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Uma Palavra Sobre o Dízimo


Uma Palavra sobre o Dízimo

Muito tem sido falado a favor e contra a prática do dízimo na internet e na literatura cristã em geral. Geralmente, as questões gravitam ao redor da posição assumida quanto à continuidade e descontinuidade entre a Antiga e a Nova Aliança. Que existe tanto continuidade quanto descontinuidade dentro Aliança é um fato inegável por todos os estudiosos sérios das escrituras. O grau exato de como isso acontece é o que tem gerado polêmica. A questão de como praticar ou não praticar o dízimo é uma delas.

Os principais textos bíblicos que tratam da questão são: Levítico 27.30-33; Números 18.21-32; Deuteronômio 12.5-18; 14.22-29; 2 Crônicas 31.4-12; Neemias 10.34-39; 13.10-14; Malaquias 3.6-12; Mateus 23.23; Hebreus 7.1-10.

O principal ensinamento desses textos é que devemos honrar nossos compromissos com Deus e ser totalmente honestos em nosso procedimento para com ele. Nunca devemos tentar negociar um “acordo” mais vantajoso nem escapar de nossas responsabilidades. É bom e correto ofertar em dinheiro para a obra de Deus, mas isso jamais pode ser um substituto para o serviço que deveríamos estar prestando ao Senhor (1 Sm 15.22). Não dizimar porque não se concorda com o ensino da igreja sobre a matéria não justifica não contribuir de forma nenhuma! Nesse caso estaríamos realmente roubando de Deus.

Com base nos textos bíblicos acima, concluímos:
          1ª) Praticar o dízimo não fere os ensinos bíblicos. Ele não foi estabelecido pela lei cerimonial, pois tinha implicações morais (sustento do sacerdócio e auxílio aos necessitados). Nem tudo do Antigo Testamento foi abolido no Novo Testamento (Mt 23.23).

          2ª) praticar o dízimo obedece ao princípio da proporcionalidade. Dizimamos segundo a prosperidade de cada um (lembre-se que os sistemas econômicos da época do Antigo Testamento e do Novo Testamento não eram os mesmos de hoje em dia). O dízimo também é sistemático, ou seja, segue um padrão. Para uns pode ser mensal, por causa do salário; para outros pode ser diário, semanal ou sazonal, devido o tipo de sua profissão. Cada um deve contribuir em conformidade com o modo que recebe seus rendimentos. Os ensinos quanto às ofertas alçadas no Novo Testamento falam de práticas semanais (I Co 16.1,2).

          3ª) Existem promessas claras para quem pratica o dízimo na Bíblia (Ml 3.10-12). Deus derramará Suas bênçãos (sem medida); Deus dará prosperidade material (Pv 3.9,10) e Seremos um povo feliz (Pv 11.24,25).

          Muitos dos que têm praticado voluntariamente o dízimo com fidelidade têm testemunhado do cuidado providente de Deus nas suas vidas. Por isso me pergunto se vale mesmo a pena omitir-se e não contribuir?
Com amor, Pr. Hélio.

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