Igreja
Presbiteriana Jardim Goiás
Grupos Familiares - Quarta-feira - agosto
a dezembro/2019
Liderança: Pr. Hélio O.
Silva, Pr. Dyeenmes P. Carvalho e Sem. Salomão S. Tavares Jr.
04 = Colossenses
1.13-23 - A Supremacia e Excelência de Cristo --------- 28/08/2019
Andai Nele - Estudo Indutivo de Colossenses - Helio O. Silva.
Introdução
Num estudo indutivo comece sempre com
as sete perguntas básicas: Quem? Onde? Quando? O que? Como? Por que? Para que?[1] - Nós
as chamamos de perguntas dialógicas, porque nos ajudam a dialogar com o texto.
Procure aplicá-las no texto de Colossenses 1.13-23 a fim de compreender qual a
intensão de Paulo ao propor a excelência de Cristo e de sua obra redentora como
o único fundamento de nossa fé e unidade.
Contexto
Esse parágrafo é composto das
principais declarações de Paulo nessa epístola. Ele visa corrigir as pretensões
dos gnósticos de solapar a glória de Cristo pelas suas doutrinas esotéricas a
respeito da salvação e a vida cristã. Palavras importantes do vocabulário gnóstico
são reinterpretadas e aplicadas a Cristo, por Paulo, nesse parágrafo: Identifique
essas palavras:
(1) imagem - v.15; (2) princípio - v.18; (3) primazia - v. 18; (4) plenitude - v.19.
Paulo também usa expressões que contradizem frontalmente o dualismo gnóstico
entre matéria (vista como má) e espírito (visto como bom). Salvação para o
gnosticismo é a liberta da alma do corpo, como se este fosse apenas uma casca
que atrapalha. Qual seria essa expressão? ________________________________ - v.20;
e ______________________________ - v.22.
A afirmação de Paulo é que Cristo é Supremo e Excelente ao exercer sua
supremacia.
I.
Cristo é o Mediador-Salvador - v. 13,14
a) Ele
(Pai) nos libertou do império das trevas
b) Ele
(Pai) nos transportou para o reino
As duas frases
precisam ser vistas juntas como complemento. Note o contraste entre império e
reino. Note as palavras libertar e transportar. Observe que ação de libertar e
transportar são de Deus, o Pai, pela mediação de deus, o Filho. A salvação é
completa, pois termina quando somos colocados no reino; na obra de salvação
somos passivos. Deus faz tudo.
c) Nele
(Filho) temos a redenção
d) Nele
(Filho) temos a remissão dos pecados
Redenção e remissão
estão associadas. Na redenção enfatiza-se o sangue de Cristo derramado por nós.
Na remissão, enfatiza-se a liquidação de nossa dívida de pecados para com Deus.
O preço pago foi o sangue (redenção) o alvo era o fim da dívida (remissão). Tanto
uma como a outra são encontradas unicamente em Cristo, o Filho. Não há outro
salvador para os homens (1 Tm 2.5).
II.
Cristo é o Criador - v. 15,16
a) Ele é a imagem do Deus invisível
A palavra imagem
aqui aponta para a encarnação, pois, sendo Deus espírito, não pode ser visto. Cristo
é a imagem visível do ser invisível de Deus. Logo, Paulo questiona a
interpretação do gnosticismo de que a matéria é má por natureza, uma vez que o
Deus perfeito não viu dificuldades de expressar seu ser santo e puro por meio
de um corpo humano material, físico. Também enfatiza o papel mediador de Cristo,
pois quem vê a Cristo, vê o Pai (Jo 14.8-11).
b) Ele é o primogênito de toda a criação
Primogênito tem
o sentido de primazia, não o sentido de “ter sido o primeiro a ser criado”. Ele
tem primazia, autoridade sobre toda a criação.
c) Nele foram criadas todas as coisas
Cristo é o mediador da criação e da nova criação. O
que quer dizer isso? _____________________________________________________________________
d) Tudo foi criado por Ele e para Ele.
