Viagem Missionário A Ayacucho-Peru (Projeto Sem Fronteiras-2012)
Ontem visitamos a comunidade de Sta. Inês e participamos de um culto com 35 "hermanos". Fomos muito bem recebidos pelos irmãos. Ofereceram um tipo de milho tostado com sal e uma sopa de frango caipira com batatas (Eu tive dificuldades com esse prato, pois o tempero e o jeito de fazer é muito diferente do brasileiro).
Depois aconteceu o culto em que o Rev. Ericson expôs brevemente Romanos 8 com tradução para a lingua Quechua. Foi uma bela mensagem. O local fica a 3.555 mts de altitude e fazia ceca de 12 graus. Enquanto tomávamos a sopa começou a chover baixando um pouco mais a temperatura. O pôr do sol ali foi belíssimo. O que mais nos chamou a atenção foi o silêncio da entrada da noite. Certamente um lugar de descanso e repouso.
Hoje visitamos Quinua, há 32 Km de Aycaucho, e fica a 3.200 mts. De lá da pra ver Ayacucho com o zoom da câmera fotográfica ativado.Ali ocorreram duas grandes batalhas históricas. Uma no tempo dos incas e a outra da independência do Peru em 09/12/1824. Nessa batalha, 5.800 soldados peruanos derrotaram 8.200 soldados espanhóis. Era o fim do domínio espanhol na América Latina.
Ao descer para Ayacucho, paramos num sítio arqueológico do povo Wari, mais antigos que os incas e por eles dominados. Foi a primeira vez que vi e cheguei perto de uma múmia verdadeira! Ela é de mais ou menos 500 dC, ou seja da época em que Sto. Agostinho havia acabado de morrer, 100 anos depois dos grandiosos sermões de João Crisóstomo terem ecoado pela Ásia Menor; no auge do poder do Império Bizantino em Constantinopla.
À noite fomos ao culto na igreja que nos hospeda, "La Iglesia Cristiana Presbiteriana de La Liberdad", que fica no alto de um dos morros da cidade, ao lado do Bairro La Liberdad. Dá para ver toda a cidade de lá, e até a luz brilhante do monumento à vitória da batalha de Quinua, bem ao longe e ao alto, piscando como um farol na escuridão do vale de Ayacucho.
Haviam 30 pesoas no culto e eu preguei expondo brevemente o salmo 121. O pastor Josué traduziu para o castelhano e depois para o quechua. Foi a primeira vez que preguei com tradução nos meus 20 vinte anos de ministério. Mencionei as batalhas que ocorreram sobre os montes e depois mostrei que Deus é o nosso verdadeiro socorro, por 3 razões: Ele é o nosso criador; ele é soberano sobre tudo; e ele é o nosso pastor guardador. Disse-lhes que confiassem em Deus "desde agora" e para sempre.
Amanhã entraremos on line para uma conversa com os alunos do IPE/Centro por volta das 9 horas ai no Brasil e às 7:10 aqui no Peru. Depois visitaremos o seminário presbiteriano que existe aqui. À tarde trataremos com o Rev. Josué do Projeto Sem Fronteiras e à noite participaremos do "discipulado" que o pastor Josué realiza todas as sextas-feiras.
A cidade é agradável e cheia de igrejas históricas. As coisas antigas e simples se misturam com o moderno de uma forma muito estranha para mim. Casas antiquíssimas, algumas caindo aos pedaços, hospedando lojas, bancos e agências financeiras moderníssimas. A cidade muito antiga sofre com a invasão da modernidade. Pessoas com aquelas roupas típicas peruanas, grudadas em celulares do último tipo. Todavia há muita carência do evangelho assim como no Brasil.
É isso aí.
A cada conversa que temos com o Rev. Josué nos empolgamos mais com o projeto e suas possibilidades de aplicação nessa região.
Deus veio antes de nós, e está nos chamando para continuar e chegarmos até aqui. O que virá depois é de sua exclusiva autoridade...
Um forte abraço, e bom descanso essa noite.
abraços a todos.