Primeira Igreja Presbiteriana de
Goiânia-GO
Grupo de Estudo do Centro – Fortalecendo
a Fé dos Cristãos
Liderança:
Pr. Hélio O. Silva e Sem. Rogério Bernardes.
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04 = 2 Pedro 1.5-7 – Certeza
da Salvação. 29/08/2012
2 Pedro – Sermões Expositivos – D.Martin
Lloyd-Jones,PES, p. 48-59.
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Introdução:
Os versos 1-4 tratam do que Deus fez por nós. Os
versos 5-7 nos exorta a desempenharmos a nossa parte. Os versos 8-11 são
praticamente uma repetição dos mesmos princípios já apresentados, entretanto,
apresenta em acréscimo a razão porque devemos atender ao apelo.
I.
uma exortação em favor da
segurança da salvação.
a)
O verso 10 é a chave da Epístola de 2 Pedro.
O objetivo explícito de Pedro é que os irmãos tornem
segura a sua vocação e eleição. As tribulações que vem de fora e as heresias
que vem de dentro podem nos deixar inseguros quanto à veracidade de nossa fé. Por
isso a fé precisa ser abastecida das virtudes enumeradas acima a fim de que a fé
deles fosse fortalecida.
b)
O que significa essa exortação?
Pedro não os exorta a realizarem sua própria eleição e
vocação, mas que as confirmem por meio da prática perseverante de sua fé. Eles
não criaram sua eleição e vocação, elas foram recebidas gratuitamente da parte
de Deus (“obtiveram” – v.1). A salvação é uma obra exclusivamente divina (v.3; Ef
2.1,8,9; Rm 8.29). Uma pessoa morta não pode regenerar-se, é Deus quem elege e
chama. A mente humana jamais poderia arquitetar isso, pois no contexto
religioso, os termos eleição e vocação são exclusivamente bíblicos.
Muitos chamam Deus de injusto por não entenderem ou não
aceitarem e doutrina da eleição e vocação divinas. Todavia, se nós pudéssemos
entender plenamente a mente divina em todas as suas perfeições e mistérios, então
nossa mente seria igual à mente de Deus e seríamos iguais a ele. Mas sabemos não
ser esse o caso.
Eleição e vocação são atos divinos, mas a questão é:
Será que sabemos pessoalmente que fomos eleitos e chamados? Fica evidente por
essa pergunta que o que Pedro pleiteia aqui é que cada cristão experimente a
segurança de sua própria salvação. O mesmo faz João em 1 João 5.13.
II.
quem deve ter essa segurança?
a) Uma dádiva
para crentes comuns.
Pedro não fala de uma classe especial de crentes (apóstolos,
profetas, santos católicos, pastores famosos), mas de todos os crentes,
inclusive os mais comuns. Não há diferenciação entre grandes e pequenos. Todos
podem t e-la e todos devem se esforçar diligentemente por fortalecê-la em seus
corações.
A história dos grandes reavivamentos na igreja
testifica que o povo tinha essa segurança da salvação. A pergunta que George
Whitefield fez a Howell Harris é pertinente: “_Senhor Harris, o senhor sabe que
os seus pecados estão perdoados?” A resposta de Harris é que fazia anos que ele
se regozijava nesse conhecimento. Paulo diz: “porque sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é
poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia” (2Tm 1:12 ARA). A
verdade é que Deus nos deu em Cristo a vida eterna (1 Jo 5.11,12).
b) Objeções à
doutrina da Segurança da salvação.
1. Alguns são antagônicos à doutrina por causa da maneira
leviana como certas pessoas a expressam.
Há pessoas que falam sobre a certeza da
salvação com verbosidade, superficialidade e uma ofensiva leviandagem que
expressam mais presunção do que fé genuína. Seu objetivo é testemunhar a sua
satisfação consigo mesmos e não o evangelho da graça. Contudo, não há essa frivolidade
na linguagem do Novo Testamento. A alegria do crente do Novo Testamento é a do
pecador sabe ser merecedor do inferno; que compreende a sua corrupção
pecaminosa e que atribui tudo o que é como salvo em Cristo à graça e à misericórdia
divinas. O crente do Novo Testamento é aquele que compreende que foi perdoado
para poder ser chamado à santidade e tronar-se semelhante a Deus no seu caráter.
