Primeira Igreja
Presbiteriana de Goiânia-GO
07 = 2 Coríntios 4.7-18
– O Ministério da Nova Aliança (2). 17/09/2014.
Grupo de Estudo do Centro – Agosto a
Dezembro/2014
Liderança:
Pr. Hélio O. Silva e Sem. Adair B. Machado.
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Comentários Expositivos Hagnos – 2
Coríntios – Hernandes Dias Lopes, Hagnos, p.103-112
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Introdução:
Paulo continua sua defesa em favor de seu ministério
descrevendo o ministério da Nova Aliança. Nos versos 1-6, Paulo fez uma
apresentação majestosa da glória da Nova Aliança enfatizando seis pontos a
respeito da revelação de Deus no Evangelho:
1.
O Evangelho é
concedido pela misericórdia Divina, e não pelo mérito humano (v.1).
2.
O Evangelho nos
dá forças para enfrentar o sofrimento (v.1b).
3.
O Evangelho nos
capacita a ser íntegros na pregação (v.2).
4.
O Evangelho nos
adverte da terrível oposição de satanás (v.3,4).
5.
O Evangelho nos
mantém longe da presunção (v.5).
6.
O Evangelho
coloca em evidência o poderoso milagre da nova criação (v.6).
Nos
versos a seguir Paulo ainda nos apresenta mais três verdades sobre a nova
aliança:
1. Um Tesouro Valioso em Vasos de Barro (v.7-12).
Paulo passa da glória da nova
criação para a fraqueza do vaso de barro. Esse parágrafo leva a nocaute a
tolice de qualquer pretensão humana do culto à personalidade. A glória não está
no pregador, mas na pregação; não no vaso, mas no tesouro que este guarda.
a) Paulo
compara o valor inestimável do tesouro com a fragilidade tosca do vaso de barro
(v.7). Ele compara e contrasta ao
mesmo tempo o evangelista e o evangelho. O vaso se quebra com facilidade e
precisa ser substituído, mas o tesouro é eterno, de modo que a fraqueza do vaso
ressalta a excelência do poder do Deus do Evangelho. Deus é glorificado por
meio de vasos frágeis. Somos vasos de barro para que possamos depender
exclusivamente do poder de Deus
b) O contraste é
paradoxalmente profundo (v.8,9). Paulo faz quatro afirmações paradoxais (um
paradoxo é uma aparente contradição de termos). Essas afirmações refletem a
vulnerabilidade dos pregadores do evangelho de um lado, e o poder divino que os
sustenta do outro.
® Atribulados, mas não angustiados. Podemos ser
atribulados e ao mesmo tempo ser fortalecidos pelo Senhor.
® Perplexos, mas não desanimados. A perplexidade aponta
para o sentimento de alguém chegou num beco sem saída, em completa ruína. Deus
age para nos livrar de toda e qualquer perplexidade.
® Perseguidos, mas não desamparados. Podemos ser
perseguidos, mas Deus provê um livramento na hora mais difícil.
® Abatidos, mas não destruídos. Podemos parecer
derrotados e à mercê de qualquer poder humano ou espiritual, mas jamais seremos
vencidos e destruídos.
c) No evangelho
somos benditamente identificados com o salvador. Levamos conosco a sua
morte, para que a sua vida se manifeste através de nós. Tudo se concentra no
mestre e não nos servos. Quando servimos a Cristo, sua morte opera em nós, mas
a sua vida opera através de nós naqueles a quem servimos. A prova do verdaeiro
ministério não está nas condecorações mas nas escoriações (Gl 6.17).
2. Uma Fé Vitoriosa (v.13-15).
a) Ela está
baseada na revelação divina (v.13).
Nunca na subjetividade humana; jamais nas experiências pessoais, sempre na
objetividade da revelação divina nas escrituras.
b) Ela está
fundamentada na ressurreição do corpo (v.14). A maior prova da manifestação do supremo poder de Deus é a
ressurreição de Cristo (Ef 1.19,20). A ressurreição de Cristo é a garantia de
nossa própria ressurreição (Jo 5.28,29; 1 Co 15.54,55). A ressurreição de
Cristo é um grande conforto na aflição.
c) Ela está
direcionada para a glória de Deus (v.15). O propósito final de toda a existência é a glória de Deus. Tudo que
começa com a graça conduz à glória divina.
3. Uma Convicção Maravilhosa (v.16-18).
Paulo afirmou em 2 Co 4.1 que não
desanima porque conhece a grandeza do ministério que Deus confiou às suas mãos;
Ele também não desanima porque embora as aflições o afetem fisicamente, seu
espírito se renova a cada dia (4.16-18). Essa convicção é enaltecida em mais
quatro contrates a seguir:
a) Corpo
fraco, espírito renovado (v.16). O
nosso corpo fica cansado, doente e envelhecido, mas o espírito mais maduro,
mais forte e mais renovado. Os dois verbos, “corromper” e “renovar” estão no
tempo presente indicando continuidade e simultaneidade entre ambos, As duas
coisas acontecem ao mesmo tempo, ou seja, na mesma proporção em que o corpo se
enfraquece, o espírito se renova!
b) Presente
doloroso, futuro glorioso (v.17). As
aflições são pesadas e contínuas, mas visas sob a perspectiva da eternidade são
leves e momentâneas. Hoje somos atribulados, mas no futuro, estaremos na glória.
Paulo via as tribulações como aliadas e não como adversárias, pois, longe de
nos destruir, cooperam para o nosso bem. Elas produzem para nós um eterno peso
de glória acima de qualquer comparação.
c) Coisas
visíveis temporais, coisas invisíveis eternas (v.18). As coisas verdadeiramente reais são as invisíveis. A
fé não se apega às glórias passageiras do mundo, porque vê um mundo invisível
superior e repleto da glória de Deus.
Aplicações:
1.
Não confiemos em
nossa fragilidade, mas no poder de Deus. Riqueza, força física e sabedoria são
cordas que se rompem facilmente diante das aflições e tribulações.
2. Nossa fé não parte de nós mesmos, mas daquilo que recebemos de Deus.
3.
Escolha bem o que
alimenta as suas convicções, pois se escolhermos errado elas não vencerão as tribulações,
as perseguições e as perplexidades da vida.