Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO
05 = 2 Coríntios 3.4-18 – A Superioridade da Nova Aliança. 03/09/2014.
05 = 2 Coríntios 3.4-18 – A Superioridade da Nova Aliança. 03/09/2014.
Grupo de Estudo do Centro – Agosto a
Dezembro/2014
Liderança:
Pr. Hélio O. Silva e Sem. Adair B. Machado.
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Comentários Expositivos Hagnos – 2
Coríntios – Hernandes Dias Lopes, Hagnos, p.75-93.
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Introdução:
Nessa seção, Paulo introduz a doutrina da Nova Aliança
e a contrasta com a Velha Aliança.
A nova aliança é “Kainós” (nova) quanto à qualidade e
não somente quanto ao tempo; ela também guarda continuidade e descontinuidade
com a Velha aliança. Na Velha Aliança, o homem deveria obedecer conforme as
suas forças à Lei e por isso tentar fazer o melhor para agradar a Deus. Na Nova
Aliança é Deus quem faz tudo por nós através de Cristo.
1. A Nova
Aliança Contrasta com a Velha Aliança (v.4-11).
Paulo faz quatro importantes contrastes entre a velha
e a nova aliança:
a) Tábuas de pedra e tábuas de carne
(v.3).
A Velha Aliança foi escrita em
tábuas de pedra, fora de nós. A Nova aliança foi escrita em nossos corações,
dentro de nós.
b) Ministério da morte e ministério do Espírito (v.7,8).
A Lei revela e condena o pecado, mas
não o tira e nem o absolve. A lei não é o problema, ela é santa, justa e boa
(Rm 7.12,14), enquanto o homem é rendido e escravizado pelo pecado. A Lei
jamais inocenta o pecado, pois exige obediência perfeita. A Lei pronuncia a
sentença de morte para os desobedientes (Rm 7.10). A Lei não é capaz de
justificar o pecador, nem de conceder o Espírito Santo; não pode nos dar
herança, nem vida e nem liberdade (Gl 2.16; 3.2,18,21).
O ministério do Espírito, por outro lado, trás vida,
porque na nova aliança o pecador é substituído por Cristo, e nele recebe o
perdão dos pecados.
c) O ministério da condenação e o ministério da justiça.
A letra da Lei mata (Gl 3.6) porque aponta a culpa e
lavra a sentença (Tg 2.10). O Espírito aplica em nós os benefícios da redenção
de Cristo e da sua justiça. O sangue de Cristo justifica o pecador.
d) O desvanecente e o permanente.
O propósito de Deus com a nova
aliança era que as exigências da Lei fossem cumpridas naqueles que andam
segundo o Espírito (Rm 8.4). A lei nos serviu de aio para conduzir a Cristo (Gl
3.24). Ela é como uma lanterna que mostra o caminho, mas não tira os obstáculos
à frente.
Paulo exemplifica isso com o brilho desvanecente no
rosto de Moises sempre que ia à presença de Deus e de lá retornava. O brilho do
rosto de Cristo, porém, é permanente, pois a nova aliança é permanente e
revestida de glória.
A força de uma vida vitoriosa não vem das nossas obras
terrenas, mas do céu; não vem do nosso interior, mas do alto; não vem de
homens, mas de Deus.
2. Viver na
Nova Aliança é Viver Com Ousadia (v.12).
Quem participa da Nova Aliança, não vive confiado em
si mesmo, mas em Deus. A vida inteira de Moisés é o mais límpido retrato disso.
Ele viveu quarenta anos nos palácios do Egito acreditando que um dia libertaria
a Israel fundamentado em suas habilidades ali adquiridas. Mas deu tudo errado e
ele precisou fugir para o deserto. Ele passou 40 anos na Universidade do Egito
aprendendo a ser alguém e depois mais 40 anos no deserto aprendendo a ser
ninguém. Deus esteve em silêncio, mas não inativo. Depois do episódio da sarça
ardente, Moisés aprendeu que o único todo-poderoso é Deus. Nessa ousadia voltou
para o Egito e foi instrumento de Deus para livrar Israel do cativeiro.
Todavia, a ousadia de Moisés vacilou e temeu ao
perceber a glória desvanecente em seu rosto. Ele colocou o véu para que o povo
não percebesse isso e visse a glória transitória em sua face. O véu era um
disfarce, ele escondia a realidade e separava o povo de Moisés.
Hernandes Dias Lopes alista 5 máscaras que escondem e
separam o povo de Deus de uma comunhão mais rica com Deus:
® O legalismo. Condenar os pecados dos outros sem enfrentar
os próprios (fariseus).
® A auto-confiança. Comparar-se aos outros julgando-os
inferiores (Pedro).
® A hipocrisia. Dizer que fez tudo e fazer diferente
(Ananias e Safira).
® A mentira. Mentir e dizer que é honesto (irmãos de
José).
® A duplicidade. Querer ficar bem com todos e ao mesmo
tempo condená-los.
3. Os Que ainda
Vivem na Velha Aliança são Cegos (v.14,15).
Dois aspectos são importantes aqui:
a) O embotamento
dos sentidos (v.14).
Os judeus continuavam religiosos mas sem discernimento
espiritual. Não conseguem o cumprimento da Velha Aliança e o estabelecimento da
Aliança em Cristo.
O
véu representa uma recusa em aceitar o cumprimento da revelação de Deus em
Jesus Cristo.
4. Na nova
Aliança o Veu é Removido (v.16-18).
A única maneira de viver uma vida cristã autêntica é
através da remoção de todas as máscaras. Paulo nos apresenta três temas
esplêndidos:
a) O véu é removido pela conversão a
Cristo (v.16).
Na conversão somos transferidos das
trevas para a luz e nos tornamos filhos de Deus por adoção e por geração.
b) A liberdade é alcançada pelo Espírito Santo (v.17).
A liberdade que adquirimos com o Espírito Santo é do
pecado (Rm 6.6,7); da morte (Rm .21-23) e da condenação (Rm 8.1). Paulo não
está se referindo a liberdade litúrgica, nem licença para viver de qualquer
maneira
c) A transformação é progressiva segundo a imagem de Cristo (v.18).
Na Velha Aliança colhemos escravidão, morte e
condenação, mas na nova somos transformados de glória em. glória,convertidos,
libertos e transformados na imagem de Cristo.