Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia
Grupo
de Estudo do Centro – Fev a Jun/2013
Liderança: Pr. Hélio O.
Silva, Sem. Adair Machado e Presb. Abimael A. Lima
12. Pretextos para não orar
(2ª. Parte) – 17/04/2013 - (Sem
Adair).
Um Chamado à Reforma Espiritual - D. A. Carson - Pg. 123 a 126.
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Introdução:
Na semana passada, quando estudamos a
primeira parte deste tema, trabalhamos três aspectos, a saber: Estou ocupado demais para orar; Sinto-me
espiritualmente esgotado demais para orar e Não sinto necessidade de orar. Hoje estudaremos os três restantes, bem como
algumas reflexões concernentes a eles.
4. Estou amargo demais para orar
O mundo em que vivemos está cheio de
injustiça e de falta de integridade. Aceitamos isto cientes de que este mundo é
caído, todavia, quando estas duas coisas são dirigidas a nós, deixamos a
filosofia de lado e, eventualmente, passamos a nutrir um espírito de vingança,
ou no mínimo de amargura e maldade. Nossas orações então se tornam falatórios
repetitivos e por fim esse pecado paralisa nossas orações. O próximo passo é
mergulharmos na autopiedade e no ressentimento excluindo definitivamente a
verdadeira oração. É difícil orar com compaixão e zelo por alguém por quem
preferimos guardar rancor.
Qual
é a resposta divina?
Tenhamos em conta o ensino de Jesus em Mt 6.14,15 e Mc 11.25. A ideia não é
tanto perdoarmos os outros para merecermos o perdão do Pai, mas, sim,
demonstrarmos que realmente queremos
o perdão do Pai. Através desta aproximação ao Pai, comunicamos que o nosso
arrependimento é genuíno e nosso quebrantamento é real. Devemos ter sempre em
mente que somos pecadores, portanto, carentes do perdão divino, e se não
perdoamos os nossos semelhantes, não passamos de hipócritas. Paulo nos exorta
em Ef 4.31,32 da seguinte maneira: “Longe
de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim
toda a malícia. Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos,
perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou”. Ao
recordarmos a obra de Cristo na cruz a fim de nos perdoar e assumir nossa
culpa, que direito temos de negar o perdão? Devemos levar nossa amargura e lançá-la
aos pés da cruz, retornando o mais rápido possível a uma vida de comunhão
mediada por sinceras orações, ao único que efetivamente nos pode perdoar e
instruir-nos a perdoar nossos semelhantes.
5.Estou envergonhado demais para orar
Adão e sua mulher intencionalmente
desobedeceram à ordem divina e ao terem seus olhos abertos e se descobrirem
nus, procuraram envergonhados esconderem-se
de Deus (Gn 3.8). A vergonha nos leva a nos escondermos de Deus, atrás de
gracejos dissimuladores e desonestos; a vergonha conduz-nos a fuga e ao
escapismo, e engendrando a paralisação da vida de oração.
Qual
é a resposta de Deus? Deus procurou Adão e sua mulher e lidou com o pecado
deles. De qualquer maneira, não nos é possível ocultarmo-nos de Deus, segundo
Pv 5.21 nos diz: “Porque os caminhos do
homem estão perante os olhos do SENHOR, e ele considera todas as suas veredas”.
A
carta aos Hebreus nos assegura que é inútil fugir da presença de Deus (Hb
4.13). A vergonha dificilmente é uma base adequada para desculpar nossa falta
de oração, pelo contrário, deve ser o aguilhão que nos leve de volta ao único
que nos pode perdoar e nos absolver completamente. Deus ao aceitar o nosso
arrependimento nos devolve a liberdade de consciência, ousadia na oração e
crescimento no conhecimento dEle.
6. Estou satisfeito demais para orar
Muitos de nós queremos ter o
bastante de Cristo para sermos identificados com Ele, mas não o suficiente para
sermos incomodados; agarramo-nos fortemente à ortodoxia cristã, mas não
queremos um estudo bíblico sério; valorizamos a honradez moral, entretanto, não
nos engajamos numa luta contra as corrupções interiores; afligimos-nos com a
qualidade e correção do sermão do pregador, todavia não nos preocupamos muito
com a qualidade da nossa própria vida de oração. Contentamo-nos com a
mediocridade.
Qual
é a resposta de Deus? Tiago, o meio irmão de Cristo, nos afirma que Deus,
nestas condições nos vê como infiéis,
pois, enquanto mantemos nominalmente um
relacionamento com Deus, efetivamente temos um relacionamento com o mundo (Tg
4.4). A resposta divina não deixa dúvidas quanto ao que ele espera de nós: “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti
ao diabo, e ele fugirá de vós”. Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós
outros. Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o
coração. Afligi-vos, lamentai e chorai.
Converta-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria, em tristeza.
Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará (Tg 4.7-10)”.
Quantas vezes todos nós devemos aplicar
as palavras desta triste verdade às nossas vidas?
Questões para revisão e reflexão
a) Que pretextos, com exceção dos
mencionados neste capítulo, são usados de vez em quando para justificar a falta
de oração? Analise-os sob uma perspectiva bíblica.
b) Você já apelou para alguma desculpa
justificando a sua própria falta de oração? Quais delas? Elas são boas?
c) Deus nos aceita com base no nosso
desejo ou não de orar? Se não, com base em que ele nos aceita? Como isso deve
influenciar a prioridade que determinamos para a oração?
Aplicações
1) Examinemos estes seis pretextos que
impedem e interrompem nossa vida de oração. É notável a percepção das nossas
falhas em cada um deles. Voltemo-nos para Deus, reconheçamos nossas falhas e
busquemos a doce presença do Espírito Santo guiando e conduzindo-nos aos pés do
Pai. Se quando lemos as Escrituras Deus fala conosco, quando oramos, somos nós
que falamos com Deus. Desenvolvamos, pois, disciplina para nos colocarmos
diante do Pai em oração constante, perseverante e ajustada à vontade de Deus.
2) Confiemos ao Pai nossas angústias e
aflições. Ele conhece nossas reais necessidades e graciosamente tudo fará para
o nosso bem. Tenhamos a certeza de que todas as nossas súplicas serão
respondidas segundo o desígnio dEle, e não de acordo com a nossa vontade.
Rendamo-nos, pois, submissos à Sua soberana vontade.