O Pacto da Redenção (02/10/2011).
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A. INTRODUÇÃO
Há diferentes explanações a respeito das partes da aliança da graça. Alguns entendem que são o:
a) Deus triúno e o homem (este sem qualificação ou qualificado de algum modo, como por exemplo, “o pecador”, “o eleito” ou “o homem em Cristo”);
b) outros entendem que são Deus o Pai, representando a Trindade, e Cristo, representando os eleitos; outros ainda,
c) distinguem as duas alianças, a saber, a aliança da redenção (pactum salutis) entre o Pai e o Filho, e, baseada nesta, a aliança da graça entre o Deus triúno e os eleitos, ou entre Aquele e o “pecador eleito”. Passagens como Rm 5.12-21 e 1 Co 15.21, 22, 47-49 salientam a inseparável conexão que há entre o pactum salutis e a aliança da graça. Elas põem em relevo a unidade da aliança em Cristo.
A terceira explanação (c) é mais precisa, mais fácil de entender e, portanto, mais proveitosa numa discussão prática da doutrina da aliança. É seguida pela maioria dos teólogos reformados calvinistas. Não há diferença essencial entre essas duas explanações. “Não há diferença doutrinária entre os que preferem uma exposição à outra; entre os que encerram todos os fatos da Escritura relativos a este assunto numa só aliança entre Deus e Cristo como o representante do Seu povo, e os que os distribuem em duas alianças”. Sendo assim, está fora de dúvida que a terceira maneira (c) de apresentar a matéria merece a preferência. “Apesar desta distinção (entre a aliança da redenção e a da graça) ser favorecida pelas afirmações bíblicas, não se segue que há duas alianças separadas e independentes, em antítese à aliança das obras. A aliança da graça e a da redenção são dois modos ou duas fases da única aliança evangélica da misericórdia”.
B. Dados Bíblicos Quanto à Aliança da Redenção.
O nome “conselho de paz” é derivado de Zc 6.13 onde as palavras se referem à união dos ofícios real e sacerdotal do messias. O caráter escriturístico do nome não pode ser defendido, mas, naturalmente, isto não põe em descrédito a realidade do conselho de paz. A doutrina deste conselho eterno repousa na seguinte base escriturística:
1. O plano da redenção estava incluído no decreto ou conselho eterno de Deus, Ef 1.4ss; 3.11; 2 Ts 2.13; 2 Tm 1.9; Tg 2.5; 1 Pe 1.2 etc.
Pois bem, vemos que na economia da redenção, em certo sentido, há uma divisão de trabalho: o Pai é o originador, o Filho o executor e o Espírito Santo o aplicador. Isto só pode ser resultado de um acordo voluntário entre as pessoas da Trindade, de sorte que as Suas relações internas assumem a forma de uma vida pactual. De fato, é exatamente na vida trinitária que vemos o arquétipo das alianças históricas; vemos nela uma aliança no sentido próprio e mais completo da palavra, encontrando-se as partes num terreno de igualdade.
2. O plano divino de salvação dos pecadores é eterno, Ef 1.4; 3.9,11, mas também indicam que esse plano é da natureza de uma aliança.
Cristo fala das promessas a Ele feitas antes do Seu advento, e repetidamente se refere a uma comissão ou delegação de poderes que recebeu do Pai, Jo 5.30, 43; 6.38-40; 17.4-12. E em Rm 5.12-21 e 1 Co 15.22, Ele é claramente considerado o chefe representativo, isto é, o chefe de uma aliança.
3. Sempre temos os elementos essenciais de uma aliança, a saber, partes contratantes, promessas e condição ou condições, temos uma aliança.
No Sl 2.7-9 mencionam-se as partes e se indica uma promessa. O caráter messiânico desta passagem é afiançado por At 13.33; Hb 1.5; 5.5. No Sl 40.7-9, também atestado como messiânico pelo Novo Testamento, (Hb 10.5-7), o Messias expressa a Sua prontidão para fazer a vontade do pai tornando-se um sacrifício pelo pecado. Cristo fala repetidamente de uma tarefa que o Pai Lhe confiou, Jo 6.38, 39; 10.18; 17.4. A declaração registrada em Lc 22.29 é particularmente significativa: “Assim como o Pai me confiou um reino, eu vo-lo confio”. O verbo empregado aqui é diatithemi, do qual deriva a palavra diatheke, e cujo sentido é designar por disposição voluntária, testamento ou aliança. Além disso, em Jo 17.5 Cristo reivindica uma recompensa, em Jo 17.6, 9, 24 (cf. também Fp 2.9-11), Ele se refere ao Seu povo e à Sua glória vindoura como uma recompensa a Ele dada pelo Pai.
4. Há duas passagens veterotestamentárias que ligam diretamente o conceito da aliança ao Messias,
a saber, o Sl 89.3, que se baseia em 2 Sm 7.12-14, e que Hb 1.5 prova tratar-se de uma passagem messiânica; e Is 42.6, onde a pessoa aludida é o Servo do Senhor. O contexto mostra claramente que este Servo não é simplesmente Israel. Além disso, há passagens nas quais o Messias fala de Deus como Seu Deus, a saber, Sl 22.1, 2 e 30.8, empregando assim a linguagem pactual de hábito.
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Bibliografia: Louis Berkhof. Teologia Sistemática, ECC, p. 247-248). Catecismo Maior de Wesminster, pergunta 31.
Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO
Classe de Doutrina II – Quem é o Homem Para Que Dele Te Lembres?
