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Estudo 12 = A Prática da Sabedoria

Igreja Presbiteriana Jardim Goiás
Estudos de Quarta-Feira – 1º Semestre/2019
O DEUS QUE NOS GUIA E GUARDA - James I. Packer - Ed. Vida Nova

Rev. Hélio O. Silva - 24/04/2019



ESTUDO 12 = A Prática da Sabedoria (p. 182 a 191)

Três passos para ajudar
          Há três passos que nos ajudam a colocar a sabedoria em prática nas decisões diárias; Pedir, pesar e agir.

1º) Pedir por sabedoria constantemente
Tiago 1.2,3 - o sofrimento por que passamos é uma forma de Deus testar a qualidade de nossa fé a fim de nos fortalecer interiormente, mesmo estando além de nossa compreensão. Se em momentos como esses faltar-nos a sabedoria, devemos pedi-la a Deus (Tg 1.5,6). O texto diz que Deus a concederá livremente, mas que devemos pedi-la com fé, sem duvidar.

A sabedoria, segundo as Escrituras, não nos conduz à soberba, mas à humildade, porque vindo de Deus, capacita-nos a depender Dele.

Tiago tem em mente a sabedoria para enfrentar as tribulações, não para exibir nossa religiosidade superior.

2º) Pesar a situação pela ótica da sabedoria
Um fato que precisamos ressaltar é que a sabedoria calcula, avaliando nossas responsabilidades a fim de assumirmos compromissos e agirmos com fidelidade durante toda e qualquer provação. “Colocamos a sabedoria em prática quando mantemos diante de nossa mente uma avaliação perspicaz e realista de nossos compromissos” (p.185).

          A avaliação sábia nos permite tomar decisões ponderadas e trarão para nós e nossa família os seus benefícios, porque nos ajuda a priorizar o mais importante em detrimento do acessório ou do passageiro. A sabedoria nos limita nas decisões porque aumenta o nosso foco naquilo que valerá mais a pena.

Por exemplo, por amor à esposa ou à família, poderíamos abrir mão de certas oportunidades pessoais (emprego melhor noutra cidade; cuidar de sua saúde, etc). nesses casos, amar a esposa e a família é um valor acima de ascensão profissional ou pessoal. Não podemos tomar boas decisões sem pesar as prioridades pela ótica da sabedoria.

           A sabedoria nos leva a olhar as questões e possibilidades pelo prisma de João 15.13, ou seja: deus em primeiro lugar, depois os outros e por último, nós mesmos.

          Pesar pela ótica da sabedoria também deve levar em conta as consequências de nossas ações e decisões. Para os cristãos, suas decisões devem colocar o amor a Deus e ao próximo como critério orientador sempre. Isso significa que amar não significa gostar. Os cristãos muitas vezes são chamados a servir com amor pessoas das quais não gostam.

          Pesar pela ótica da sabedoria também significa ter clareza quanto ao para que dizer “não” e para que dizer “sim”. Sempre que Jesus dizia sim a algo que lhe demandasse tempo, estava, ao mesmo tempo, dizendo não a outras coisas. Ele é o nosso modelo na tomada de decisões sábias. Sempre havia prioridades por detrás de suas escolhas e precisamos captá-las para construir nossa sabedoria enquanto seguimos a sua. Por exemplo, Jesus foi capaz de deixar de dar atenção aos fariseus e suas controvérsias para abençoar criancinhas que lhe foram trazidas por seus pais (Mc 10.13-16; Lc 18.15-17) não porque as crianças eram mais importantes que os adultos por si mesmas, mas para abençoá-las e ensinar princípios preciosos a respeito do reino de Deus e como participar dele.

3º) Agir com sabedoria resolutamente
O medo de tomarmos decisões erradas nos paralisa muitas vezes, e o que achamos que foi não fazer nada já foi fazer alguma coisa - fazer nada! Às vezes fazer nada é a coisa certa a fazer, mas também pode ser apenas pretexto para tentar fugir da necessária decisão a ser tomada.

A parábola dos talentos mostra que deus não se alegra com a inércia motivada pelo medo e pela irresponsabilidade, mas deixa claro que ele se alegra com a diligência e o trabalho construtivo (Mt 25. 14-30; Lc 19.11-27). Eles receberam bens para administrar, tomaram decisões e trabalharam para que suas decisões produzissem resultados positivos. O resultado de seu trabalho laboriosos foi o elogio de seu senhor. Quem nada fez por causa do medo e da autopreservação, conseguiu a irritação de seu senhor.

Conclusão
O Espírito Santo não dá respostas prontas, mas está profundamente comprometido em nos guiar pelos caminhos que as decisões sábias nos levarem. Seu ministério consiste em guiar, não em fazer no nosso lugar ou para nós.

Tomar decisões e colocá-las em ação para a glória de Deus é o modelo de ação prático promovido por Deus para as nossas vidas. 

Por causa da queda, fugimos de tomar decisões e sermos responsabilizados por elas, mas Deus nos deu o seu Espírito para nos guiar nessa tarefa a fim de vivermos para a Sua glória.

A sabedoria é o ponto de partida para a prudência, e o conselho é o ponto de partida para a sabedoria, como veremos mais adiante.

Motivos de oração

1.    Ore para não seja negligente, mas operoso praticante da sabedoria divina.

2.    Ore pedindo sabedoria constantemente a Deus.

3.    Coloque suas decisões na presença de Deus e para que sejam sábias.

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