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Ele Não é Um Estranho Para Nós

1 Pedro 4.12-14

Rev. Helio O. Silva

 

Sofrer por causa de Cristo não é novidade para os cristãos, mas uma experiência comum, rotineira, nunca uma novidade inesperada. Ser cristão e não esperar enfrentar sofrimento por isso é uma contradição, pois Cristo disse claramente que isso iria acontecer a quem o segue como discípulo. Agir diferente é negar a Cristo diante dos homens a fim de ter conforto na vida.

Pedro afirma que o sofrimento não é um estranho para nós, que deve ser recebido como um amigo, um velho conhecido. O Novo Testamento mostra que os discípulos se alegravam por sofrerem insultos por causa de Cristo (At 5.41; Ap 2.10).

Todavia, quando sofremos, devemos nos alegrar por sermos coparticipantes dos sofrimentos de Cristo. Pedro faz uma ligação direta entre os sofrimentos do presente com as glórias do futuro. Sofrer no presente faz parte do caminho que devemos trilhar até chegar na glória. É um privilégio sofrer por causa de Cristo, porque nos permite estar seguros de nossa entrada com Ele na eternidade!

Essa é a segunda vez que Pedro fala de uma alegria exultante ou excessiva nessa epístola (1.8; 4.13). Em ambos os casos, os sofrimentos do presente refletem a glória do futuro. O resultado disso é segurança e alegria. Na ótica de Paulo, fé operosa, amor abnegado e esperança firme são os sinais evidentes de nossa eleição (1 Ts 1.3,4). Pedro acrescenta que o sofrimento que experimentamos por causa disso é uma evidência adicional e preciosa, que não pode ser desprezada em momento algum.

Deus tem dois objetivos para nós ao permitir que soframos. (1) Provar-nos - O conceito bíblico de provação é a aplicação de um teste visando a aprovação e o fortalecimento espiritual. (2) Preparar-nos para a revelação futura da glória de Deus. Os sofrimentos trazem amadurecimento espiritual, uma vez que as tribulações atravessadas com perseverança, aumentam nossa experiência cristã, levando ao fortalecimento da esperança (Rm 5.3,4).

O resultado-alvo do sofrer por Cristo é uma alegria exultante no final. Pedro não está ensinando que devemos tentar encontrar alegria no sofrimento, afinal não somos masoquistas que tem prazer nisso. Pedro está dizendo que se suportarmos sofrimento por sermos cristãos, e testemunharmos a Cristo, a colheita desse tipo de comportamento será alegria, aquela satisfação de ser comparado a Ele e experimentar a mesma oposição que Ele experimentou. Só compartilhará da glória de Cristo quem compartilhar de seus sofrimentos. Só entrará na vida eterna quem tomar a cruz e carregá-la seguindo o exemplo de Cristo.

Pedro conclui afirmando que o Espírito de Deus repousa sobre nós em momentos assim.   O Espírito nos garante proteção e a oportunidade para repousar, descansar e refazer-nos. O Espírito repousa sobre nós vigilante, por isso estaremos seguros.                                                                                  Com amor, Pr. Helio.

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