Quanto mais alguém procura ser semelhante a Cristo, menos frívolo, menos
superficial ele será (p.53,54). Afirmar a segurança da salvação não é presunção
porque este é o ensino das escrituras. Portanto é um ato de fé em Cristo.
2. Alguns acham que não podem afirmar a segurança da
salvação enquanto não forem perfeitos.
Para estes, somente quem puder
arrogar-se perfeição isenta de pecado tem o direito de alegar a certeza da
salvação. Todavia isso é uma confusão, porque a idéia de perfeição isenta de
pecado não existe nas Escrituras. Elas nos ensinam que devemos reivindicar a
segurança da salvação e nos certificarmos disso firmados nas promessas bíblicas,
não nos esforços humanos.
A Bíblia ensina claramente que ainda
existem duas naturezas residindo dentro dos cristãos, a velha e a nova, e que a
velha natureza está continuamente em guerra contra a nova; mas o fato de a
carne estar ali não significa que o Espírito não esteja (p.54).
III.
por que devemos ter essa
segurança da salvação?
Há três razões bíblicas para isso:
1)
Deus é quem a
oferece.
Isso quer dizer que ela é ensinada nas escrituras,
logo é Deus quem nos pede para que façamos mais firmes a nossa vocação e eleição.
Faz parte de seu método de salvação que seja assim. Todas as epístolas do Novo
Testamento foram escritas para dar certeza às pessoas e o conhecimento dessa
segurança a fim de que sua fé fosse fortalecida. Negar o que Deus oferece como
reforço à nossa fé é que é falsa humildade e uma forma espúria de humildade. Em
2 Tm 1.12 Paulo afirma simplesmente: “Porque eu sei...” A segurança da salvação não é incompatível com a
humildade porque os homens mais humildes que a igreja e o mundo já conheceram
foram os que tinham certeza de sua salvação.
2)
Sem ela somos
cristãos incompletos.
Se não temos certeza não podemos nos regozijar na
salvação; falta algo; seremos subdesenvolvidos e não crescidos. Se faltar
certeza ao cristão ele será míope, não enxergará bem.
3)
Essa segurança
faz de nós melhores testemunhas de Cristo.
“A alegria do Senhor é a nossa força” (Ne 8.10). O
melhor obreiro é o que está mais seguro de sua tarefa. Nada é mais desastroso
para uma testemunha em seu depoimento como a incerteza quanto ao que viu. A fé
cristã tema sua força na certeza e autoridade de seu testemunho a respeito de Cristo.
O homem que tem certeza é o homem que exerce atração, que conhece a sua causa e
entende o seu dever. Cristãos seguros são eficazes em seu testemunho.
IV.
como se pode obter essa segurança
da salvação?
a)
A fé objetiva
nos fatos concernentes ao Senhor Jesus Cristo.
Há dois perigos a evitar: O exagero no auto-exame e a
ausência de qualquer exame. Quem se sobrecarrega de dúvidas e suspeitas torna-se
mórbido em sua fé. Ficar esperando por uma experiência, visão ou manifestação
espetacular de Deus a fim de basear nisso as suas convicções é perigoso para a
fé. Homem nenhum poderá sentir-se seguro olhando somente para o seu próprio
coração, mas para a rocha que é Cristo.
b)
Completar a fé,
abastecê-la com uma vida cristã prática, ativa.
Não
fiquemos apenas sentados na contemplação de Cristo, saiamos para praticar a
nossa fé! Noutras palavras, se não exercitarmos nossos músculos, cada dia
seremos menos capazes de usá-los.
Conclusão:
Crer e crescer são a norma para a vida cristã frutífera.
Agir e praticar é a equação da vida cristã equilibrada e fiel.