Servindo a Deus Desde Pequeno (I Samuel 3)
25/07/2008.
Costumamos nos impressionar com conversões espetaculares ou dramáticas. Valorizamos a conversão de quem veio do submundo em detrimento do crescimento de nossos filhos dentro da igreja. Não é raro desconfiarmos da fé daqueles que nunca se afastaram da igreja como se a sua experiência com Deus não fosse genuína ou fosse apenas “ingênua”. Mas as Escrituras nos revelam em alguns exemplos, como os de Samuel e Timóteo, o valor da fé daqueles que foram criados no evangelho desde pequenos. A história da igreja dá testemunho disso em mais dois casos famosos: A criação de John Wesley e a família de Jonathan Edwards, onde todos eram cristãos firmes e foram benção para a igreja mundial.
Samuel nasceu e cresceu no final do período dos juízes, quando retidão, justiça e santidade não estavam na moda. O texto faz intencionalmente um forte contraste entre a criação de Samuel, por seus pais Ana e Elcana e a criação dos filhos de Eli. Ana criou Samuel no caminho de Deus, mas Eli honrou mais seus filhos que a Deus (1 Sm 2.29). Os filhos de Eli desprezavam a Deus (2.12) enquanto Samuel o servia (2.18; 3.1). O veredicto de Deus sobre Eli e seus filhos é que Ele honrará aos que o honram e desmerecerá os que o desonram (2.30). O chamado de Samuel é o corolário desse princípio administrativo da graça de Deus, alertando-nos como pais para que ensinemos nossos filhos a buscar a Deus em primeiro lugar e experimentar as bênçãos de servi-lo desde pequenos.
Samuel era muito jovem (v.1,4,19). Talvez não tivesse mais que dez ou doze anos nessa época. O serviço prestado por Samuel era feito para Deus, orientado por Eli e acontecia diante dos olhos de todos os freqüentadores do Tabernáculo. Aprendemos a servir acatando as orientações da liderança que Deus coloca sobre nós. Samuel foi ensinado a respeitar a liderança do sacerdote e colheu os frutos disso na sua vida adulta. Quando os filhos não respeitam nem aos próprios pais, dificilmente aprenderão a amar a Deus e a servi-lo quando jovens e adultos.
“Veio o Senhor, e ali esteve” (v.10). A cena é bela, pois mostra Deus parado diante do menino dormindo. Como uma mãe que vigia seu filho enquanto ele dorme a admirá-lo em seu doce repouso. Note a paciência de Deus. Ele chama o menino quatro vezes antes que este o entenda. Ouvir a voz de Deus é algo que se aprende. E nisso Deus se mostra paciente e longânimo para conosco. Calvino já dizia que nas Escrituras é como se Deus nos tratasse como uma babá que balbucia palavras fáceis para a criança aprender a falar. Deus se adapta a nós a fim de tornar compreensiva a sua vontade na sua palavra. Diante de Deus sempre somos como crianças que precisam aprender. O maravilhoso é que ele não perde a paciência conosco e vem nos chamar uma, duas, três, quatro vezes!
Outra verdade maravilhosa, é que Deus fala com as nossas crianças tanto quanto fala conosco. Ele não os espera crescer; não espera que aprendam a ler e escrever; não espera eles pedirem uma Bíblia de presente. Saber disso pode ser surpreendente para alguns. Mesmo Eli custou a perceber a ação de Deus na vida de seu assistente mirim. Mas o Deus da graça já estava agindo na vida do menino desde quando sua existência na história era apenas um pedido choroso no coração de sua mãe (I Sm 1).
No momento da graça Deus se revelou ao menino. O contraste com os filhos do sacerdote Eli mais uma vez é uma alerta aos pais quanto ao fato de que serem piedosos não quer dizer que seus filhos o serão apenas pelo mero exemplo. Criar filhos piedosos envolve muito mais que simplesmente leva-los à igreja consigo. É preciso evangelizá-los e discipulá-los em casa, pois a semente do pecado habita em seus corações tanto quanto nos nossos. Todavia, por outro lado, um filho crente é fonte de uma alegria inesgotável para pais crentes.
Deus nos dá o privilégio de ensinar aos nossos filhos a ouvir a voz de Deus. Criá-los na presença de Deus não significa que se tornarão crentes automaticamente. Eles precisarão ter o seu encontro pessoal com Deus um dia. Quando os ensinamos, respondemos às suas indagações e vivemos como exemplo para eles em fé e esperança; construímos os fundamentos para que as promessas da divina aliança se cumpram para com eles como tem se cumprido para conosco. Por isso prepare o caminho para que seu filho venha a conhecer a Deus pessoalmente e lhe entregue o seu coração.
