Devocional da Família: Boletim da Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia - ano XXII - nº 46 - 11/11/2012.
Bondade Voluntária (Filemon 12-14)
“Nada, porém, quis fazer sem o teu
consentimento,
para que a tua bondade não venha a ser como
que por obrigação,
mas de livre vontade”. (Filemon 14)
1. A comunhão
abre a porta para resolvermos as coisas.
A
comunhão diz que devemos voltar para resolver as coisas, acertar as diferenças,
concertar o que foi estragado. Uma das coisas importantes a se levar em conta é
que tudo precisa ser feito pessoalmente; olho no olho. Não podemos mandar
recados ou representantes, por isso envio Onésimo de volta a Filemon. Por mais
difícil que seja enfrentar ou confrontar o outro ofendido ou ofensor; é o certo
a fazer.
2. A comunhão
abre a porta para o serviço cristão.
Paulo
deseja a permanência de Onésimo, mas sabe que sem o perdão de Filemon ele não
lhe será verdadeiramente útil. Paulo sabe que não se brinca com essas coisas. A
comunhão cristã é sagrada, porque vem de Deus, e dv ser levada a sério, sem
brincadeiras e procrastinações. Paulo reconhece o valor do servo convertido,
mas também reconhece o perigo do irmão enfurecido. Um e outro precisam se
encontrar e retomar o relacionamento rompido a fim de que ambos possam servir
ao Senhor.
3. A comunhão
abre a porta para uma bondade voluntária.
A beleza da bondade está na sua
voluntariedade. Paulo esperava que a bondade de Filemon quanto a Onésimo não fosse
por obrigação, mas voluntária. Obrigação por causa de Paulo ter sido o
instrumento de sua conversão. Voluntária - para exercitar livremente a sua
comunhão.
A comunhão cristã não vive de
exigências, mas da voluntariedade. Exigir é querer controlar, manipular, ter
domínio sobre o outro. Bondade é o desejo de repartir. Isso quer dizer que
ninguém pode limitar a bondade do outro. Exigir mais para mim, porque vejo que
os outros ganharam o mesmo “tanto” é forçar a comunhão e plantar a inveja no
corpo de Cristo (Mt 20.1-15).
Paulo devolveu o escravo porque era o certo,
mas deixou a decisão do perdão nas mãos de seu dono. Paulo pratica uma comunhão
eficiente. O único que pode promover a reconciliação é Cristo, visto ser Ele o
mediador da aliança, da comunhão.
Comunhão eficiente é aquela que não
constrange um em favor de outro, não supervaloriza um e desvaloriza o outro,
mas auxilia ambos na aproximação e no reatamento da comunhão pelo perdão.
Assim
sendo, é hora de abrir o coração e não reter o perdão, mas viver a comunhão. Fale
com seu irmão(ã); exponha suas queixas de forma clara, mas sem novas ofensas; declare
o seu perdão, mas também peça o seu perdão _ ele precisa ouvir!!! Mude suas atitudes.
Não fique lamentando conflitos e as atitudes negativas dos outros. Seja
positivo, vá até ele(a), converse!