Igreja Presbiteriana Jardim Goiás
Estudos de
Quarta-Feira – 1º Semestre/2019
O DEUS QUE NOS
GUIA E GUARDA - James I. Packer - Ed. Vida Nova
Rev. Hélio O. Silva - 22/05/2019
ESTUDO 15 = Compromisso
de Uma Vida Guiada Por Deus (p. 255 a 279)
Introdução
Amós 7.14,15.
Nossas vidas são uma sequência de
decisões. Algumas simples e triviais, outras bastante sérias e decisivas
(carreira, casamento, filhos, profissão, questões espirituais etc.). Por outro
lado, decisões que não pareciam importantes se tornaram decisivas e decisões de
longo alcance parecem não ter tido nenhum impacto decisivo em nossas vidas. O
fator determinante que traça o caminho de nossas vidas é a providência de Deus.
Pela providência divina, sabemos que todas
as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8.28), as ruins e as
boas, as pequenas e as grandes, as que podemos controlar e as que não podemos
controlar. As previsíveis e as imprevisíveis.
Levando isso em conta, precisamos
aprender a lidar com as “decisões vocacionais”, ligadas à forma como
glorificamos e servimos a Deus ao longo de nossa vida toda. Vocação ou chamado
é aquilo com o que nos comprometemos a vida toda e determina o jeito de
servirmos a Deus como cristãos. Para nós, o conceito de vocação como mandato de
Deus vale para a vida toda, não só para orientação na escolha de carreira
profissional ou um programa ocupacional de curta duração.
1.
A natureza da
orientação vocacional
Nas escrituras várias pessoas tiveram
encontros decisivos com Deus que mudaram o rumo de suas vidas e lhes deu
propósito. Abraão, Moisés, Gideão, Amós, Jeremias e todos os apóstolos são
apenas alguns exemplos.
Não há nada nas escrituras que dizem ser a
experiência desses exemplos citados um tipo de padrão de como Deus vocaciona
todas as pessoas. Esses exemplos são estão todos relacionados a chamados
ministeriais específicos de acordo com a revelação divina em progresso.
Não devemos esperar nem buscar
experiências sobrenaturais concedidas por Deus a fim de validar nossa vocação e
decisões de escolha, mas devemos contar com sua orientação baseada na submissão
aos princípios bíblicos de conduta cristã que orientam e dão suporte ao
discernimento e à sabedoria.
Não devemos agir com desconfiança quanto à
razão e subestimá-la, como se ela
fosse totalmente anti-bíblica; nem devemos superestimar
fortes impressões e sentimentos emocionais como critérios decisivos na hora
de decidir qual caminho seguir.
Devemos perguntar, na hora de decidir,
duas coisas: Quais opções são propostas? Qual dessas opções é a mais adequada
para mim, levando em conta minhas habilidades, interesses e necessidades? As
maneiras de decidir podem ter sofrido algumas modificações com o passar dos
anos, mas a maneira de orar sobre elas, não. Devemos pedir a Deus clareza para
decidir e fidelidade em como agir.
“Precisamos tirar da cabeça a equação de
que vocação e carreira são iguais a profissão mais posição social mais
remuneração” pois é muito mais. Todo trabalho cristão voluntário é vocacional.
(p.262). Em tudo devemos levar em conta o serviço a Deus, nossas habilidades e
necessidades e as responsabilidades advindas do compromisso assumido.
2.
Os elementos da
orientação vocacional
Podemos aprender muito vendo os exemplos
de Moisés, Neemias e Paulo quanto a tomada de decisões e orientação vocacional
da parte de Deus.
a)
Preparação para o
serviço
Deus nos prepara para as tarefas que
devemos desempenhar ao longo do tempo. Moisés foi educado no Egito; Neemias foi
copeiro do rei da Pérsia e Paulo foi educado aos pés de Gamaliel, um dos
principais rabinos judeus de seu tempo.
Tudo isso fez parte da providência divina
a fim de capacitá-los para as tarefas que receberiam da parte de Deus. Conosco
é assim também. Fatos e circunstâncias que nos pareciam confusos ou sem
propósito podem se tornar decisivos quando se tornar claro o que deus pretende
realizar conosco e através de nós.
b)
O desencadear do
compromisso
Deus orquestra circunstâncias que trazem à
tona a questão do compromisso de vida para com uma vocação. Deus prepara
acontecimentos e eventos que ficarão na nossa memória como o momento decisivo
do estabelecimento do compromisso com a Sua vocação para nossas vidas. Para
Moisés foi uma sarça. Para Neemias foi uma pergunta surpreendente do rei persa;
Para Paulo, um encontro na estrada de Damasco.
c)
A sustentação
daquele que se compromete
Todos que respondem sim à vocação de Deus
para suas vidas enfrentarão dificuldades, obstáculos e desafios, porque vivemos
num mundo pecaminoso em rebelião contra Deus. Todavia deus os preservou e lhes
capacitou para realizar a obra confiada às suas mãos. O fato é que Deus os
sustentou por todo o tempo do compromisso. Aos 120 anos de idade, Moisés gozava
de boa saúde (Dt 34.7), Neemias termina sua obra mantendo sua serena confiança
em Deus (Ne 13.31) e Paulo declara que Deus o livrou de toda obra má (2 Tm
4.18).
d)
Coragem e
correções
No desempenho de nossas vocações,
precisamos estar abertos, preparados e receptivos a ajustes e correções da
parte de Deus, pois ele certamente o fará. Moisés aceitou o conselho de Jetro,
seu sogro (Ex 18.18), Paulo experimentou uma correção de curso no início da
segunda viagem missionária que a tornou extremamente frutífera (At 16.6,9).
Correções de curso reafirmam e ampliam a nossa vocação para o serviço a Deus.
Conclusões
Compromissos vocacionais não são
exclusividade de pastores, missionários, médicos e/ou professores, mas é um
privilégio gracioso para todos nós os que vivemos pela fé. Se vivemos e
trabalhos de forma digna, honesta e honradamente, podemos ser instrumentos de
Deus e experimentar sua condução por todo o nosso caminho, pois será nossa
vocação no progresso do caminho estreito.
É claro que teremos dúvidas, que
poderão ser respondidas ou não, mas que de forma alguma e em momento nenhum
significa que Deus nos deixará sem direção ou perdidos na confusão. Ele sempre
dirigirá os passos daqueles que Nele confiam.
Motivos de oração
1.
Ore
por clareza da parte de Deus na hora de tomar decisões.
2.
Ore
por sensibilidade e discernimento para com: Oração, conselhos e conselheiros;
meditação dirigida pela Palavra.
3.
Ore
com gratidão pelas memórias dos momentos decisivos e de como Deus agiu através
deles na formação de seu caráter cristão e sua vocação.