Introdução:
“Apatia”: Essa foi a expressão usada por um pastor, que pregou recentemente aos jovens da nossa igreja, para definir os jovens presbiterianos de nosso tempo.
Às vezes eu acho que ela define também as expectativas de muitos seminaristas quanto ao campo ministerial onde vão servir. São jovens em busca mais de segurança e realizações pessoais do que propriamente pessoas que acreditam nas mudanças prometidas pelo evangelho. Para alguns, parece que o que acontecer aconteceu; tendo salário, casa e estabilidade, o resto é lucro!
Mas o chamado ministerial é um campo de provas que motivações assim não resistem por muito tempo. O ministério é de Deus tanto quanto o chamado também.
Outros são resignados e cansados de lutar com Deus dizendo não, se tornam pregadores do estilo de Jonas: Amargurados com a vida.
A Bíblia fala de muitas respostas diferentes ao chamado de Deus; qual é a sua?
Contexto:
Um jovem rico se aproxima e quer ter a segurança da vida eterna. Ele guarda os mandamentos, mas ama mais as suas riquezas do que a Deus.
O convite de Cristo era para que ele deixasse tudo e o seguisse, mas ele não quis; e Cristo o deixou ir...
Pedro (v.28) lembra ao Senhor Jesus que eles deixaram tudo para o seguir. A resposta de Cristo é o instrumento de nossa meditação nessa manhã.
Proposição:
Perdas e Ganhos: Uma Avaliação da Vocação Pastoral. Observemos por dois prismas colocados pelo Senhor Jesus.
I. A VOCAÇÃO PASTORAL REQUER DE NÓS DEIXAR TUDO V. 28,29:
a) “Deixamos (aoristo) tudo e te seguimos (perfeito)”.
Uma decisão definitiva (uma decisão decidida).
Uma decisão para não olhar para trás.
Muitos que estão se preparando ou que já estão nos campos ainda têm dúvidas quanto à sua vocação pastoral, e isso é um laço para eles.
Um seguir contínuo.
b)Casa, família e campos.
1. Segurança.
2. Comunhão.
3. Manutenção econômica.
c) Por amor de mim e do Evangelho.
Qual é a motivação para atender ao chamado ministerial de Cristo?
Fama?
Poder?
Sucesso?
Riquezas?
Nossa motivação só pode ser Cristo e seu evangelho!
II. ATENDER À VOCAÇÃO PASTORAL NOS DÁ O CÊNTUPLO DE TUDO QUE DEIXAMOS V. 30:
a)Quem deixa tudo por Cristo e pelo seu evangelho recebe já no presente o cêntuplo de tudo o que deixou.
O tempo do ministério não é um tempo só de lutas e dores. Há muitas e imensas alegrias.
Cada campo ministerial reservará suas alegrias inestimáveis.
Ilustrações: Peniel; Norte-Ferroviário; Abadiânia; Uruaçu; Goianésia; Rubiataba; Cidade Livre; Balneário e a Primeira Igreja e o Seminário (igrejas por passei).
b) O Cêntuplo de tudo!
Casas. A igreja sempre me proporcionou uma boa moradia.
Famílias. Eu tenho muitos “pais fora de casa”.
Manutenção econômica. O salário não é tudo o que você queria, mas é digno.
c) A vida eterna no porvir.
Viver e morar com Deus são tudo que um cristão pode desejar de melhor para si e para a sua família!
CONCLUSÃO:
Há duas alertas importantes:
1º) Todas as alegrias serão vividas em meio a tribulações (Perseguições).
Romanos 8 nos diz que devemos comparar as tribulações do presente com as bênçãos da eternidade. O presente é momentâneo e passageiro frente ao tamanho da eternidade.
2º) A tentação do auto-engano baterá à nossa porta cotidianamente. (primeiros e últimos).
Quem pensa ser digno do favor de Deus porque trabalhou em sua obra não o achará. Porque o favor de Deus sempre está fundamentado na sua graça!