Decência e Modéstia – 1 Timóteo 2.9
Rev.
Helio O. Silva
Há algumas
semanas atrás fomos surpreendidos com a forma inusitada com que o Pr. Silas Malafaia
ilustrou o uso de roupas indecentes por mulheres, frequentadoras dos cultos
evangélicos no Brasil. Ele usou a expressão “Tampa de fusca” para se
referir aos decotes em “v” profundos e pronunciados usados por algumas
frequentadoras de igrejas.
Em
1 Timóteo 2.9, Paulo ensina que a decência e a modéstia devem ser as roupas que
as mulheres cristãs devem usar quando participarem, por exemplo, de uma reunião
de oração. “Decente”, no texto, significa, algo organizado, apropriado,
conveniente. Não é nem apropriado, nem conveniente, que as mulheres orem na
igreja usando roupas que chamem a atenção dos olhares, especialmente os
masculinos, para partes do seu corpo à mostra. Na mesma linha de raciocínio,
“modéstia” é uma palavra que significa recato, olhar para baixo
respeitosamente, com reverência e consideração. No dicionário, modéstia
significa “ausência
de vaidade em relação ao próprio valor, às próprias realizações, êxitos etc.;
despretensão. comedimento determinado pelas exigências das circunstâncias, dos
deveres, dos usos; sobriedade”.
Embora
as Escrituras não condenem explicitamente o embelezamento “cosmético” que
muitas mulheres adotam (1 Pedro 3.3-6; 1 Timóteo 2.9,10), é clara sua
preferência para o que é despretensioso, modesto, humilde e simples. As
mulheres não devem se entregar ao exagero do “aparato de vestuário” caro e
vaidoso, bem como não podem se permitir protagonizar uma exposição de partes de
seu corpo, rebaixando seus padrões morais cristãos ao convencional, secular e
mundano.
Roupas
indecentes são aquelas que classificamos como curtas demais, apertadas demais,
transparentes demais e que mostram demais o corpo feminino (também o masculino).
Num ambiente de culto a Deus, a indecência das roupas compete por atenção com o
próprio Deus, o que além de ser desagradável a Ele promove a tentação, a
malícia e a impureza da impudicícia (falta de pudor), em decréscimo da
santidade que deve reinar nesse ambiente.
Talvez
pudéssemos considerar exagerado o termo escolhido pelo pastor pentecostal para
reintroduzir a discussão, mesmo sabendo que essa e outras expressões do mesmo
naipe, são muito comuns entre mulheres e rapazes cristãos ou não! Entretanto, não
podemos negar o fato de que algumas mulheres cristãs, atraídas e fascinadas pela
moda e pelos avanços da medicina cosmética, entraram por uma porta onde a
vaidade, não a santidade, determina comportamentos.
Queridas
irmãs, sejam criteriosas e modestas em suas escolhas quanto ao vestir-se e
maquiar-se, a fim de com isso testemunhar sua santidade e jamais a falta dela!
Guardem bem a tampa de seu fusca, para não se verem envolvidas em qualquer
incidente ou acidente que possa lhes trazer desgostos e aflições futuras,
desfigurando e depondo contra o seu testemunho cristão.
Com amor, Pr. Helio.