O Conhecimento Bíblico e a Experiência de Deus
(Mateus 22.29)
PRESUMIMOS
de forma vaidosa e dissimulada que porque conhecemos algo sobre o Espírito Santo
já sabemos tudo sobre ele. Precisamos reconhecer que da mesma forma que o
conhecimento teórico pode exceder a experiência pessoal, também a experiência
pessoal pode exceder o conhecimento.
Os discípulos
de Cristo frequentemente não entendiam adequadamente as coisas espirituais e
Cristo precisava corrigi-los. Mesmo assim Cristo transformou as suas vidas como
nunca haviam imaginado ou previsto. Isso porque o amavam, confiavam nele,
queriam aprender dele e honestamente queriam obedecê-lo.
Eles foram
transformados por Jesus, mas a compreensão do que aconteceu a eles veio depois.
Na vida cristã percebemos que Deus primeiro nos abençoa e depois exige obediência
aos seus mandamentos. Não temos de obedecer primeiro para sermos salvos depois;
somos salvos primeiro e instados a obedecer depois. Na lógica do reino
descansamos primeiro (domingo) e trabalhamos depois (6 dias). A graça de Deus
supera nosso conhecimento e percepções a respeito dele e de sua vontade.
Onde estaríamos todos nós se Deus exigisse
conhecimento correto de sua palavra antes de nos abençoar? Cada cristão,
sem exceção, experimenta muito mais em termos de misericórdia e ajuda do que
lhe garante a qualidade de suas idéias. Da mesma forma, entretanto,
apreciaríamos muito mais a obra do Espírito e evitaríamos muitos perigos e
erros espirituais se nossos pensamentos e concepções sobre o Espírito Santo
fossem mais claros e instruídos pela verdade revelada nas Escrituras.
Ao conhecermos
o Espírito Santo na conversão e entrarmos na sua dinâmica caminhada, entramos
em contato com pelo menos cinco novas experiências espirituais nas quais
devemos nos exercitar:
(1) Poder. O
papel do Espírito é nos capacitar para fazer a vontade de Deus. A ênfase é
colocada na doação sobrenatural de poder espiritual.
(2)
Desempenho. O papel do Espírito é nos equipar para o desempenho de tarefas espirituais
que cumprem a vontade de Deus. A ênfase é colocada no ministério de dons
espirituais por parte dos cristãos a fim de servir uns aos outros.
(3) Pureza. O
papel do Espírito é purificar e limpar os cristãos da contaminação e poluição
do pecado, capacitando-os a resistir à tentação e fazer o que é certo. A ênfase
é colocada na santidade que o Espírito transmite ao coração dos cristãos.
(4) Apresentação.
O papel do Espírito é dar aos cristãos discernimento espiritual para perceberem
as coisas concernentes à revelação de Deus em Cristo e nas escrituras e
aplicá-las ao que acontece ao seu redor. A ênfase é colocada no discernimento
espiritual como obra do Espírito.
(5) Presença: O
Espírito é o agente mediador da presença de Cristo em nós e seu papel é tornar
Cristo glorioso para nós cotidianamente. A ênfase é colocada no incremento da
comunhão com Cristo por meio do Espírito, colocando todos os anteriores como
elementos periféricos, ainda que importantes, da implementação de nossa relação
pessoal com Deus.
Com amor, Pr. Helio.