Conversas Paralelas (Eclesiastes 5.1-7)
Uma
orientação importante e necessário a respeito do comportamento apropriado na
hora do culto é feita aqui pelo autor de Eclesiastes. Elas são fruto de suas
observações atentas ao comportamento dos frequentadores do templo de Jerusalém.
Conversas paralelas na hora do serviço religioso sempre gravitaram o universo
das orientações pastorais aos adoradores. Conosco não é diferente. Os conselhos
apresentados aqui giram em torno de três atitudes muito comuns entre os adoradores
num culto, todas relacionados às nossas conversas durante o momento do culto.
Cuidado com a tolice (v.1 e 4)
Não devemos
oferecer sacrifícios de tolos, nem tentar enganar a Deus com palavras e
promessas frívolas. Antes devemos vigiar nosso comportamento durante toda nossa
estadia no recinto do culto (v.1). Muitos são descuidados e jovialmente já
entram falando daqui e dali sem qualquer cerimônia. Além de tirar a atenção dos
outros, não dá a devida atenção a Deus.
Cuidado com a vaidade das suas palavras (v.3 e 7)
Nossas
palavras dentro do templo não devem ser precipitadas. nem apressadas e nem
numerosas na hora do culto (v.2), porque estamos diante de Deus e não apenas no
meio dos irmãos. Descuidar das palavras é neciedade, ou seja, ignorância e tolice
(v.3). Quem é desatinado no momento do culto o será também nos seus compromissos
com Deus, pois fará votos que não tem intenção de cumprir. Isso é assustador
para mim! (v.4 e 5). Notem que o descuido no culto é mal aos olhos de Deus
(v.1); trás culpa sobre nós (v.6) e provoca a ira de Deus (v.6b). No final,
falar sem atenção com as pessoas na hora do culto é pura vaidade que desagrada
a Deus (v.7). Quando o culto terminar, teremos inúmeras oportunidades para
conversar, mas durante o culto não fica bem, atrapalha e demonstra leviandade
para com a santidade de Deus.
Cuidado com a desaprovação de Deus quanto às suas palavras (v.6)
O v. 6 afirma a importância e
necessidade de autocontrole do comportamento e da língua durante o culto,
porque o contrário atrai a desaprovação de Deus destruindo nossas obras! O v. 6
aponta ainda para aquela atitude irreverente de tentar explicar o mal feito ao
dirigente dizendo que foi “inadvertidamente”. Desculpas não colam, porque Deus
sabe.
Não devemos vir ao culto para ficar apontando
os erros dos outros, mas também não podemos ser negligentes e desatentos com o
nosso próprio comportamento. Guarda o teu pé (v.1), guarda a tua boca (v.6),
teme a Deus (v.7).
Com amor, Pr. Hélio.