Igreja Presbiteriana Jardim Goiás
Estudos de
Quarta-Feira – 1º Semestre/2019
O DEUS QUE NOS
GUIA E GUARDA - James I. Packer - Ed. Vida Nova
Rev. Hélio O. Silva - 05/06/2019
ESTUDO 17 = Guardados
e Guiados Pelo Espírito Santo - parte 1 (p. 301 a 319)
Introdução
Quatro ensinos fundamentais dessa
série de estudos:
1ª)
A direção de Deus é parte da promessa de cuidar de seus filhos adotivos que Ele
fez na aliança.
2ª)
Se nos desviarmos do caminho, tomando decisões equivocadas, O Senhor, nosso
pastor, tomará as medidas necessárias para nos restaurar.
3ª)
Deus nos guia por meio das Escrituras, do exercício da sabedoria, do conselho
dos outros, pelos ideais inspirados nos exemplos de outros e pelo modelo que
Cristo é para nós em todas as suas ações.
4ª)
Quando temos de tomar decisões de longo prazo, devemos buscar em oração e
esperar em Deus até que Ele estabeleça em nosso coração e mente um determinado
compromisso com o caminho que deveremos seguir encontrando paz interior.
Seja
atento
a)
Pergunte-se
sempre: “O que de melhor posso fazer para o Senhor, meu Deus?”
b)
Observe
as instruções das Escrituras com atenção (Ec 9.10; 1 Co 15.58).
c)
Siga
os bons exemplos de homens e mulheres piedosos. Imite, acima de tudo, o amor e
a humildade de Jesus Cristo.
d)
Seja
sábio e conte com os conselhos dos que são mais sábios que você.
e)
Preste
atenção aos mais leves sinais de Deus que encontrar pelo caminho - não
menospreze suas inquietações.
f)
Aprecie
a paz de Deus em guardá-lo(a).
g)
Observe
os limites estabelecidos pelas circunstâncias quando possível; aceite com
serenidade aquilo que não pode ser mudado.
h)
Prepare-se
para que a decisão seja tomada no momento certo, sem antecipações e atrasos.
Deus nos guia normalmente a um passo de cada vez.
i)
Prepare-se
para ver Deus te direcionando para algo que não gostaria e ensinando você a
gostar disso!
j)
Nunca
se esqueça de que você não tomar uma boa decisão, isso não é o fim do mundo.
Deus não deixou de guiar, ele é o pastor que guia sempre.
1.
Falta uma coisa:
Apresentando o Espírito Santo
O Espírito Santo é a terceira pessoa na
unidade da Trindade; deu forma á criação, deu-nos a revelação e as Escrituras
escritas; habita os corações dos cristãos assegurando-lhes a vida eterna,
renovando e transformando suas mentes e vidas. É o doador do fruto do Espírito
e dos dons espirituais para que possamos servir uns aos outros. Não é possível
falar de vida com Deus sem a presença e a obra pessoal do Espírito em nossas
vidas.
O Espírito Santo é o agente executivo do
Deus santo e do Cristo, Filho de Deus, santo. A santidade é a marque mais
distintiva de tudo que Deus é e faz.
O Espírito Santo é o operador do novo
nascimento (Jo 3.5), conduz nossa adoração a Deus (Jo 4.24), sacia nossa sede
espiritual (Jo 7.35-37; 17.5), mas acima de tudo, Ele é o Consolador (ajudador,
advogado) que habita em nós e nos defende, sempre intercedendo por nós diante
do Pai ao lado de Cristo (Rm 8.26, 34).
Seu ministério é consistente e
exclusivamente cristocêntrico, sempre chamando nossa atenção para Cristo (Jo
16.14). A obra de convencimento e conversão operadas pelo Espírito é
direcionada para Cristo (Jo 16.8). Nas suas mãos, encontramos a essência da
vida cristã: reconhecer, nos aproximar, confiar, amar, adorar e servir ao
Senhor Jesus Cristo (p.308). Nunca chama a atenção para si mesmo, mas coloca
todo o foco em jesus Cristo. Experiências “espirituais” que tiram o foco de
Cristo ou que exaltam o próprio Espírito, nunca são intermediadas pelo Espírito
Santo.
Ele aplica nos corações dos crentes a
Palavra de Cristo e da verdade revelada nas escrituras. Ele testifica ao e com
o nosso espírito que somos de fato filhos de Deus (Rm 8.16).
2.
Guiados Pelo
Espírito Santo?
Dois extremos a evitar: Ser
superespiritual e/ou ser subespiritual.
O primeiro está correto em desejar que todas
as ações estejam em sintonia com a vontade de Deus, mas equivoca-se em buscar
sinais distintos e identificáveis que nos asseguram dessa vontade de forma
instantânea, do tipo “Deus falou comigo”. Quem navega nesse grupo, costuma
desprezar as outras formas de Deus nos conduzir, empobrecendo sua experiência
cristã. O resultado prático é a excentricidade e a dificuldade de trabalhar e
aceitar o serviço dos outros. Não se nega que deus possa e faça dessa forma em
uma ou outra ocasião, mas que essa não é a sua forma mais usual de agir.
Buscar sempre por sinais constantemente
nos leva a:
a)
Subestimar
o dom divino da razão.
b)
Supervalorizar
a graça de esperar pacientemente e cair na inércia ou tornar-se um ativista sem
reflexão.
c)
Programar
o Espírito Santo - substituindo sua verdadeira ação por seguir impressões
pessoais subjetivas como se fosse obra Dele.
O segundo, os subespirituais, costumam
substituir o Espírito Santo pela Bíblia na Trindade, pendendo perigosamente
para o racionalismo e ignorando os aspectos subjetivos de nossa relação pessoal
com Deus, negando a ação direta e profunda de Deus, por meio do Espírito Santo,
nas profundezas da consciência e do coração humanos.
Agir dessa forma racionalista nos leva a:
a)
Supervalorizar
o dom divino da razão, transformando-nos em algo para com o “Sr Spock”, da
série Jornada nas Estrelas, vivendo vidas cristãos sem brilho e sem sabor.
b)
Subestimar
a graça de esperar fielmente, trocando dependência por obediência sem submissão;
vivendo um ativismo da competência e da “performance” em detrimento da graça de
descansar em Deus e viver a paz que o mundo não pode nos dar (Jo 14.27; 16.33).
c)
Restringir
o Espírito Santo, negando qualquer necessidade da ajuda direta do Espírito.
Conclusão
Embora creiamos que o Espírito Santo inspirou e escreveu a Bíblia, sabemos que Deus é maior que o livro que Ele mesmo inspirou. Não cremos num Deus de papel, numa doutrina, mas cremos no Deus vivo, que fala e age, e com o qual, por meio de seu Espírito Santo, podemos conhecer pessoalmente e manter comunhão real e consistente.
Motivos de oração
1. Para sermos cheios do Espírito continuamente, para temer e amar a Deus com consagração.
2. Para o Espírito nos santificar, frutificar em nós e nos capacitar com dons espirituais para servirmos os outros com piedade e dedicação.
3. Para não o entristecermos com nossos pecados, mas para nos consgrarmos diariamente a Deus.