Pular para o conteúdo principal

Atos 9 = Por Que me Persegues?


Estátua de Paulo em frente a Laura Chapel of St. Paul (Bab Kisan) em Damasco. Essa foi a rota de Paulo quando fugiu de Damasco (Atos 9.25).

®   Atos 9: Por que me persegues?

Como é possível conhecer tanto das escrituras e não conhecer o Senhor? Como é possível ser religiosamente consagrado e ainda assim permanecer na perdição? Como é possível perseguir a verdade tentando servir à própria verdade? Talvez, a pergunta do Senhor a Saulo gravite em torno dessas ponderações. Saulo respira ameaças contra o evangelho e movido por elas o persegue. Seu zelo religioso é a prova de que os méritos não só não nos salvam como podem nos afastar ainda mais dela!

Saulo não conhecia o Evangelho dentro da Lei, e, por isso, não conhecia a salvação pela graça somente. Muitos acreditam que a relação do evangelho com a Lei nas Escrituras é antagônica: Lei X Graça. Entretanto o ensino correto das escrituras é outro: Lei e Evangelho. Eles não se anulam, nem competem entre si por nossa salvação. Eles são complementares. Lei e Evangelho se completam a nosso favor. O propósito da Lei era prioritariamente apontar o evangelho e tornar clara a nossa necessidade de um mediador perfeito, sem pecado, aprovado por Deus. Esse mediador é Jesus Cristo, o único nome dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos (Atos 4.12; Jo 14.6). A salvação sempre foi pela graça somente, tanto na dispensação da Lei quanto na dispensação da graça.

Quantos andam como Saulo nas igrejas contemporâneas! Todavia, A graça quebra irresistivelmente qualquer grilhão que escraviza; qualquer um! O Evangelho faz do perseguidor, perseguido por amor a Cristo; traz ao paralítico uma nova esperança e devolve à vida quem já estava morto. A conversão do perseguidor, a cura do enfermo crônico e a ressurreição da serva, são milagres inexplicáveis, incompreensíveis, mas igualmente maravilhosos! Não posso perseguir nem negar um evangelho assim, só abraçá-lo e proclamá-lo.

O caminho de Damasco pois fim à insolência e à ignorância blasfematória de Saulo. Depois disso, por vários séculos, aquele caminho representou o caminho da mudança e da conversão. Hoje, muito tempo depois, o caminho de Damasco é a caricatura da desolação e de novo se tornou o caminho da insolência, da blasfêmia e da ignorância.

A Síria clama pela experiência da conversão e da mudança. Ela precisa de novos missionários que atravessem aquela estrada outra vez. Para levar o perdão ao coração de pessoas que nasceram e cresceram longe do evangelho e da graça; que foram educadas desde pequenas a odiar o evangelho e seus seguidores.

A Síria precisa se tornar novamente a porta pela qual o Evangelho brilhará no oriente médio outra vez. Ore por isso, viva para isso!

Oração: 
Senhor, suplicamos o teu favor pela Síria e seu povo. Rogamos que tu ponhas fim à guerra, ao ódio e à exploração do pobre e necessitado. Pedimos que teu evangelho alcance aquele povo outra vez e que o Senhor nos desperte para sermos teus instrumentos para que isso aconteça. Pedimos-lhe que a experiência de Saulo se repita naquele caminho várias vezes e com muitas pessoas que transitam por ali.
Desperta-nos como despertaste a Saulo. Converta-nos como o converteste; convença-nos como o convenceste e usa-nos como o usaste. Em nome de Jesus Cristo. Amém.

Postagens mais visitadas deste blog

A Armadura de Deus (1ª parte) - Efésios 6.14-17

Pastoral: A Armadura de Deus (Efésios 6.14-17) Por que muitos crentes ignoram os ensinamentos bíblicos quanto à armadura de Deus? Porque muitos crentes conhecem pouco da Palavra de Deus, outros tantos duvidam da visível atuação de Deus, muitos a ignoram, outros porque julgam ser um exagero de Paulo na sua linguagem, outros acham que essa época já passou, alguns por pura negligência mesmo, e outros mais, por causa de já terem sofrido tantas derrotas que já estão praticamente inutilizados em sua espiritualidade pelo inimigo.   Por outro lado, há daqueles que estão lutando desesperadamente, mas com as armas que não são bíblicas.      A exortação de Paulo é para que deixemos de ser passivos e tomemos posse das armas espirituais que em Cristo Deus coloca à nossa disposição. É a armadura de Deus que nos permitirá resistir no dia mal, conduzir-nos à vitória e garantir a nossa permanência inabalável na fé.           Paulo não está falando de armas físicas que dev

O Uso da Sarça Como Símbolo da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB)

O Uso da Sarça Como Símbolo da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) O artigo da Wikipedia sobre a sarça ardente ("Burning bush") informa que ela se tornou um símbolo popular entre as igrejas reformadas desde que foi pela primeira vez adotada pelo huguenotes em 1583, em seu 12º sínodo nacional, na França. O lema então adotado, "Flagor non consumor" ("Sou queimado, mas não consumido") sugere que o símbolo foi entendido como uma referência à igreja sofredora que ainda assim sobrevive. Todavia, visto que o fogo é um sinal da presença de Deus, aquele que é um fogo consumidor (Hb 12.29), esse milagre parece apontar para um milagre maior: o Deus gracioso está com o seu povo da aliança e assim ele não é consumido. O atual símbolo da Igreja Reformada da França é a sarça ardente com a cruz huguenote. A sarça ardente também é o símbolo da IP da Escócia (desde os anos 1690, com o lema "Nec tamen consumebatur" - E não se consumia), da IP da Irlanda

21 = Oração Pelo Ministério - Romanos 15.30-33 (2)

Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO Grupo de Estudo do Centro – Fevereiro a Junho/2013 Liderança: Pr. Hélio O. Silva , Sem. Adair B. Machado e Presb. Abimael A. Lima. --------------------------------------------------------------------------------------------------------- 21 = Oração Pelo Ministério – Romanos 15.14-33 (2) .          26/06/2013. Um Chamado à Reforma Espiritual – D. A. Carson, ECC, p. 216 a 229. --------------------------------------------------------------------------------------------------------- 30 Rogo-vos, pois, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e também pelo amor do Espírito, que luteis juntamente comigo nas orações a Deus a meu favor,   31 para que eu me veja livre dos rebeldes que vivem na Judéia, e que este meu serviço em Jerusalém seja bem aceito pelos santos;   32 a fim de que, ao visitar-vos, pela vontade de Deus, chegue à vossa presença com alegria e possa recrear-me convosco.   33 E o Deus da paz seja com todos vós.