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03 = A GRAÇA - Ela é Realmente Maravilhosa!


Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO
Grupo de Estudo do Centro – Graça Que Transforma
Liderança: Pr. Hélio O. Silva e Sem. Rogério Bernardes.
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03 = Graça – Ela é Realmente Maravilhosa 22/02/2012
Graça Que Transforma – Jerry Bridges, ECC, p. 35-45.
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Introdução:
O estudo a graça é o estudo do contraste entre a terrível situação da humanidade caída no pecado e a solução abundante e graciosa de Deus por meio de Cristo.
Vimos anteriormente que todos nós somos culpados, vis, incapacitados e necessitados da graça de Deus (Rm 3.23). Agora nos concentraremos na provisão de Deus para a nossa necessidade.

I. A NOSSA FALÊNCIA, O REMÉDIO DE DEUS.
Paulo contrasta a brilhante graça de Deus contra o pano de fundo escuro do pecado na humanidade em várias passagens bíblicas onde se destaca o uso da conjunção adversativa “mas”:

1ª) Romanos 3.21-25.
Depois de apresentar nos versos 10-20 a sombria situação do homem condenado por causa do pecado ele se volta para a apresentação da graça co um “mas” no verso 21. Deus nos oferece a sua justificação sem Lei e testemunhada tanto pela própria Lei quanto pelos profetas (v.21). Os que crêem em Cristo são justificados por Deus gratuitamente por sua graça (v.24). Ser justificado é mais do que Deus nos declarar “sem culpa” é Deus imputar (creditar, colocar sobre) a culpa do nosso pecado sobre Cristo e imputar a justiça de Cristo sobre nós. Observe que a justificação é “por sua graça”. Deus não nos devia nada, mas nós lhe devíamos tudo.

O instrumento da aplicação de sua graça sobre nós foi o sangue de Cristo derramado em sacrifício por nós na cruz (v.25). Propiciar é desviar a ira de Deus por meio de um sacrifício. Cristo desviou a ira justa de Deus contra o nosso pecado tomando-a sobre si. Na cruz ele suportou todo o peso da ira de Deus contra todos os nossos pecados (I Pe 2.24; 3.18). Pela sua morte, Cristo satisfez a justiça de Deus que requeria a morte eterna como pagamento pelos pecados dos homens.

É importante salientar que não foram os homens que pediram o sacrifício de Cristo, mas foi o próprio Deus quem o indicou (v.25). Todo o plano da salvação pertencia a Deus e foi realizado por sua iniciativa. A motivação de Deus para nos salvar foi unicamente a sua graça.

2ª) Efésios 2.1-5.
Nos versos 1 a 3 Paulo apresenta a tripla escravidão dos homens: a satanás, ao mundo e à sua própria carne (natureza humana pecaminosa). Essa escravidão é definida no verso 1 como morte nos delitos e pecados. Mas Deus interveio nessa tripla escravidão com a sua graça! Por causa de sua grande misericórdia e intenso amor.

3ª) Tito 3.3-5.
Paulo descreve quem éramos e o que Deus fez. Então ele diz: “Quando, porém...” A benignidade, o amor, a misericórdia e a ação do Espírito Santo são os qualificativos da graça justificadora e Deus. Vejam como é maravilhosa a graça de Deus! Por causa de Cristo Deus estende graciosamente de forma completa o seu perdão sobre nós.

Os quatro pontos a seguir (II a V) são retratações pitorescas da graça no Antigo Testamento:

II. (1ª) QUANTO DISTA O ORIENTE DO OCIDENTE (SALMO 103.12).
O norte e o sul se encontram no Pólo Norte, mas o ocidente e o oriente nunca se encontram. Separar de nós os nossos pecados dessa forma pelo perdão significa colocá-los numa posição infinitamente longe de nós. Isso quer dizer que o perdão de Deus é extensivamente completo, incondicional e total. Nossos pecados deixam de ser contabilizados no tratamento de Deus para conosco (Sl 103.10). Como isso é possível? Pela graça mediante o sacrifício de Cristo Deus satisfez inteiramente a sua justiça, deixando totalmente livre para aplicar o seu perdão em amor por nós.

