O Teu Reino e a Tua Vontade
“Venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu.” (Mateus 6.10).
O Sermão do Monte é a expressão da “contra-cultura” cristã. O que rege as nossas vidas é diferente daquilo que rege as vidas das pessoas do mundo e que servem aos seus próprios interesses. Nós servimos a Deus, que acima de tudo, por meio de Cristo, é o nosso Pai.
a) Venha o teu reino.
O Reino de Deus é o governo real de Deus. O reino de Deus é justiça e paz, e alegria no Espírito Santo (Rm 14.17). O reino de Deus é o tesouro oculto num campo; a pérola de grande valor e a rede que pesca vários tipos de peixes (Mt 13.44-48). O reino de Deus é o seu governo real, e não uma localização geográfica com CEP e aeroporto internacional para ser visitado por turistas e curiosos. O campo do seu governo é a sua criação, a história e a sua revelação.
Orar para que o seu reino cresça nas pessoas; é orar pela evangelização, para que as pessoas se submetam a Jesus através do testemunho da Igreja, a fim de que logo esse reino seja consumado na volta de Cristo como foi prometido (I Co 15.24,25,28). Como é a igreja que proclama o reino, ela é a agente do reino na terra.
b) Seja feita a tua vontade.
Paulo fala em Romanos 12.2 que a vontade de Deus é “boa, perfeita e Agradável”, portanto, resisti-la é loucura e perda de tempo, porém amá-la, obedecê-la e propagá-la é a mais sóbria sabedoria. A vontade de Deus é soberana, por isso deve ser obedecida; ela é santa, por isso Deus deseja que nos santifiquemos (I Ts 4.8); ela também é justa; por isso não se deve brincar com os seus propósitos. A vontade de Deus precisa ser conhecida por cada um de nós (Cl 1.9-12) e, conseqüentemente, devemos orar para que ela seja feita na terra do mesmo modo como é feita no céu.
Orar pelo reino de Deus é submeter-se ao seu domínio; orar pela vontade de Deus é dizer não ao nosso egoísmo e colocar-se sob este domínio santo, justo e bom.
Assim sendo, devemos cumpri-la aqui na terra, como ela já é cumprida no céu. Não devemos ignorar a realidade de violência, insegurança e descaso ao nosso redor, mas devemos trabalhar para que essa realidade seja transformada pela contracultura cristã.
O nosso testemunho deve ser oferecido ao mundo não somente na forma de evangelização, mas também de caráter transformado e real interesse pelos outros e pela vida na terra, até que Cristo volte e restaure todas as coisas definitivamente. Até lá temos muito que fazer.