Igreja
Presbiteriana Jardim Goiás
Grupos Familiares - Quarta-feira - agosto
a dezembro/2019
Liderança: Pr. Hélio O.
Silva, Pr. Dyeenmes P. Carvalho e Sem. Salomão S. Tavares Jr.
03 = Colossenses
1.9-12 - Vivendo de Modo Digno de Cristo --------------- 21/08/2019
Andai Nele - Estudo Indutivo de Colossenses - Helio O. Silva.
Introdução
Um estudo bíblico indutivo começa com a observação do texto que queremos
estudar para obedecer a Deus. Sempre observamos algo de fora para dentro,
começando pela superfície e aprofundando abrindo as camadas que formam a
estrutura da passagem.
1. Observe a forma literária. Colossenses é uma _______________________.
Colossenses 1.9-12 é uma _____________________________.
2. Observe a estrutura da passagem. Quantas e Quais são as divisões
principais? As divisões principais são dadas pelas afirmações das frases
principais.
3. Observe o contexto. Interno; O que essa carta fala dela mesma? Externa: O
que estava acontecendo para que Paulo escreve essa carta? Qual é o histórico? O
que já sabemos a respeito dessa carta e dessa igreja? Observe os textos
imediatamente antes e depois de 1.9-12.
4. Preste atenção nas chaves gramaticais: Comece sempre pelos tempos dos
verbos (os verbos indicam a ação). Olhe os sujeitos e os objetos das ações. O
que mudou na forma da escrita? Essa oração fecha a introdução da carta. O que
liga essa parte com a anterior e a próxima: Observe as conjunções (conjunções
ligam frases).[1]
Contexto:
O
relatório de Epafras com respeito ao impacto do Evangelho em Colossos foi muito
positivo; ao ponto de deixar Paulo empolgado com a Igreja daquela cidade. Ele produzia
fruto e crescia entre eles espalhando-se (v.6). Isso porque entenderam a graça
de Deus na verdade e nela foram instruídos por Epafras (v.7). O resultado disso
na vida deles revelou-se no seu amor pelo Espírito Santo (v.8).
Assim, o objetivo dessa oração é buscar,
diante de Deus o aprofundamento de nossa experiência cristã com Deus, com a
finalidade de vivermos para o seu inteiro agrado.
I.
TRANSBORDAR DO CONHECIMENTO DA SUA VONTADE
V.9:
a) Orar
é pedir. Orar não é tomar o
lugar de Deus, mas colocar nossos pedidos diante
de Deus.
b) Transbordar
do pleno conhecimento da vontade de Deus. “Transbordeis”
significa “quando foi enchido, para ser enchido. A oração subjuntiva
expressa um desejo, que pode acontecer ou não, por isso é uma oração. É
significativo notarmos a voz passiva, pois esse transbordar não é uma obra
nossa, mas de Deus em nós. Russel Shedd: “Quando todo o espaço das nossas
mentes for preenchido até transbordar com o conhecimento da vontade do Senhor,
já não teremos muito interesse em satisfazer egoisticamente a nossa própria
vontade”.[2]
I Tessalonicenses 4.3-7:
a vontade de Deus para nossas vidas é a nossa santificação. Santificação
consiste em separação do mundo para servir a Deus. Santificação é o oposto de
impureza (I Ts 4.7).
O tipo de conhecimento da
vontade de Deus não deve ser parcial, mas pleno (pleno conhecimento). Paulo
está usando um termo muito apreciado pelos gnósticos ao se referirem a si
mesmos (uma seita herética do 1º século que defendia um conhecimento salvífico
à parte de Cristo). Contudo, Paulo enfatiza que esse conhecimento não vem de
uma espécie de peregrinação espiritual e esotérica, mas do cultivo de um
relacionamento real e verdadeiro com Deus. Saber quem Deus é envolve ter a
intimidade de Deus (Sl 25.14), intimidade que se apresenta no caminhar ao seu
lado dia a dia (Sl 16.8; 23.4), pois Deus não é uma impressão ou sentimento,
mas uma presença companheira.
c) Em
toda a sabedoria e entendimento espiritual. O conhecimento verdadeiro de Deus é cultivado com sabedoria e entendimento. “O temor do Senhor é o princípio da
sabedoria; revelam prudência todos os que o praticam...” (Sl 111.10). Entendimento
espiritual tem a sua origem no Espírito. Paulo insiste que se andarmos no
Espírito, venceremos a nossa carne (Gl 5.16-18).
II.
VIVER POR MODO DIGNO DE Deus V.10-12:
1. Vida digna de Deus é a
finalidade da oração. Observe a expressão “a fim de
que” que indica resultado ou propósito. “Para
o seu inteiro agrado” explica “modo digno de Deus”. Agradar não é um acordo entre partes
interessadas num negócio. Tiago 4.1-10, diz que fazemos isso exatamente em
nossas orações, porque pedimos pensando somente em lucrar, por isso Deus não
nos atende (Veja o Sl 37.4).
Se devemos procurar conhecer a vontade de Deus, onde ela está revelada?
_____________________________________________________________________.
a)
Como podemos viver para o inteiro agrado de
Deus?
O gerúndio da tradução responde prontamente a
essa pergunta para nós. Paulo alista quatro formas que devem agir em conjunto:
1. Frutificando em toda boa obra.
2. Crescendo no pleno conhecimento de Deus.
3. Sendo fortalecidos com o poder de Deus.
Ø O
poder é total. O poder de
Deus não é uma falácia que mente, mas uma
realidade assustadora.
Ø O poder
é segundo a força de sua glória.
Esse poder nasce da glória de Deus e
visa a glória de Deus.
Ø O
poder se manifesta em toda a perseverança e longanimidade.
4. Dando graças ao Pai. Paulo chamou Deus de “Senhor” e “Deus” no
v.10. Aqui ele o chama de Pai. A gratidão tem a ver com relacionamento e
conhecimento recíproco. Deus é nosso Pai por meio de Jesus Cristo (Jo 1.12).
Ø Graças devem ser dadas com alegria. Portanto, gratidão e alegria sempre andam
juntas.
Ø Graças devem ser dadas porque Deus nos fez
idôneos à herança dos santos na luz. Nossa herança não é um direito nosso, mas um fruto dadivoso claro da
graça eterna de Deus em seu amor por nós.
Aplicações:
1. Andamos com Deus para saber a sua vontade e
porque sabemos a sua vontade. Você entende isso? Onde está escrita a vontade de
Deus mesmo? _____________.
2. Transbordamos do conhecimento de Deus quando
somos cheios do Espírito (Ef 5.18) e por ele somos guiados. “Quem
tem sede venha a mim e beba... e do seu interior fluirão rios de água viva...
isso Ele disse com respeito ao espírito que haviam de receber os que nele
cressem” (Jo 7.37-39).
Deus encherá do seu Espírito aqueles que lho
pedirem, pois Deus dá o seu Espírito àqueles que lho pedirem (Lc 11.13).
Motivos
de oração
1. Orar por e para conhecer a Deus e sua vontade deve ser nosso compromisso
número UM de oração.
2. Orar por e para viver de modo digno de Deus (Cristo) deve ser o nosso
compromisso número DOIS de oração.
3. O resto só pode vir depois desses dois.
[1]
Antônia Leonora Van Der Meer. O Estudo Bíblico Indutivo, ABU, p.11-13.
[2]
Russel P. Shedd, Andai Nele, Vida
Nova, p.?