III. (2ª) ÀS SUAS COSTAS (ISAÍAS 38.17).
Lançar algo para trás de si é colocar fora de sua visão. Deus lançou nossos pecados para fora de seu campo visual. Deus não leva mais em conta a nossa desobediência proposital ou o nosso desempenho manchado (p.40) porque em vez disso ele vê a justiça de Cristo colocada sobre nós (imputada). Deus fez isso propositadamente, pois ele os lançou ali. Isso não significa que Deus ignore nossas faltas como um pai indulgente. Ao tratar-nos como filhos em Cristo não nos pune com a condenação eterna, mas nos corrige para o nosso bem, se fosse de outra forma não seríamos filhos, mas bastardos (Rm 8.1; Hb 12.7,8).

IV. (3ª) LANÇADO NO MAR (MIQUÉIAS 7.19).
Deus quando nos perdoou lançou nossos pecados nas profundezas do mar para serem perdidos para sempre. Eles jamais serão recuperados e jamais serão usados contra nós novamente. O texto não diz que eles simplesmente caíram de um barco, mas que Deus intencionalmente os lançará nas profundezas. Ele já fez isso em Cristo na cruz. Isso significa que o perdão de Deus é total e irreversível. Não existe penitência e nem período probatório, tudo já foi pago por Cristo e em Cristo! Todo o nosso crédito diante de Deus está na mediação graciosa de Cristo, pois somente ele é justo para nos perdoar e nos purificar de nossos pecados (I Jo 1.9).

V.(4ª) APAGADO DO DOCUMENTO (ISAÍAS 43.25).
Deus apaga as nossas transgressões e não se lembra mais delas. Quando confiamos em Cristo como o nosso salvador, Deus apaga a nossa dívida do fichário e não se lembra mais deles. Na verdade ele se reconciliou conosco por meio de Cristo (Rm 5.10,11).

Essa eliminação da dívida é um ato judicial, um perdão oficial do Rei Supremo, enquanto o ato de não se lembrar é um ato relacional, a desistência de quem ofendido de cobrar a dívida. Ele promete jamais levantar essa dívida perdoada em qualquer nova pendência entre nós. Há uma diferença entre “esquecer” e “não se lembrar”. O primeiro é passivo e tem a ver com o fato de que não somos oniscientes como Deus; mas o segundo é ativo, envolve uma decisão e uma promessa de não levar em conta contra alguém.

É como um aluno rebelde que foi expulso da escola por ter agredido um professor. Ele foi legalmente expulso por sua conduta e o professor relacionalmente pode guardar profundas mágoas contra ele. Caso ele consiga retornar à escola, precisará do perdão legal da direção da escola e do perdão relacional do professor, caso contrário este poderá manter uma atitude de perseguição para com o aluno em função de sua conduta passada. Por isso o perdão gracioso de Deus a nosso favor é duplo: Ele é legal e ao mesmo tempo relacional. Ele apaga a dívida e não se lembra mais dela! Ele se reconciliou completamente conosco (2Co 5.18). Deus não nos trata mais como seus inimigos (Rm 8.31).

VI. LIVRE DE ACUSAÇÕES.
O Novo Testamento está repleto de afirmações sobre o perdão de Deus a nosso favor. Colossenses 1.21,22 afirma que Deus nos apresentará a ele mesmo irrepreensíveis e inculpáveis. Ser “irrepreensível” é ser “livre de acusações”. Para quem confia em Cristo como seu salvador, todas as expressões do perdão divino são verdadeiras para si. Os textos apontados acima são como diamantes sobre um pano de fundo escuro e profundo. Deus nos perdoa pela graça e lida conosco dia a dia por essa mesma graça. Veja como ela é maravilhosa!

VII. GRAÇA A OUTROS.
A graça que recebemos deve ser partilhada com os outros. É claro que não conseguiremos fazê-lo como Deus faz conosco, mas podemos nos relacionar mutuamente como pessoas que receberam a graça e desejam expressá-la agindo de acordo com seus princípios. A parábola do servo infiel nos ensina claramente que o perdão que recebemos de ser partilhado ao perdoarmos os outros (Mt 18.23-34). Quem vive pela graça aprende a diferenciar entre sua imensa dívida de pecados para com Deus e a dívida de pecados dos para consigo. Aprendemos a perdoar porque fomos graciosamente perdoados (Ef 4.32).

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