Com amor, Pr. Hélio.
25/07/2008.
Costumamos nos impressionar com conversões espetaculares ou dramáticas. Valorizamos a conversão de quem veio do submundo em detrimento do crescimento de nossos filhos dentro da igreja. Não é raro desconfiarmos da fé daqueles que nunca se afastaram da igreja como se a sua experiência com Deus não fosse genuína ou fosse apenas “ingênua”. Mas as Escrituras nos revelam em alguns exemplos, como os de Samuel e Timóteo, o valor da fé daqueles que foram criados no evangelho desde pequenos. A história da igreja dá testemunho disso em mais dois casos famosos: A criação de John Wesley e a família de Jonathan Edwards, onde todos eram cristãos firmes e foram benção para a igreja mundial.
Samuel nasceu e cresceu no final do período dos juízes, quando retidão, justiça e santidade não estavam na moda. O texto faz intencionalmente um forte contraste entre a criação de Samuel, por seus pais Ana e Elcana e a criação dos filhos de Eli. Ana criou Samuel no caminho de Deus, mas Eli honrou mais seus filhos que a Deus (1 Sm 2.29). Os filhos de Eli desprezavam a Deus (2.12) enquanto Samuel o servia (2.18; 3.1). O veredicto de Deus sobre Eli e seus filhos é que Ele honrará aos que o honram e desmerecerá os que o desonram (2.30). O chamado de Samuel é o corolário desse princípio administrativo da graça de Deus, alertando-nos como pais para que ensinemos nossos filhos a buscar a Deus em primeiro lugar e experimentar as bênçãos de servi-lo desde pequenos.
Samuel era muito jovem (v.1,4,19). Talvez não tivesse mais que dez ou doze anos nessa época. O serviço prestado por Samuel era feito para Deus, orientado por Eli e acontecia diante dos olhos de todos os freqüentadores do Tabernáculo. Aprendemos a servir acatando as orientações da liderança que Deus coloca sobre nós. Samuel foi ensinado a respeitar a liderança do sacerdote e colheu os frutos disso na sua vida adulta. Quando os filhos não respeitam nem aos próprios pais, dificilmente aprenderão a amar a Deus e a servi-lo quando jovens e adultos.
“Veio o Senhor, e ali esteve” (v.10). A cena é bela, pois mostra Deus parado diante do menino dormindo. Como uma mãe que vigia seu filho enquanto ele dorme a admirá-lo em seu doce repouso. Note a paciência de Deus. Ele chama o menino quatro vezes antes que este o entenda. Ouvir a voz de Deus é algo que se aprende. E nisso Deus se mostra paciente e longânimo para conosco. Calvino já dizia que nas Escrituras é como se Deus nos tratasse como uma babá que balbucia palavras fáceis para a criança aprender a falar. Deus se adapta a nós a fim de tornar compreensiva a sua vontade na sua palavra. Diante de Deus sempre somos como crianças que precisam aprender. O maravilhoso é que ele não perde a paciência conosco e vem nos chamar uma, duas, três, quatro vezes!
Outra verdade maravilhosa, é que Deus fala com as nossas crianças tanto quanto fala conosco. Ele não os espera crescer; não espera que aprendam a ler e escrever; não espera eles pedirem uma Bíblia de presente. Saber disso pode ser surpreendente para alguns. Mesmo Eli custou a perceber a ação de Deus na vida de seu assistente mirim. Mas o Deus da graça já estava agindo na vida do menino desde quando sua existência na história era apenas um pedido choroso no coração de sua mãe (I Sm 1).
No momento da graça Deus se revelou ao menino. O contraste com os filhos do sacerdote Eli mais uma vez é uma alerta aos pais quanto ao fato de que serem piedosos não quer dizer que seus filhos o serão apenas pelo mero exemplo. Criar filhos piedosos envolve muito mais que simplesmente leva-los à igreja consigo. É preciso evangelizá-los e discipulá-los em casa, pois a semente do pecado habita em seus corações tanto quanto nos nossos. Todavia, por outro lado, um filho crente é fonte de uma alegria inesgotável para pais crentes.
Deus nos dá o privilégio de ensinar aos nossos filhos a ouvir a voz de Deus. Criá-los na presença de Deus não significa que se tornarão crentes automaticamente. Eles precisarão ter o seu encontro pessoal com Deus um dia. Quando os ensinamos, respondemos às suas indagações e vivemos como exemplo para eles em fé e esperança; construímos os fundamentos para que as promessas da divina aliança se cumpram para com eles como tem se cumprido para conosco. Por isso prepare o caminho para que seu filho venha a conhecer a Deus pessoalmente e lhe entregue o seu coração.
Com amor, Pr. Hélio.