Cristo é o “Logos”
divino, Ele é a Palavra, o “Verbo” da criação. Ele participou ativamente da
criação assim como foi protagonista na nova criação (salvação - 2 Co 5.17). Em Cristo
a criação tem o seu começo e o seu fim.
e) Nele tudo subsiste
Cristo é o
mediador da criação e seu sustentador. O que dá ordem ao universo não são as
leis da física, mas o criador delas. Há uma verdade absoluta acima da teoria da
relatividade.
III.
Cristo é a cabeça e o Fundamento da Igreja -
v.18-22a
a) Ele é a cabeça do corpo
A cabeça é quem
controla e coordena o corpo. Paulo também aponta para a união inseparável que
temos com o redentor. Essa ligação é vital, eterna e geradora da unidade da
Igreja. Estamos “em Cristo”.
b) Ele é o primogênito da ressurreição
Aqui primogênito
também tem o sentido de autoridade e modelo. Todas as demais ressurreições são
modeladas pela sua ressurreição. Seremos ressurretos como ele foi.
c) Ele tem a primazia
Paulo chega ao ponto alto, ao afirmar a “primazia”
de Cristo sobre a criação e a nova criação, ou seja, sobre a criação e a
redenção. Tudo é Dele, tudo é por meio Dele, tudo é para Ele.
d) Nele reside a plenitude
“Primazia” e “plenitude”
são palavras do vocabulário gnóstico, redefinidas por Paulo a partir da
Divindade-humanidade de Cristo. “Pleroma” era uma palavra usada por eles para
referir-se ao panteão de divindades e forças espirituais, impessoais e irregulares
que governavam o mundo espiritual e material, existindo na forma de vários
níveis ascendentes até à plenitude (Pleroma). Deus em Cristo se revela como o
Deus pessoal, que tem o controle de tudo e que dá ordem a toda desordem causada
pelo pecado na experiência humana.
e) Ele fez a paz pelo seu sangue na cruz
Como Cristo coloca ordem no caos do universo? Ele o reconcilia consigo por
meio de sua obra redentora. Cristo redime, remindo e reconciliando. O resultado
prático da obra de Cristo na cruz é a reconciliação do universo com deus e de
pecadores com Deus, por intermédio do perdão da dívida pelo sacrifício
oferecido por ele mesmo e de si mesmo na cruz. A expressão “havendo feito a paz”
é um particípio aoristo ativo, que significa que a paz foi feita na morte dele
na cruz. Um particípio sempre tem sua ação governada pelo verbo principal da
frase, que no caso aqui é “reconciliar”. O propósito da cruz foi realizar a
reconciliação.
f) Reconciliou consigo o mundo
g) Reconciliou consigo os pecadores
A reconciliação
é com o mundo, no sentido de criação, o mundo físico (planeta, ordem natural) e com os pecadores eleitos por Deus, levados
ao arrependimento pelo evangelho, mencionado no verso 23.
Conclusão - v.22b,23
1. O
propósito da obra de Cristo: apresentar-nos perante ele santos, inculpáveis e
irrepreensíveis.
A obra redentora
tem propósito claro e definido; transformar a vida de pecadores em santos,
limpos de culpa e irrepreensíveis perante a face de deus, não dos homens. A
salvação tem padrões morais elevados, nivelados pela santidade de Deus e não pelas
relações sociais da humanidade. Somos medidos não pelo pacto social, mas pelo
caráter moral do próprio Deus.
2. Nós
devemos ficar firmes no alicerce da nossa fé - Cristo.
A exortação final é incentivar á perseverança na fé, alicerçada em Cristo.
Aplicações:
1. Jesus Cristo é o salvador - arrependa-se de seus pecados e entregue o seu
caminho para ele.
2. Jesus Cristo é o Senhor da criação - prostre-se perante Ele para adorá-lo
acima de tudo e de todos.
3. Jesus é o dono e cabeça da Igreja - obedeça-o e fique firme na fé contra
todo vento que soprar e inimigo doutrinário que aparecer negando essa verdade.
Motivos
de oração
1. Ore para que Cristo salve e que use para trazer pessoas a Ele.
2. Ore para que Cristo cuide da criação e te ensine a cuidar também.
3. Ore para que Cristo governe sua Igreja e submeta-se à Sua Palavra.