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02 = Mateus 27.32-40 - O HOMEM QUE ESTÁ TOTALMENTE SEM PODER,É PODEROSO


Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO
Grupo de Estudo do S. Bueno 1 – Fevereiro a Junho/2014
Liderança: Pr. Hélio O. Silva e Presb. Adevenir Portes.
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02 = Mateus 27.32-40 – O Homem Que Está Totalmente Sem Poder, É Poderoso.                      
Escândalo – A Cruz e a Ressurreição de Jesus – D. A. Carson, FIEL, p.21-27.   12/02/2014.
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Introdução:
Mateus oferece ampla evidência de quão fraco Jesus estava. A haste vertical da cruz, geralmente era deixada fixada no lugar da crucificação; um lugar bem visível perto de uma estrada, ou numa encruzilhada. A haste horizontal, o patíbulo, era carregada pelo condenado até esse lugar, quando era amarrado ou pregado e por fim levantado como crucificado. Jesus estava tão fraco que não conseguiu carregar o seu patíbulo. Simão, de Cirene, foi forçado a carregar em seu lugar (v.32).

  1. O significado da crucificação.
As vítimas eram crucificadas completamente nuas; expostos à vergonha e humilhação públicas. Por isso, os soldados lançaram sortes para ver com quem ficariam as roupas e a túnica de Jesus (v.35).
A cruz tinha o propósito de ser um instrumento de vergonha e sofrimento. Nessa época um grupo de soldados era destacado para vigiar o crucificado até à sua morte, a fim de garante que ninguém o libertasse de sua condenação. Por isso os soldados o guardavam (v.36).

  1. a ironia: Zombado como impotente, Ele é o rei todo poderoso.
Impotente diante da cruz; impotente diante dos soldados armados que o vigiam, impotente diante da zombaria, pública e contínua que o cercava.
O tema da zombaria é o templo, Jesus havia dito, referindo-se à sua crucificação, que derrubaria o templo e o reedificaria em três dias (Mt 26.61). Como as testemunhas eram falsas e torceram as palavras originais de Jesus, sua condenação foi por traição e não por profanação do templo.
Como um simples homem como Jesus poderia derrubar o templo de Herodes?! Modernamente, podem-se construir grandes edifícios em um ano ou dois, mas isso não era possível na época de Cristo. O templo de Herodes foi uma obra de 46 anos! Nenhuma das grandes catedrais da idade média foi terminada por seu arquiteto original. Eram obras de uma vida inteira. Que poder Jesus precisaria usar ara destruir o templo! Mas ele está ali, pendurado impotente numa cruz que o matará lentamente e com muita dor e sofrimento. A força da zombaria está nesse contraste terrível: A afirmação de poder de Jesus e sua evidente falta de poder diante da multidão. Isso era ridículo e escandaloso, digno de zombaria e desprezo.
“Salva-te a ti mesmo” é o grito irônico e zombeteiro da multidão. Eles estavam convencidos de que Jesus estava desamparado e de que ele não podia fazer nada por si mesmo. No entanto, a escritura deixa claro que a demonstração de poder de Cristo está revelada exata e precisamente na fraqueza da cruz.

  1. Jesus e o Templo.
João 2 declara que Jesus realmente falou que destruiria o templo, mas ele falava do templo de seu corpo (Jo 2.20-22).
O templo era o lugar do encontro do povo pecaminoso com o Deus santo. Era o lugar de sacrifícios e da expiação do pecado. Na cruz, Jesus se torna o lugar do encontro do povo pecador com o Deus santo e ali, ele realiza sacrificialmente a expiação e o perdão dos pecados.
Não pregamos simplesmente a Cristo como o salvador, mas pregamos a Cristo crucificado como o nosso salvador de nossos pecados. Justamente por causa disso, a única maneira de Jesus salvar a si mesmo e ao povo, era permanecendo pendurado na cruz maldita em total incapacidade para cumprir o seu papel sacerdotal.
Quando Pedro confessou ser Jesus o Cristo ele certamente pensava no Cristo davídico: Vencedor, vitorioso e messiânico, que libertaria a Israel da opressão dos povos. Tanto é verdade, que logo depois, ao falar de sua morte e ressurreição, Pedro não o compreende e Jesus o repreende por dar ouvidos a satanás e não a ele! (Mt 16.22,23).

  1. o discípulo deve tomar a sua cruz e seguir a cristo.
No primeiro século, ninguém brincava com a crucificação. Tomar a cruz e seguir a Cristo não significa seguir com coração a carreira cristã apesar de ter perdido a esposa ou emprego. Significa que estamos sob a sentença de morte, e que abandonamos qualquer esperança de vida nesse mundo. Somente assim estamos prontos para segui-lo de fato. Esse é o princípio cristão universal: É no morrer que vivemos. É no negar a os mesmos que nos encontramos. É no dar que recebemos (p.26).
            A ironia mais profunda é que a própria fraqueza que os escarnecedores acharam divertida era o caminho de Jesus ao poder, o caminho da ressurreição, o caminho para servir como o poderoso templo do Deus vivo.
Embora, o nosso morrer não seja expiatório como o de Cristo, o princípio claro e aplicável a todos nós é que nos tornamos discípulos de Cristo somente quando morremos para nossos desejos pessoais é que vivemos; quando negamos as nós mesmos, achamo-nos, quando tomamos a cruz e seguimos a Jesus no seu caminho de morte é que nos encontramos verdadeiramente com Deus. 

Questões Para Revisão e Reflexão:
  1. Em que sentido a cruz é escândalo para você?
  2. Como interpretamos o templo como o lugar do encontro com Deus hoje?
  3. Você consegue enxergar o aspecto triplo da mediação de Cristo em relação ao templo?
Lugar do sacrifício – sacrifício – aquele que oferece o sacrifício. Como Cristo é cada um deles?
  1. Em que direção caminha o discipulado cristão moderno? 
Aplicações:

  1. Deus propõe no escândalo da cruz a nossa salvação.
  2. Deus nos faz parte de seu templo pela mediação de cristo.
  3. A nossa justificação descansa inteiramente na mediação de Cristo na cruz.
  4. Tomar a cruz não é uma experiência única, mas é um exercício para ser praticado dia-a-dia.

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