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12 = 2 Pedro 2.4-9: Os Exemplos de Noé e Ló e a Soberania de Deus



Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO
12 = 2 Pedro 2.4-9 – Os Exemplos de Noé e Ló e a Soberania de Deus.   (24/10/2012)
Grupo de Estudo do Centro – Fortalecendo a Fé dos Cristãos
Liderança: Pr. Hélio O. Silva e Sem. Rogério Bernardes.
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2 Pedro – Sermões Expositivos – D. Martin Lloyd-Jones,PES, p. 190-215.
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Introdução:
Uma digressão dentro do grande tema da carta. Como os servos de Deus devem se portar diante da decadência moral ao seu redor?

I.         o declinio moral do mundo constitui em grande provação para os cristãos (v.4-8).

1.      Três exemplos do juízo divino sobre o mundo criado.
a)      A queda dos anjos antes da criação.
b)      O Dilúvio na época de Noé.
c)      Sodoma e Gomorra no tempo de Ló (sobrinho de Abraão).
Esses três exemplos atestam o desprazer de Deus para com o crescimento e a difusão do pecado na sua criação.

2.      Devemos seguir os exemplos de Noé e Ló.
a)      O cristão é severamente provado sempre pela conduta moral declinante do mundo.
®    Pelo fato da pequenez numérica. Tanto no tempo e Noé quanto de Ló eles eram minora e se angustiavam com a secularidade.
®    Pela postura do mundo com respeito ao próprio cristianismo: (ridículo, desprezo e sarcasmo).
A prova de que somos verdadeiramente filhos de Deus é se perseveramos e preservamos nossa fidelidade à sua palavra.

b)      O cristão sempre resiste e se destaca nos momentos de declínio moral.
Noé e Ló se mantinham separados da tendência pecaminosa predominante. A história da igreja confira esse princípio: Valdenses na Idade Média; os reformadores; os puritanos ingleses; os metodistas do século XVIII; nos reavivamentos.
A maior tragédia do cristianismo é quando ele se parece e se confunde com o mundo secular. A igreja não é local para entretenimento, pois não podemos achar que não somos tão diferentes assim do mundo! A Bíblia ensina que exatamente quando o mundo se afasta mais de Deus, ele se aproxima mais, e por isso se destaca pelo contraste de sua vida dedicada a Deus. Isso não significa sair do mundo, mas estar no mundo sem pertencer a ele.

c)      Como funciona isso?
1º) Não devemos deixar-nos influenciar e afetar pelo mundo (1 Jo 2.15). O que há no mundo?
(1) A concupiscência da carne;
(2) a concupiscência dos olhos e
(3) a soberba da vida.
Noé e Ló procuraram viver a vida de fé em meio à sociedade em que estavam.

2º) Devemos nos inquietar e preocupar-nos com o estado em que o mundo se encontra. Tristeza, lamento e revolta com o estado da situação declinante do mundo. Ló se “afligia” externa e internamente pelo que via e ouvia ao seu redor.

3º) Pregar a justiça divina ao mundo.
Pedro chama Noé de “pregoeiro da justiça”; ele não construiu a arca apenas, mas avisou e proclamou o juízo divino sobre sua geração conclamando-os ao arrependimento e mudança devida!
(1)   Advertindo do perigo;
(2)   Proclamar o juízo divino sobre os ímpios e
(3)   Servir-lhe de exemplo de vida cristã e caráter.
(4)   Aceitar o chamado a sofrer pelo evangelho, quando for o caso.

II. Deus guarda soberanamente os que são seus (v.9).

1)      A situação do mundo é de declínio e o conduz ao juízo divino.
®    Pedro cita Três exemplos bíblicos desse juízo: a queda dos anjos, o dilúvio e a destruição de Sodoma e Gomorra.
®    O poder do mal parece ser grande e crescente.
®    Há um abandono generalizado da religião e de Deus.
®    Pedro não diz qe tudo ficará bem.
®    Pedro não diz que devemos mostrar ao mundo que existem duas alternativas: Cristo ou caos. Ele não diz que se as não se converterem a Cristo encontrarão apenas o caos. Pedro não fala de alternativas, mas de eventos que são certos. Tanto o juízo dos ímpios quanto a salvação dos piedosos são verdades bíblicas determinadas por Deus.

2)      Pedro nos apresenta a doutrina da soberania de Deus de três pontos de vista:
1º) Lembra-nos do poder de Deus. Deus sabe e pode tanto livrar quanto condenar.
®    Deus permite a presença do mal.
®    Deus limita o poder e a ação do mal. Deus limita o mal pelo seu juízo e pelos reavivamentos.

2º) Deus se manifesta em justiça e retidão. Deus pune o mal e a injustiça.
®    Parte da punição do pecado vem imediatamente.
O pecado sempre leva o mundo a confusão, discórdia, infelicidade e vileza. Embora o mundo ria e zombe do cristianismo dizendo que passa muito bem sem ele, os noticiários parecem não sugerir isso, pois notificam, divórcios, crimes, assassinatos, guerras; tensões políticas e a infelicidade das pessoas. A vida no mundo debaixo do pecado não é feliz, é miserável.
®    A punição do pecado é sempre continuada enquanto o homem vive nesse mundo.
®    A punição do pecado será final no dia do juízo final. Deus reserva o mundo para o seu juízo final.

3º) Deus nos ama soberanamente.
®    Ele sabe livrar os piedosos das tentações e tribulações.
®    Ele não nos prometeu libertação de todos os problemas e do sofrimento, mas nos prometeu que o sofrimento e as tribulações não poderiam nos separar dele vitalmente. Ele nos livra dos efeitos corruptores do pecado e nos habilita a alegrarmo-nos mesmo durante as tribulações e tentações por que passamos.
®    Ele nos livrou do juízo final em Cristo Jesus (Rm 8.1).

Conclusão:
1.      Deus sabe o que está fazendo.
2.      No mundo só existem dois tipos de pessoas: Justos (justificados pela graça) e injustos.
3.      Precisamos nos esforçar para nos certificarmos de que estamos entre os piedosos (2 Pe 1.10).

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