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Lucas 2.1-12 = Cristo Chegou! Eis As Boas Novas de Grande Alegria!


Introdução:
Os chamados cantos do Natal em Lucas são fatos e são poesia. As duas coisas! Lucas quer dar fundamento histórico para a nossa fé e quer nos encantar com a perfeita humanidade de nosso Salvador. Do mesmo modo como aconteceu com ele.
Os cantos do Natal são proféticos, pois ressaltam a maravilha da era messiânica que se inaugura com os nascimentos de João Batista (o último profeta do Antigo Testamento) e de Jesus Cristo (o Messias esperado).

Contexto:
Lucas escreveu seu evangelho como fruto de conversas com aqueles que viram Jesus, muitos ainda vivos em sua época (I Co 15.6) e de leituras nos evangelhos já escritos como o de Marcos e provavelmente o de Mateus.
Para dar-nos “plena certeza das verdades” em que fomos instruídos fez “acurada investigação” (literalmente = “seguiu a pista”) de todos os acontecimentos da vida de Cristo entre nós “desde o começo” e “em ordem” e assim expôs (colocou diante de nossos olhos) o evangelho da maravilhosa graça de Deus.

Proposição:
A esperança encontrou o seu verdadeiro descanso. O Cristo chegou! Essa é a Boa Nova de Grande Alegria!

I. É O EVANGELHO DA VINDA DO CRISTO QUE NASCEU E VIVEU NA HISTÓRIA V.1-7

a) Herodes, o Grande. (74 aC-4 aC).
Reinou de 37 a 4 aC. Foi um rei mau e escêntrico. O prório imperador César Augusto comentou em carta ironicamente quando determinou a morte de um de seus próprios filhos: "É melhor ser um porco (hun) de Herodes que um filho (huio)".

b) No tempo de César Augusto (63 aC a 14 dC).
Um período de prosperidade e expansão depois de um período de guerra civil. De 43 aC a 31 aC = Triunvirato. Em 27 aC foi declarado máximo pontífice (pontifex maximus) e passou a reinar sozinho, tornando-se no primeiro Imperador Romano. Ele instituiu um sistema de censos periódicos a cada 14 anos para fins tributários. No entanto o registro mais antigo desses censos data de 20 dC. Uma dedução lógica é que tenha havido um 14 anos antes, ou seja, em 6 dC, o que é corroborado por Josefo em Antiguidades XVIII.26. Subtraindo mais 14 anos temos o ano de 8 a.C. para a realização de outro censo.

c) No Governo de Cirino, na Síria.
Ele a governou com certeza de 12 aC a 16 dC. Atos 5.27 fala de um censo no ano 6 d.C quando houve uma rebelião de um certo Judas. Possivelmente esse foi um segundo censo e o primeiro, poderia ter ocorrido com um atraso de 3 anos, pois a literatura atesta a ordenação de um censo por Augusto no ano 8 aC. Se se considerar a morte de Herodes até um ano após o nascimento de Cristo, então a data mais provável para o seu nascimento seria o ano 5 ou 6 aC. 8 aC. parece muito longe.
O caso é que os judeus eram avessos a censos desde 2 Samuel 24, quando Davi liderou um malogrado censo que culminou no castigo de Deus sobre a nação. É possível que Herodes, ciente disso, tenha atrasado o início, e por conseguinte a conclusão de um censo no seu reinado na Palestina.

