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21 = Oração Pelo Ministério - Romanos 15.30-33 (2)


Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO
Grupo de Estudo do Centro – Fevereiro a Junho/2013
Liderança: Pr. Hélio O. Silva, Sem. Adair B. Machado e Presb. Abimael A. Lima.
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21 = Oração Pelo Ministério – Romanos 15.14-33 (2).        26/06/2013.
Um Chamado à Reforma Espiritual – D. A. Carson, ECC, p. 216 a 229.
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30 Rogo-vos, pois, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e também pelo amor do Espírito, que luteis juntamente comigo nas orações a Deus a meu favor,
 31 para que eu me veja livre dos rebeldes que vivem na Judéia, e que este meu serviço em Jerusalém seja bem aceito pelos santos;
 32 a fim de que, ao visitar-vos, pela vontade de Deus, chegue à vossa presença com alegria e possa recrear-me convosco.
 33 E o Deus da paz seja com todos vós. Amém!
 (Rom 15:30-33 ARA)

Introdução:
Orações não têm respostas automáticas e prontas, elas se encaixam na perspectiva da vontade e da relação que Deus mantém com os seus filhos.
Essa concepção deve moldar nossos próprios pedidos de oração.

1.     Paulo pede oração por si, em relação ao seu próprio ministério.
®   Os pedidos de oração de Paulo por si mesmo não são incomuns nas suas cartas (Ef 6.12,18-20; 1 Ts 5.23-25; 2 Co 1.8-11; Fm 22).
®   Seus pedidos pessoais de oração servem sempre a seus propósitos ministeriais.

Há três pedidos de oração nesse texto:
a)    Para ser livre dos rebeldes na Judéia.
®   Paulo levará a Jerusalém o fruto das ofertas das igrejas gentílicas aos judeus cristãos pobres.
®   Paulo teme pela repercussão da oferta por razões tanto teológicas quanto culturais. Havia muitos judeus conservadores cuja identidade cultural estava relacionada à prática de rituais e tabus.
®   Duas coisas devem ser enfatizadas:
(1) Os problemas de Paulo com os judeus não era fruto de anti-semitismo, mas da perseguição judaica contra ele.
(2) “Os rebeldes de Jerusalém” não são apenas um grupo de “descrentes” (Trad. NVI) que pensavam diferente do evangelho, mas eram rebeldes no sentido de que resolveram desobedecer ao chamado do evangelho.
®   Isso quer dizer que não confiar inteiramente em Cristo não era uma questão puramente de preferência religiosa, mas de pura incredulidade.
®   Eles tinham elevado sua opinião, preferências e prioridades pessoais a uma condição pecaminosa, acima da centralidade de Deus (p.219).

b)    Para que seu trabalho em Jerusalém possa ser aceito pelos santos.
®   Seu pedido reflete sua sensibilidade pastoral, pois está consciente que os judeus poderiam influenciar seus parentes e conhecidos convertidos ao evangelho a rejeitar o evangelho pregado por Paulo.
®   Seu pedido reflete sua inquietação quanto ao fato de que algumas pessoas simplesmente não sabem receber presentes ou ofertas.

®   Qual o objetivo de orarmos por lideres cristãos?
1º) Orar para que lideres cristãos sejam livres da oposição externa ao evangelho que tenta destruí-lo.
®   Existem pessoas que se esforçam por derrubar lideres cristãos.
®   Existem falsos lideres na condução da igreja e que usam da sua estrutura para sobreviver à custa de lideres fiéis.
®   Lideres cristãos não imunes ao apelo do dinheiro e do poder.

2º) Orar para que o serviço prestado pela liderança cristã seja aceitável aos crentes.
®   As novas gerações de cristãos têm uma visão reducionista da vida, julgam o ministério dos outros por um dois critérios somente e não pela amplitude do ministério cristão.
®   Muitos membros de igreja dessa geração estão em busca apenas de paz e felicidade, e não perdão e santidade. “Eles preferem o entretenimento ao culto, a oratória à verdade e o roteiro à piedade. Se essas pessoas têm uma voz dominante numa igreja cujos líderes procuram sinceramente ser fiéis à Escritura (apesar dos métodos contemporâneos de expressão, os líderes passam dificuldades” (p.223).
®   “É uma acusação terrível contra a igreja quando aqueles que o Senhor envia são tratados como escória” (p.223).

c)     Para que Roma o encaminhe à Espanha como missionário.
O terceiro pedido é o objetivo missionário da carta aos Romanos.

 2.     para Paulo a oração pelo ministério prevê outro ministério.

a)    Sua ida a Roma seria apenas uma “visita” temporária para conhecê-los e “recrear-se” na sua comunhão.
®   A ida a Roma visa a preparação de sua ida à Espanha.
®   “Recrear-se” é passar um tempo de comunhão, mas preparando-se para ir adiante no ministério.
®   (obs) Como um “furlong” = um tempo de férias simultâneo à divulgação do trabalho como fazem os missionários modernos, preparando-se para o retorno ao campo.

b)    É preciso ter uma visão abrangente da oração.
®   As nossas orações devem expressar não só os nossos pedidos, mas também nossos “sonhos” ministeriais para o futuro.
®   Essa visão ampla da oração inclui necessidades e oportunidades.
®   Muitos que trabalham em campos difíceis precisam ter consciência de sua necessidade lá. Não estamos sem resposta às nossas orações porque trabalhamos num campo difícil ou complicado.

3.     é importante saber que algumas orações de paulo não foram respondidas como ele gostaria.

a)    Dos três pedidos de Paulo apenas o segundo foi respondido como apresentado.
®   Ele levou a oferta aos crentes da Judéia.
®   Mas foi preso em Jerusalém motivada pela ação dos “rebeldes da Judéia”.
®   Ele não conseguiu ir à Espanha.
®   Ele não foi a Roma para um tempo de comunhão com aigreja, mas como prisioneiro do Império Romano.

b)    Saber disso é uma experiência consoladora para nossas orações.
®   Nem todas as orações de Paulo foram respondidas como desejava ou queria (2 Co 12.1-10.
®   As nossas também nem sempre serão.

Perguntas para reflexão:
1.     Como você reage diante de orações não respondidas?
2.     Você já recebeu respostas às suas orações que não esperava?
3.     Diante das dificuldades de sua igreja como você ora por seus líderes cristãos?

4.     Você intercede por quem cria dificuldades à liderança da Igreja?

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