® Atos 1: Expectativas.
Quero convidar
aos irmãos para embarcarmos numa caminhada pelo livro de Atos em 2017, visto
que esse livro aponta para a nossa vocação de sermos testemunhas vivas de Jesus
onde estivermos. Vamos publicar no boletim uma meditação para cada capítulo a
fim de aprendermos a olhar para nossas vidas a partir da Palavra de Deus.
Atos é a
continuação do Evangelho de Lucas (o primeiro livro), mas também é a
continuação da obra de Jesus por meio do Espírito Santo conduzindo sua igreja
liderada pelos apóstolos, porque narra “as coisas que Cristo começou a fazer e
a ensinar” (v.1).
Expectativas quanto ao que vem.
Atos 1 pinta um
quadro de expectativas para a igreja quanto ao que virá depois. Cristo está
aqui entre nós; não mais morto, mas ressuscitado; não um fantasma, mas alguém
que come com os discípulos e os ouve (v.4); não calado, mas falando das coisas
concernentes ao reino de Deus (v.3); não oculto, mas aparecendo aos discípulos
durante quarenta dias. Ele dizia para que esperassem em Jerusalém o cumprimento
da promessa de Joel 2. O Espírito de Deus seria derramado e todos seriam
batizados por Cristo com o Espírito Santo. Por isso, olhemos para o ano que vem
com a expectativa de quem aguarda e confia na Palavra de Deus. Ela sempre se
cumprirá conforme ele diz.
Nossas expectativas precisam ter foco ajustado
O verso 6 é a
deixa para Jesus Cristo ajustar o foco das expectativas de seus discípulos.
Eles continuavam vendo nele um Messias político, mas o seu reino é diferente.
Atos 1.8 é o esboço da obra de Cristo narrada em Atos. Eles receberiam poder
para serem testemunhas de Cristo simultaneamente em Jerusalém, Judéia e
Samaria, e até aos confins da terra! Para a igreja, testemunhar a Cristo é mais
prioritário que qualquer outro projeto. Nada tem sentido para nós se o nome de
Cristo não for o primeiro e ele receba todo o louvor e toda a glória por tudo!
O que vai
acontecer depois? Cristo foi elevado às alturas até desaparecer da vista dos
seus olhos! Precisamos ser alertados de que Deus se fará presente sempre, todos
os dias, como prometeu (Mt 28.18-20), mas não como era antes (2 Co 5.14-17).
Precisamos estar conscientes de que como ele se foi, também voltará. Diante dos
olhos dos seus discípulos foi para o Pai, diante dos olhos dos discípulos
voltará da parte do Pai (v.11 – Ap 1.7). Nossas esperanças e expectativas estão
focalizadas no que ele fez, faz e fará, pois o nosso socorro vem do Senhor que
fez o céu e a terra; não permitirá que vacilemos e nos guardará por todo
caminho (Sl 121).
Nossas expectativas nos levam à preparação.
Entre a ascensão
do Senhor e o derramamento do Espírito no dia de Pentecostes há um lapso de
tempo de dez dias. Nesse intervalo de tempo a igreja estava em Jerusalém,
perseverando unânime em oração. Eles oravam; não para que a promessa se
cumprisse, mas porque a promessa iria se cumprir. Mas não somente oravam,
preparavam-se. A escolha de Matias (eleição) se deu nesse período. A igreja
busca entender, com base no Antigo Testamento, o caso de Judas Iscariotes, e
estabelece e usa pela primeira vez o critério da apostolicidade (para ser
apóstolo é necessário ser testemunha ocular de Cristo desde o batismo de João
até a ascensão de Cristo – v.21,22).
Desde o começo,
a expectativa se concentra no final. A finalidade de nossas vidas é estar com
Cristo onde ele estiver. Para isso o aguardamos, para isso vivemos nossa
história aqui!
Com amor,
Pr. Helio.