Igreja Presbiteriana Jardim Goiás
Estudos de Quarta-Feira – 1º Semestre/2019
O DEUS QUE NOS GUIA E GUARDA - James I. Packer - Ed. Vida Nova
Estudos de Quarta-Feira – 1º Semestre/2019
O DEUS QUE NOS GUIA E GUARDA - James I. Packer - Ed. Vida Nova
Rev. Hélio O. Silva - 29/05/2019
ESTUDO 16 = Crítica
à Ética Situacional (p. 281 a 300)
Introdução
A ética situacional ganhou atenção e
força na década de 1960, durante a efervescência da revolução sexual, com a
máxima de que “o amor triunfa sobre a lei”, afirmando que as regras e
mandamentos bíblicos são como normas gerais para serem aplicadas com mais
frequência, mas que existem exceções justificáveis dependendo das situações.
As normas bíblicas seriam apenas o veredicto
da experiência quanto ao que o amor exige na maioria dos casos, porém não
fechando a porta para outras possibilidades de tempos em tempos.
A ética situacional levou muitas pessoas a
fazerem exceções em causa própria, particularmente em matéria sexual.
Contribuiu para a imaturidade emocional, imoralidade do comportamento e a
incoerência intelectual, que se tornaram as marcas do tempo presente. Vista por
esse prisma, ela foi um nome novo para o antigo utilitarismo e o moderno
consequencialismo. Isso porque define o certo a fazer inteiramente em função do
cálculo das consequências.
Apesar das críticas que podemos levantar
contra o situacionalismo, a pergunta pertinente permanece e espera uma resposta
bíblica: Como escolher o caminho certo a seguir em meio a tantas circunstâncias
e situações complexas?
1.
A doutrina das
situações
Há três realidades
que precisamos entender sobre as situações:
1ª) Elas
são campo da soberania de Deus. Todas as regularidades da natureza,
incluindo o funcionamento do nosso próprio corpo e mente, são como são porque
Deus quer que sejam assim e porque ele os mantém dessa forma (Sl 139.1,2,4,5).
2ª) Elas
são campo da atuação de Satanás. Em praticamente todas as situações,
devemos estar cientes de que Satanás tentará nos desviar do caminho sempre que
puder (Mt 26.41).
3ª) Elas são campo de responsabilidade
pessoal. Somos responsáveis e pecadores ao mesmo tempo. Podemos nos enganar
frequentemente. O engano é o plano habitual de Satanás para nos fazer errar o
alvo e pecar contra Deus. Engano pela tentação e autoengano pela cobiça.
2.
O autoengano e a
sedução satânica
Quando lidamos com situações e temos de
escolher opções melhores, satanás investirá na tentativa de nos levar ao engano
pecaminoso.
Erramos por sermos guiados pelas
circunstâncias sem recorrermos à Palavra revelada de Deus, e erramos de novo ao
tratarmos a insistência humana como se fosse um encorajamento divino para agir
de determinada maneira sem recorrermos à Palavra revelada de Deus.
Isso acontece porque permitimos que
satanás injete pensamentos enganosos em nossa mente e porque damos ouvidos ao
trabalho enganoso de nossa própria imaginação egoísta impulsada pela arrogância
que busca distinção pessoal e não humildade. A flexibilidade e a complacência
sem discernimento nos fazem ceder à pressão externa e interna baseada no desejo
por reconhecimento. Esse foi o caso de do autoengano de Arão no episódio do
bezerro de ouro (Ex 32). Arão se deixou levar por interesses próprios e não
pela motivação de servir ao Senhor; ele adotou a religião feita pelo homem e
não a revelada por Deus; e ele desculpou-se com uma explicação que tentava
justificar a si mesmo e não de se humilhar perante Deus.
Jesus, ao ser tentado por Satanás se
apegou às Escrituras reveladas e baseado exclusivamente nelas, não cedeu à
tentação (Mt 4 e Lc 4). Satanás fomenta e explora o desejo por meio da lisonja.
Precisa ficar evidente para nós que
atalhos que são em si mesmos imorais nunca constituem a vontade de Deus, o que
a ética situacional costuma transigir e diante do que parece capitular. As
circunstâncias podem realmente nos dar oportunidades para quebrar os preceitos
de Deus, mas nunca é a vontade Dele que façamos isso.
3.
A direção
situacional
Buscar a direção de Deus para enfrentarmos
e resolvermos situações é um fato inegável, contudo é a Palavra de Deus que
deve nos guiar nas situações e não oposto. As situações não podem determinar a
nossa interpretação da Palavra de Deus.
Como agir biblicamente então?
a)
Analise
a situação.
b)
Separe
as perguntas que a situação suscita.
c)
Examine
as escrituras em relação àquela situação específica.
d)
Desconfie
de si mesmo em relação à situação.
e)
Suplique
humildemente a Deus a respeito da situação.
f)
Gaste
o tempo que for necessário para decidir como lidar com a situação.
Discernimento e planejamento são processos que levam tempo. Pensar e pensar
mais um pouco levar a pensamentos mais sábios.
g)
Submeta-se
inteiramente a Deus em relação àquela situação e em relação a todas as outras
situações. Busque a Deus para guiá-lo pelos meios racionais e não por meio de
impressões interiores que vão além do conhecimento adquirido até aqui.
Conclusão
Nós decidimos e contamos com a direção
de Deus para as situações e não pelas situações.
Motivos de oração
1.
Que
nossas decisões sejam calcadas na Bíblia e não em sentimentos subjetivos de
nosso coração.
2.
Que
a Palavra de Deus nos governe nas circunstâncias e não que as circunstâncias
diante da Palavra de Deus.
3.
Que
nossos sentimentos sejam sintonizados com a fé bíblica e submissos a ela.