Professores: Pr. Hélio O. Silva e Presb. Baltazar M. Morais Jr.
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Aula 24 = O Pacto da Redenção (02/10/2011).
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A. INTRODUÇÃO
Há diferentes explanações a respeito das partes da aliança da graça. Alguns entendem que são o:
a) Deus triúno e o homem (este sem qualificação ou qualificado de algum modo, como por exemplo, “o pecador”, “o eleito” ou “o homem em Cristo”);
b) outros entendem que são Deus o Pai, representando a Trindade, e Cristo, representando os eleitos; outros ainda,
c) distinguem as duas alianças, a saber, a aliança da redenção (pactum salutis) entre o Pai e o Filho, e, baseada nesta, a aliança da graça entre o Deus triúno e os eleitos, ou entre Aquele e o “pecador eleito”. Passagens como Rm 5.12-21 e 1 Co 15.21, 22, 47-49 salientam a inseparável conexão que há entre o pactum salutis e a aliança da graça. Elas põem em relevo a unidade da aliança em Cristo.
A terceira explanação (c) é mais precisa, mais fácil de entender e, portanto, mais proveitosa numa discussão prática da doutrina da aliança. É seguida pela maioria dos teólogos reformados calvinistas. Não há diferença essencial entre essas duas explanações. “Não há diferença doutrinária entre os que preferem uma exposição à outra; entre os que encerram todos os fatos da Escritura relativos a este assunto numa só aliança entre Deus e Cristo como o representante do Seu povo, e os que os distribuem em duas alianças”. Sendo assim, está fora de dúvida que a terceira maneira (c) de apresentar a matéria merece a preferência. “Apesar desta distinção (entre a aliança da redenção e a da graça) ser favorecida pelas afirmações bíblicas, não se segue que há duas alianças separadas e independentes, em antítese à aliança das obras. A aliança da graça e a da redenção são dois modos ou duas fases da única aliança evangélica da misericórdia”.
B. Dados Bíblicos Quanto à Aliança da Redenção.
O nome “conselho de paz” é derivado de Zc 6.13 onde as palavras se referem à união dos ofícios real e sacerdotal do messias. O caráter escriturístico do nome não pode ser defendido, mas, naturalmente, isto não põe em descrédito a realidade do conselho de paz. A doutrina deste conselho eterno repousa na seguinte base escriturística:
1. O plano da redenção estava incluído no decreto ou conselho eterno de Deus, Ef 1.4ss; 3.11; 2 Ts 2.13; 2 Tm 1.9; Tg 2.5; 1 Pe 1.2 etc.
Pois bem, vemos que na economia da redenção, em certo sentido, há uma divisão de trabalho: o Pai é o originador, o Filho o executor e o Espírito Santo o aplicador. Isto só pode ser resultado de um acordo voluntário entre as pessoas da Trindade, de sorte que as Suas relações internas assumem a forma de uma vida pactual. De fato, é exatamente na vida trinitária que vemos o arquétipo das alianças históricas; vemos nela uma aliança no sentido próprio e mais completo da palavra, encontrando-se as partes num terreno de igualdade.
2. O plano divino de salvação dos pecadores é eterno, Ef 1.4; 3.9,11, mas também indicam que esse plano é da natureza de uma aliança.
Cristo fala das promessas a Ele feitas antes do Seu advento, e repetidamente se refere a uma comissão ou delegação de poderes que recebeu do Pai, Jo 5.30, 43; 6.38-40; 17.4-12. E em Rm 5.12-21 e 1 Co 15.22, Ele é claramente considerado o chefe representativo, isto é, o chefe de uma aliança.
3. Sempre temos os elementos essenciais de uma aliança, a saber, partes contratantes, promessas e condição ou condições, temos uma aliança.
No Sl 2.7-9 mencionam-se as partes e se indica uma promessa. O caráter messiânico desta passagem é afiançado por At 13.33; Hb 1.5; 5.5. No Sl 40.7-9, também atestado como messiânico pelo Novo Testamento, (Hb 10.5-7), o Messias expressa a Sua prontidão para fazer a vontade do pai tornando-se um sacrifício pelo pecado. Cristo fala repetidamente de uma tarefa que o Pai Lhe confiou, Jo 6.38, 39; 10.18; 17.4. A declaração registrada em Lc 22.29 é particularmente significativa: “Assim como o Pai me confiou um reino, eu vo-lo confio”. O verbo empregado aqui é diatithemi, do qual deriva a palavra diatheke, e cujo sentido é designar por disposição voluntária, testamento ou aliança. Além disso, em Jo 17.5 Cristo reivindica uma recompensa, em Jo 17.6, 9, 24 (cf. também Fp 2.9-11), Ele se refere ao Seu povo e à Sua glória vindoura como uma recompensa a Ele dada pelo Pai.
4. Há duas passagens veterotestamentárias que ligam diretamente o conceito da aliança ao Messias,
a saber, o Sl 89.3, que se baseia em 2 Sm 7.12-14, e que Hb 1.5 prova tratar-se de uma passagem messiânica; e Is 42.6, onde a pessoa aludida é o Servo do Senhor. O contexto mostra claramente que este Servo não é simplesmente Israel. Além disso, há passagens nas quais o Messias fala de Deus como Seu Deus, a saber, Sl 22.1, 2 e 30.8, empregando assim a linguagem pactual de hábito.
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Bibliografia: Louis Berkhof. Teologia Sistemática, ECC, p. 247-248). Catecismo Maior de Wesminster, pergunta 31.