Nutrindo Um
Bom Relacionamento Entre Pastores e Igrejas
(1
Tessalonicenses 5.12,13).
Começo dizendo que os conselhos e orientações aqui
apresentados por Paulo são direcionados a uma igreja jovem, bem no começo de
sua carreira cristã. Sendo assim, talvez seja essa uma das razões porque por
duas vezes Paulo trata objetivamente do ministério pastoral na igreja, primeiro
na perspectiva dos membros (3.1-10) e aqui na perspectiva dos pastores
(5.12-13). Há
três atitudes esperadas da igreja nessa questão.
Primeira: Acatar com apreço. Acatar é ter respeito e interesse pelo seu trabalho pastoral,
valorizando e reconhecendo sua importância. Por que fazer assim? (1) Eles
trabalham entre nós. Paulo se refere a um trabalho que produz desgaste
físico e mental. Muitas vezes o trabalho da Igreja é estressante para a
liderança, que precisa muito mais de apoio do que críticas desnecessárias e
murmurações. Esse respeito é devido
aos que trabalham e não aos que “trapalham”. (2) Eles nos presidem e nos
admoestam. Presidir é liderar, conduzir e cuidar; por
isso a colaboração é importante. Admoestar é corrigir por meio de conselhos.
Segunda: Tê-los com amor. A liderança não precisa somente do respeito, precisa
também do carinho, do amor do rebanho e de sua animação. (1) O amor deve ser
em máxima consideração. Consideração é estima, valorização do outro; ter em
alta conta. Paulo diz que o marcador de nossa estima pelos líderes deve estar
ligado no máximo e não no mínimo. (2) O amor deve ser motivado pelo trabalho
que realizam. Trabalho é “ergon”, uma obra comum. O trabalho pastoral e da
liderança não difere do secular a não ser pelo seu alcance religioso. Ou seja,
qualquer trabalho deve glorificar a Cristo, servir às pessoas, ser feito com
honestidade e lisura de caráter etc; o trabalho cristão também é assim.
O
respeito pelos oficiais da igreja não pode ser motivado pelo interesse pessoal
ou pela troca de favores sociais; nunca por causa de traços da personalidade ou
disponibilidade para um serviço mais particularizado. Deve-se honrá-los por
causa da natureza do trabalho cristão.
Terceira: Viver em paz com eles. “Uns
com os outros”, Paulo não fala de paz entre os membros. Nesse texto, é paz
entre líderes e liderados. Pastores e ovelhas, Conselho e Igreja, Junta
Diaconal e Igreja, Presbitério e Igrejas jurisdicionadas. Viver em paz é
praticar a paz. Não deixar que os desacordos quebrem a harmonia do trabalho,
mas aprender o segredo da cooperação. Precisamos entender que na Igreja, nossos
desacordos não fazem que sejamos menos corpo de Cristo, que somos lançados
fora, por isso, buscar o equilíbrio pelo diálogo aberto é tão importante,
porque já somos um em Cristo. Nossa responsabilidade é não quebrar a unidade,
mas preservá-la e aprimorá-la para a glória de Cristo (Ef 4.3,13). O devido
valor à relação pastoral é algo que deve fazer parte do fundamento de uma
igreja local, se ela quer se tornar uma igreja madura na fé.
Quando as igrejas se reunirem novamente para uma eleição pastoral, que o Senhor da igreja as una e reúna em torno
de seu vinculo de paz. Seguindo essa tripla orientação de Paulo, certamente
nutriremos uma boa relação entre os pastores e os membros das igrejas.
Com amor,
Pr. Helio.