Pular para o conteúdo principal

13 = Superando Obstáculos (Filipenses 1.9-11) - 1ª Parte



Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO
Grupo de Estudo do Centro – Fevereiro a Junho/2013
Liderança: Pr. Hélio O. Silva, Sem. Adair B. Machado e Presb. Abimael A. Lima.
----------------------------------------------------------------------------------------
13 = Superando Obstáculos (Filipenses 1.9-11).   1ª parte        25/04/2013.
Um Chamado à Reforma Espiritual – D. A. Carson, ECC, p.127 a 137.
----------------------------------------------------------------------------------------

Introdução:
Alguns irmãos são dotados com um ministério especial de oração.
®   A irmã de William Carey – mesmo acamada orava por seu irmão todos os dias.
®   George Müller fundador de alguns orfanatos em Bristol.
®   John Hyde – Missionário na região norte da Índia (Punjab).
Não podemos justificar nossa relativa falta de oração dizendo que aqueles que são especialmente efetivos são mais dotados que nós (p.127). Onde quer que estivermos em nosso caminho da maturidade cristã, poderíamos estar melhor, muito melhor do que estamos. Não poucas vezes nos encontramos perigosamente murchos, porque nosso conhecimento de Deus é insignificante e nossas orações refletem isso.
A oração de Paulo pelos filipenses é singular em nos ajudar a vencer nossas desculpas para não orar.


1.     PAULO ORA PELO QUE É EXCELENTE.

a)    Um amor constantemente crescente para aprovar  o que é melhor (v.9).
®   O amor pelo qual Paulo ora não é um fim em si mesmo, mas um meio para alcançar um fim, que é a aprovação daquilo que é melhor, excelente.
®   Sua oração fala da morte da mediocridade, da presunção da auto-satisfação e do contentamento com as nossas próprias desculpas.
®   O amor deve crescer nesse caminho para provar o que é melhor pela experiência e não pelo mero estudo teórico.

b)    O que são as “coisas excelentes”?
Há três indícios:
1º) Para experimentar o que é melhor, o amor deverá crescer em conhecimento e percepção.
®   Um conhecimento que precisa ser “pleno” e uma percepção que precisa ser “total”.
®   O amor não deve apenas aumentar continuamente, mas deve fazê-lo nessas características, porque o oposto delas seria ignorância e insensibilidade, estupidez e artificialidade, sentimentalismo barato e nostalgia míope.
®   Este amor deve ser perspicaz; conhecimento e percepção são os seus limites; ele deve crescer dentro deles.
®   O amor acompanhado de conhecimento é a expressão do evangelho: sadio na instrução e completo na experiência.
®   “Toda percepção” significa “percepção ampla” e não completa, o que quer dizer uma percepção moral experimentada e vivida.
®   Conhecimento e discernimento sem o amor pode degenerar-se em autoritarismo e arrogância, mas amor sem ambos pode degenerar-se em sentimentalismo como uma paródia de si mesmo.
®   Conhecimento e percepção asseguram ao amor pureza e valor. Por isso deve crescer cada vez mais nessas características.
®   Se o amor não crescer assim, não conseguirá discernir o que é o melhor.

2º) As traduções da expressão “o que é melhor”:
®   Ela pode significar: “as coisas que são diferentes”, “superiores”, “excelentes”, “as coisas que realmente importam”.
®   A expressão indica que “aprovar” é fazer um teste.
®   É mais do que diferenciar entre o certo e o errado de forma simples, é saber o que as diferenciam na sua essência. O que é que torna o que é certo “certo” e o que é errado, “errado”.

3º) Esse crescimento acontece e se desenvolve no caminho crescente do discipulado cristão.
®   Em 3.12-14 Paulo exemplifica sua postura de mover em direção ao que é excelente pela santificação sob a ação do poder de Deus.
®   As “coisas excelentes” são os elementos característicos do discipulado cristão maduro (p.132).
®   Esse crescimento constante resulta num conhecimento crescente de Cristo (Fp 3.10).
®   O discernimento das coisas excelentes não resulta de uma diferenciação mecânica do certo e errado, mas das escolhas delicadas que refletem todo o sistema de valores e prioridades de uma pessoa.
®   Orar por isso é desejar que os crentes sejam profundamente cristãos, pois de outra forma não poderiam experimentá-las.

Alguns exemplos práticos:
®   A que ponto a administração de nosso tempo está comprometida com o evangelho?
®   Por quais critérios escolhemos nossas leituras?
®   Como são nossos relacionamentos interpessoais?
®   E a oração pessoal e em grupo?
®   Você lê as escrituras regularmente a fim de aumentar o seu conhecimento de Deus?
®   Como você decide o que fazer com o seu dinheiro?
É um fato que por trás de todas essas questões e as respostas que damos a elas, existem opções. Essas perguntas não visam aumentar nosso sentimento de culpa, mas nos incitar ao discernimento e à conseqüente ação.
Também não é uma questão puramente legalista de saber o que fazer e obedecer,mas discernir o senhorio de Cristo e agir em obediência a ele.
A busca pelo que é melhor jamais poderá ser empreendida sem um apelo constante ao padrão da graciosa revelação de Deus em Cristo e nas escrituras.
Paulo não consegue se satisfazer com o status quo, uma vez que somos destinados à perfeição quando Cristo voltar, devemos desde já nos colocar em direção a ela! Não de forma apática em nossas orações, porque quanto mais frutíferos formos, mais experiência das coisas excelentes teremos e mais compartilharemos isso com os outros.