d) Durante o primeiro Recenseamento.
Cada família devia se alistar na sua própria cidade natal. José era natural de Belém e deveria alistar-se ali. Herodes copiou o método egípcio a fim de retirar a tensão de ser o censo uma imposição estrangeira.
Lucas dá testemunho de que a história que Deus escreve não recebe a evidência e a atenção que a história que os homens escrevem recebe. Todavia é a história que Deus escreve que determina o destino de todos nós.
Enquanto as pessoas escrevem sobre César e suas conquistas, não percebe que um casal cruza as montanhas de um reino conquistado para cumprir é a vontade de Deus. Enquanto as pessoas acham que são nos palácios que se encontra o poder de decidir os rumos da história, Deus a decidiu através de um simples nascimento no oculto de uma estrebaria, onde nem sequer havia um livro de atas para se escrever um único registro! Enquanto as pessoas acham que podem obrigar as consciências através de leis e decretos e medidas provisórias, e assim tomar nas mãos o governo da vida dos outros em suas mãos. Deus usa dessas mesmas leis para deslocar os aparentemente conquistados para serem instrumentos da sua graça aos homens!
O Deus do universo resolveu soberanamente nos amar com simplicidade. A resposta, a boa nova é que o governo não está nos palácios, mas nas mãos do Deus que fez completar os dias para uma mulher grávida, mas também para a revelação do verdadeiro salvador!

e) O Unigênito de Deus e primogênito de Maria.
Cristo é o Unigênito do Pai (Jo 1.14,18; 3.16,18; Hb 11.17; I Jo 4.9) e o primogênito de Maria (Lc 2.6 = Mt 1.25). Ele é o único Filho de Deus e o primeiro filho, ou o filho mais velho, de Maria.
Os nomes de seus irmãos são: Tiago, José, Simão e Judas (Mateus 13.55 = Cf. 12.46-47; Mc 3.31,32; Lc 8.19,20). Mateus menciona que Jesus tinha irmãs (Mt 13.56). Um apócrifo do Novo Testamento diz que o nome de uma de suas irmãs era Salomé.
Outras citações com respeito à sua família estão em Jo 2.12; 7.3,5,10. Paulo fala de Tiago como “o irmão do Senhor” (Gl 1.19) e Judas chama a si mesmo de “irmão de Tiago” (Jd 1).

II. É O EVANGELHO DA BOA NOVA DE GRANDE ALEGRIA V.8-12.

a) O Salvador nasceu hoje!
Todas as profecias sobre a vinda do Messias se cumpriam a partir desse momento.
“Hoje” nas escrituras sempre é um tempo de graça, mas também de decisão. A Bíblia nos exorta a crermos hoje! A hoje não rejeitar a graça! Hoje é o tempo do livramento de Deus! Hoje é o dia da benção! Hoje é o dia do encontro com Deus!
Não há porque esperar, Deus está entre nós agora! Creia!

b) Ele nasceu na cidade de Davi.
As profecias apontavam para uma cidade e na cidade referida ele nasceu (Mq 5.2)

c) Ele é O Salvador, o Cristo, o Senhor!
 O Salvador = aquele que salvará o seu povo dos pecados deles (Mt 1.21).
 O Cristo = O ungido de Deus para cumprir a sua vontade e anunciar o ano aceitável do Senhor.
 O Senhor = aquele que governa os povos..

d) Ele pode ser encontrado numa manjedoura!
 Ele nasceu em obscuridade.
Num local desconhecido e sozinho, pois sua própria mãe o enfaixou. Não havia ajudantes ou escribas palacianos.
 Ele nasceu em pobreza.
Foi colocado numa manjedoura, local de animais se alimentarem.
 Ele nasceu em rejeição.
Não havia lugar para eles na hospedaria!
No entanto, conhecê-lo é encontrar a vida que não acaba!

Conclusão:
1. Os dias foram completados.
Gálatas 4.4 diz que a sua vinda é a plenitude dos tempos. Ele veio como homem obediente à Lei para resgatar-nos da condenação da Lei justa de Deus.

2. Hoje ele pode ser encontrado.
Ele não está oculto, mas é conhecido no evangelho que nós anunciamos ao mundo para que este creia nele!

3. Encontrar o Cristo é encontrar-se com a grande alegria!
A sua palavra e promessa não é prioritariamente de condenação, mas de salvação. Ele oferece o perdão de nossos pecados; ele oferece a vida eterna com Deus; ele oferece uma nova vida numa nova aliança!
Ao comemorar o Natal lembre-se de tudo isso e receba a Cristo como o seu salvador e Senhor!

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