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10 = Colossenses 2.20 a 23 - Mortos com Cristo


Igreja Presbiteriana Jardim Goiás
Grupos Familiares - Quarta-feira - agosto a dezembro/2019
Liderança: Pr. Hélio O. Silva, Pr. Dyeenmes P. Carvalho e Sem. Salomão S. Tavares Jr.
10 = Colossenses 2.20-23 - Mortos Com Cristo -------------------------------- 09/10/2019
Andai Nele - Estudo Indutivo de Colossenses - Helio O. Silva.


Introdução

          O estudo indutivo das escrituras é importante porque nos ajuda a conhecer melhor a Cristo e sua revelação. Muitos que frequentam as igrejas não conhecem Cristo ainda e sequer se arrependeram de seus pecados confessando a Cristo como único Salvador e Senhor de suas vidas.

              Estudar a Bíblia juntos ou em grupo abre possibilidades para que as pessoas presentes possam entender a Cristo, conhecê-lo e confessá-lo publicamente.

          O livro de Colossenses é singular nesse ponto, pois se concentra em Cristo e sua relação pessoal com os cristãos.

Contexto

          Paulo trata da morte com Cristo nesse parágrafo e tratará da ressurreição com Cristo no próximo parágrafo. Ele está concluindo a seção de advertência contra o falso ensino grego de que a matéria é má e o espírito bom, impondo uma religiosidade externa de austeridade sem que houvesse uma mudança interior de caráter.

A nossa união com Cristo em sua morte e ressurreição nos livra de uma religião que se alimenta de aparências, oprimindo as pessoas e escravizando-as ainda mais. Paulo afirmou que essa religiosidade do mundo se manifesta por meio de filosofias, vãs sutilezas e tradições de homens impostas aos outros como se fosse a verdade, mas não é.


1.     Morrer com Cristo significa separar-se dos rudimentos do mundo presente - v. 20a

a)    O que significa estar morto com Cristo?

Estar morto e ressurreto com Cristo significa que fomos e somos unidos a Ele por meio de sua morte e ressurreição. Esse morrer deve ser entendido de forma legal, ou seja, os elementos da velha vida não têm mais poder de decisão sobre nós pois fomos livres deles pela morte de Cristo a nosso favor (“cancelou nossa dívida” - v.14). O que mudou entre nós e os rudimentos do mundo foi a relação, não a realidade de sua existência e a tentação que exercem sobre nós. De modo que, pela santificação, estamos sendo livres do poder do pecado sobre nós no tempo presente.

b)    O que são os rudimentos do mundo? (veja o v. 8).

Como vimos no v. 8, os rudimentos do mundo são todas as peças que compõem a filosofia de vida sem Deus proposta a nós pelo tempo presente. Gálatas 1.4 nos ensina que Cristo se entregou à morte para nos desarraigar desse mundo perverso. No campo religioso, os rudimentos do mundo são os componentes de uma religiosidade natural, sem submissão a Deus, mundana.


2.     Nossa união com Cristo em sua morte nos liberta de uma religiosidade apenas externa - v.20b-22

a)    Mortos com Cristo - como se vivêssemos no mundo.

Se fomos unidos a Cristo em sua morte e ressurreição, não podemos manter a relação que tínhamos com o mundo antes.

b)    A religião natural (do mundo) é caracterizada por ordenanças externas negativas.

®   Não manusear isso/Não provar aquilo/Não tocar aquiloutro.

Duas observações importantes: a presença do “não”, e a instrumentalidade dos órgãos dos sentidos (tato, paladar, olfato, audição, visão). Regras externas. A religião natural é a religião que o homem é capaz de produzir. Pode ser muito criativa, mas não satisfaz à santidade e existência do Deus verdadeiro.

c)     A religião natural (do mundo) tem sua origem e fundamento em doutrinas humanas.

Ela espelha doutrinas e preceitos dos homens, mas não os de Deus. Pedro as chama de fábulas engenhosamente inventadas (2 Pe 1.16), que são o oposto da revelação divina em Cristo e nas escrituras (2 Pe 1.21), pois são “movidas (sopradas, inspiradas) pelo Espírito Santo.

d)    A religião natural (do mundo) se desgasta com o uso e com o tempo.

A religião natural não suporta a mudança dos tempos e se desgasta naturalmente, pois espelha a natureza mutável de seus criadores.

3.     A religiosidade externa não transforma o coração - v. 23.

a)    Ela tem aparência de sabedoria

®   Culto de si mesmo - experiências pessoais; culto à personalidade; exaltação pessoal.
®   Falsa humildade - motivada por interesse e busca de poder sobre os outros.
®   Rigor ascético - impressiona os olhos pelo sacrifício pessoal exigido e realizado.

b)    Mas não tem valor contra a sensualidade

Sensualidade traduz uma palavra que significa “indulgência”, ‘satisfação” e “saciedade”. Aprece apenas essa vez no NT e na LXX é traduzida por “fartura, saciedade” em todos os casos (ex. Gn 41.30; Pv 3.10, Is 55.2). Hendriksen a interpretação como “satisfação da carne”, ou seja, a religião externa e legalista impressiona os olhos, mas não vence os desejos pecaminosos do coração. Machucar o corpo com sacrifícios (ascetismo) não transforma ou melhora a alma.

Conclusão

          Paulo está estabelecendo as bases para o comportamento cristão que exalta a glória de Deus e reflete o novo “status” (condição) que recebemos de Cristo. A liberdade cristã não significa desobrigação para com Deus e o próximo, mas o oposto, estabelece novos relacionamentos verdadeiros baseados no amor sacrificial de Cristo a nosso favor. Com o modelo de como devemos proceder com os outros.

Motivos de oração

1.     Para que Deus nos transforme de dentro para fora, a fim de vermos claramente quem éramos antes de conhecer a Cristo e quem devemos ser depois disso e por causa disso.

2.     Que Deus não permita que pratiquemos uma religião natural (do mundo) mas aquela que agrada a Deus.

3.     Que a nossa união com Cristo nos transforme dia-a-dia de acordo com o nosso modelo e Senhor: Cristo.

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