Aplicações:
®   Uma palavra aos pastores:
Se você deseja esse amor crescente à sua congregação precisa ponderar sobre sua experiência pessoal de oração.
         Os pastores sabem de seu ministério da palavra e da oração, mas as pressões de outras atividades acabam por moldar nossa agenda e valores.
1.     Um trabalho pastoral diversificado concorre com o tempo dedicado à oração.
2.     Muitos pastores estão confusos quanto à sua identidade ministerial, e por isso se dedicam a atividades alheias ao ministério, cedendo a pressões ou desviando-se da verdade.
3.     Desanimados e infrutíferos. A falta de frutos, o peso da tradição eclesiástica e as pressões de modismos teológicos passageiros somados à passagem dos anos têm afogado o fervor de muitos.
4.     Ativismo sem fim. Muitos criam o que fazer por terem prioridades falsas e interesses próprios.
Isso tudo corrói nossos valores e desviam nossos objetivos e corrompem nossos horários. A forma de corrigir isso é recuperarmos nossas prioridades bíblicas; delegar tarefas e cancelar compromissos menores. Orar é mais importante que todos os itens de uma agenda diversificada, porque Deus está mais interessado na fidelidade que nas estatísticas de nosso ministério!

®     Uma palavra aos cristãos.
É claro que a exortação de Paulo não é dirigida somente aos pastores, mas a todos os cristãos. Cada cristão deve se perguntar se tem orado pelas coisas excelentes e se as tem buscado. Cada cristão deve interceder para que o seu amor cresça continuamente e o amor dos irmãos da igreja também.
Precisamos muito discernir e distinguir biblicamente entre o que é admissível e o que é excelente; entre o aceitável e o melhor, testando-os e experimentando-os em nossas próprias vidas.
Nós oramos assim por nossa igreja?

Postagens mais visitadas deste blog

A Armadura de Deus (1ª parte) - Efésios 6.14-17

Pastoral: A Armadura de Deus (Efésios 6.14-17) Por que muitos crentes ignoram os ensinamentos bíblicos quanto à armadura de Deus? Porque muitos crentes conhecem pouco da Palavra de Deus, outros tantos duvidam da visível atuação de Deus, muitos a ignoram, outros porque julgam ser um exagero de Paulo na sua linguagem, outros acham que essa época já passou, alguns por pura negligência mesmo, e outros mais, por causa de já terem sofrido tantas derrotas que já estão praticamente inutilizados em sua espiritualidade pelo inimigo.   Por outro lado, há daqueles que estão lutando desesperadamente, mas com as armas que não são bíblicas.      A exortação de Paulo é para que deixemos de ser passivos e tomemos posse das armas espirituais que em Cristo Deus coloca à nossa disposição. É a armadura de Deus que nos permitirá resistir no dia mal, conduzir-nos à vitória e garantir a nossa permanência inabalável na fé.           Paulo não está falando de armas físicas que dev

O Uso da Sarça Como Símbolo da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB)

O Uso da Sarça Como Símbolo da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) O artigo da Wikipedia sobre a sarça ardente ("Burning bush") informa que ela se tornou um símbolo popular entre as igrejas reformadas desde que foi pela primeira vez adotada pelo huguenotes em 1583, em seu 12º sínodo nacional, na França. O lema então adotado, "Flagor non consumor" ("Sou queimado, mas não consumido") sugere que o símbolo foi entendido como uma referência à igreja sofredora que ainda assim sobrevive. Todavia, visto que o fogo é um sinal da presença de Deus, aquele que é um fogo consumidor (Hb 12.29), esse milagre parece apontar para um milagre maior: o Deus gracioso está com o seu povo da aliança e assim ele não é consumido. O atual símbolo da Igreja Reformada da França é a sarça ardente com a cruz huguenote. A sarça ardente também é o símbolo da IP da Escócia (desde os anos 1690, com o lema "Nec tamen consumebatur" - E não se consumia), da IP da Irlanda

21 = Oração Pelo Ministério - Romanos 15.30-33 (2)

Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO Grupo de Estudo do Centro – Fevereiro a Junho/2013 Liderança: Pr. Hélio O. Silva , Sem. Adair B. Machado e Presb. Abimael A. Lima. --------------------------------------------------------------------------------------------------------- 21 = Oração Pelo Ministério – Romanos 15.14-33 (2) .          26/06/2013. Um Chamado à Reforma Espiritual – D. A. Carson, ECC, p. 216 a 229. --------------------------------------------------------------------------------------------------------- 30 Rogo-vos, pois, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e também pelo amor do Espírito, que luteis juntamente comigo nas orações a Deus a meu favor,   31 para que eu me veja livre dos rebeldes que vivem na Judéia, e que este meu serviço em Jerusalém seja bem aceito pelos santos;   32 a fim de que, ao visitar-vos, pela vontade de Deus, chegue à vossa presença com alegria e possa recrear-me convosco.   33 E o Deus da paz seja com todos vós.