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15 = Um Deus Soberano e Pessoal - Soberania e Responsabilidade HUmana - 1ª parte


Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO
Grupo de Estudo do Centro – Fevereiro a Junho/2013
Liderança: Pr. Hélio O. Silva, Sem. Adair B. Machado e Presb. Abimael A. Lima.
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15 = Um Deus Soberano e Pessoal – Soberania e Responsabilidade Humana. 1ª parte        08/05/2013.
Um Chamado à Reforma Espiritual – D. A. Carson, ECC, p.149 a 160.
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Introdução:
Será que a oração realmente muda as coisas?

1.     Duas mentiras que precisamos recusar:

a)    Se a oração muda as coisas, então Deus não é soberano.
Essa afirmação coloca em dúvida onisciência e a onipotência de Deus. Embora ele seja muito poderoso, esse poder tem de ser limitado. Crer na soberania de Deus seria reduzir a criação a um mero brinquedo em suas mãos. Ou somos livres ou Deus é soberano, as duas afiações são excludentes. A crença na soberania divina inibe o fervor na oração, por isso Deus não pode ser totalmente soberano e nem absolutamente onipotente.
Então, se Deus não é absolutamente soberano, ele não pode responder às nossas orações como gostaríamos e lhe pedimos. Deus apenas faz o melhor possível e deixa o resto à nossa livre resposta. Tudo fica depositado na força de nossas orações, mas se ele não pode fazer tudo, mas apenas o melhor possível, então cremos num Deus que não pode cumprir as promessas que faz. É inútil orar!

b)    Se Deus é soberano, para que orar?
Se é dessa forma, a oração é instrumento de mudança somente na vida de quem ora e intercede. Isso significa que de forma grosseira não importa se Deus ouvirá ou não as nossas orações, porque a oração é reduzida a uma muleta psicológica para fortalecer pessoas fracas e inseguras.
Essas abordagens são ateístas, pois são utilizadas como argumentos para não orarmos. Somos suficientemente perversos para encontrar razões para não orar, não importa nossa perspectiva, e ainda usamos a Bíblia para isso. É certo que as orações bíblicas são feitas para que se cumpra a vontade de Deus, mas não somente isso!
A Bíblia insiste para que oremos, apresenta e repete constantemente estímulos para orarmos e nos dá inúmeros exemplos de oração. Se o nosso raciocínio nos leva longe da oração, então nossa teologia está errada. Certamente a falha não está nas doutrinas bíblicas, mas em nossa incapacidade e inabilidade de entrelaçá-las de modo correto e eficaz.
  
2.     DUAS VERDADES QUE PRECISAMOS CRER E SUSTENTAR:

A soberania de Deus é absoluta, mas nunca funciona para reduzir a responsabilidade humana. Os seres humanos são criaturas responsáveis, mas isso nunca funciona para diminuir a soberania de Deus!
Parte de nosso problema reside em não acreditar ambas verdade possam ser sustentadas juntas.

a)    Deus é absolutamente soberano.
Crer na soberania divina é olhar o quadro de maneira ampla. Provérbios 16 retrata Deus de forma completamente soberana ( v.4, 9, 33). Deus está por detrás tato dos processos naturais quanto dos particulares (Sl 115.2,3, Jr 10.23 = Ex 21.13 – homicídios involuntários; Rt 1.13 - infortúnios familiares; Is 45.6,7 – desastre nacional; Lm 3.32-37 – tristeza pessoal; 1 Sm 24.1; 1 Rs22.21ss - até mesmo de pecados. Em nenhum desses casos a responsabilidade humana foi diminuída.

b)    Os homens são totalmente responsáveis.
Há incontáveis passagens afirmando a responsabilidade humana (Is 30.18; 65.2; Lm 3.31-36; Ez 18.30-32; 33.11). O evangelho convida de forma imperativa a humanidade ao arrependimento e à pública confissão da fé em Cristo (Rm 10.9,10).
Cetenas de passagens bíblicas afirmam inequivocamente tanto a soberania divina quanto a responsabilidade humana. Em muitas passagens a duas verdades aparecem juntas:
®   Gênesis 50.19,20.
®   2 Samuel 24.
®   Isaías 10.5-19.
®   João 6.37-40.
®   Filipenses 2.12,13.
®   Atos 18.9,10.
®   Atos 4.23-30.

Aplicações:
1.     Estudar as doutrinas da bíblia com equilíbrio.
2.     Negar o que a Bíblia não ensina, manter-se firme no que ela afirma.
3.     Interpretar nossas vidas pelo que a Bíblia diz. 

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