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World Trade Center 15 Anos Depois



World Trade Center 15 Anos Depois   (Gênesis 11.1-9)

Há quinze anos trás publiquei uma pastoral que gostaria de atualizar aqui.
Quando as torres do World Trade Center (Centro do Comércio Mundial - WTC) foram concluídas em 1974, sua intenção era claramente, mais do que chamar a atenção para aquela região de Nova Iorque, era chamar a atenção do mundo! Desejava-se celebrizar a hegemonia norte-americana sobre o mundo. Ali seria, como foi, o centro do comércio mundial. Ao vê-las cair no dia 11/09/2001, foi difícil não comparar o evento com o da queda da Torre de Babel (Gn 11.1-9), e concluir que:

         Mais uma vez a tentativa de se celebrizar os empreendimentos humanos ofendeu a Deus. Aqueles homens de Babel queriam a mesma coisa, celebrizar o seu nome e controlar a situação, a história. Mas quem controla a história é Deus e Ele não dá esse direito a quem quer que seja, pois tudo lhe pertence, o mundo e os que nele habitam (Sl 24.1). Eu arriscaria dizer que Deus não aprova a globalização, porque toda globalização tem um eixo que busca ser o centro do mundo à parte de Deus. Babel quis fazer assim, os americanos também.

         Mais uma vez as línguas dos homens se confundiram. Em babel se confundiram os idiomas, em Nova Iorque as linguagens. Muitos falam em muitas direções, acusando os EUA, os palestinos, os árabes, os afegãos; o muçulmanismo. Mas quantos olharam para si mesmos a fim de reconhecer o fruto de sua cobiça? Se cair a hegemonia norte-americana outra buscará tomar o seu lugar. No fim das contas o sentimento é o mesmo. O mundo não chora somente por solidariedade, mas também por despeito. O WTC caiu como caiu a torre de Babel, Nínive, Babilônia, Susã, Roma, Constantinopla, Berlim e tantas outras. O WTC não é os EUA, mas sua queda é profeticamente sintomática. Após a queda, permaneceram os olhares confusos, como aconteceu em Babel; e o mundo sente suas consequências até hoje!

         Mais uma vez ficou provado que o que se semeia é o que se colhe. Quem semeia ostentação sobre a opressão alheia colherá o ódio das nações. A morte dos americanos inocentes foi o espelho inverso da morte dos árabes e palestinos inocentes mortos pelas armas compradas dos EUA legal ou ilegalmente. Não adianta cantar “Deus Salve a América”, quando às custas da fé cristã decadente, mantém-se as outras partes do mundo debaixo da pobreza e da opressão financeira capitalista. Isso comove os olhares incautos, mas não o coração de Deus, e de quem ainda passa fome às custas de projetos de poder e hegemonia por meio de armamento nuclear e espacial.

         Fica mais uma vez o recado do apóstolo Paulo: “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia” (I Co 10.12).

Com amor, Pr. Hélio.


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