Pular para o conteúdo principal

A Era do "espírito"


Pastoral:
A Era do “espírito”

Lá vêm elas outra vez. Mais uma das novelas espiritualistas da Globo, que vez por outra entram na telinha (ou seria melhor, na telona de 42 polegadas), no horário das 18 horas, para difundir as idéias do espiritismo kardecista. A novela alcançou 26 pontos de audiência na estréia e 28 pontos no segundo capítulo, segundo informações do IBOPE, onde cada ponto equivale a 60 mil residências ligadas no canal (www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u720671.shtml. 14/04/2010). O momento é bem oportuno, porque a novela vem embalada nas comemorações dos 100 anos de Xico Xavier e do seu filme autobiográfico exibido nos cinemas já com boa aceitação do público “fã” do falecido médium de Uberaba-MG.
Em 18 de Abril de 1857, Allan Kardec declarou ter começado “a era do espírito” alegando ser o espiritismo o “paráclito” (consolador) prometido por Cristo no Evagelho de João (capítulos 14 a 16). O espiritismo baseia suas crenças em supostos contatos com os mortos que possibilitariam a seus adeptos adquirir o conhecimento necessário para o aperfeiçoamento moral. Muitas das crenças fundamentais do espiritismo são encontradas na grande maioria das religiões pagãs através da história, inclusive do baixo espiritismo brasileiro (umbanda, quimbanda, candomblé). Essas doutrinas podem ser resumidas da seguinte forma: (1) A crença na sobrevivência das almas e na comunicação com as mesmas após a morte, através do fenômeno da mediunidade; (3) crença em um deus, não pessoal, criador e sustentador do universo; (2) crença na lei da reencarnação que possui um caráter expiatório quanto aos erros do passado, regendo também a evolução dos espíritos; (4) crença na lei do carma, a qual, teoricamente, garante a justiça de se ter agora uma vida segundo os atos praticados, (5) e a lei da pluralidade dos mundos que apresenta todo o universo como um grande palco no qual se processa a evolução de todas as criaturas.
A abordagem kardecista pretende fazer uma espécie de sincretismo entre as idéias espíritas por excelência e algumas extraídas da Bíblia, especialmente do Novo Testamento. O impacto do kardecismo no Brasil é muito forte devido o seu apelo acentuadamente religioso, diferentemente do que acontece na Europa e América do Norte, onde é mais filosófico.
Todavia, a Bíblia é muito clara na condenação das práticas espíritas e suas respectivas doutrinas. “Não se achará entre ti quem... nem quem consulte os mortos; pois todo o que faz tal coisa é abominação ao Senhor” (Dt 18.10-12); “A feiticeira não deixarás viver” (Ex 22.18); “Acaso não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos? À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva” (Is 8.19-22). Além disso, as Escrituras afirmam que “aos homens está ordenado morrer uma só vez, e depois disso o juízo” (Hb 9.27); afirma que a salvação é pela graça mediante a fé (Rm 6.23; Ef 2.8-10) e não por obras presentes ou passadas; afirma a existência do inferno, do juízo final (Ap 20.11-15) e da impossibilidade de se ter qualquer mérito diante de Deus (Rm 3.23; Ef 2.8-10). Todas essas doutrinas são negadas insistentemente pelo espiritismo.
O Consolador prometido por Cristo em João 14.16,17 não foi uma nova doutrina, mas o próprio Espírito Santo, que viria para dar testemunho de Cristo (Jo 15.26). Hoje é 18 de abril; não nós não estamos na era do “espírito”, nós estamos na era do Espírito Santo.
Com amor, Pr. Hélio.

Postagens mais visitadas deste blog

A Armadura de Deus (1ª parte) - Efésios 6.14-17

Pastoral: A Armadura de Deus (Efésios 6.14-17) Por que muitos crentes ignoram os ensinamentos bíblicos quanto à armadura de Deus? Porque muitos crentes conhecem pouco da Palavra de Deus, outros tantos duvidam da visível atuação de Deus, muitos a ignoram, outros porque julgam ser um exagero de Paulo na sua linguagem, outros acham que essa época já passou, alguns por pura negligência mesmo, e outros mais, por causa de já terem sofrido tantas derrotas que já estão praticamente inutilizados em sua espiritualidade pelo inimigo.   Por outro lado, há daqueles que estão lutando desesperadamente, mas com as armas que não são bíblicas.      A exortação de Paulo é para que deixemos de ser passivos e tomemos posse das armas espirituais que em Cristo Deus coloca à nossa disposição. É a armadura de Deus que nos permitirá resistir no dia mal, conduzir-nos à vitória e garantir a nossa permanência inabalável na fé.           Paulo não está falando de armas físicas que dev

O Uso da Sarça Como Símbolo da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB)

O Uso da Sarça Como Símbolo da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) O artigo da Wikipedia sobre a sarça ardente ("Burning bush") informa que ela se tornou um símbolo popular entre as igrejas reformadas desde que foi pela primeira vez adotada pelo huguenotes em 1583, em seu 12º sínodo nacional, na França. O lema então adotado, "Flagor non consumor" ("Sou queimado, mas não consumido") sugere que o símbolo foi entendido como uma referência à igreja sofredora que ainda assim sobrevive. Todavia, visto que o fogo é um sinal da presença de Deus, aquele que é um fogo consumidor (Hb 12.29), esse milagre parece apontar para um milagre maior: o Deus gracioso está com o seu povo da aliança e assim ele não é consumido. O atual símbolo da Igreja Reformada da França é a sarça ardente com a cruz huguenote. A sarça ardente também é o símbolo da IP da Escócia (desde os anos 1690, com o lema "Nec tamen consumebatur" - E não se consumia), da IP da Irlanda

21 = Oração Pelo Ministério - Romanos 15.30-33 (2)

Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO Grupo de Estudo do Centro – Fevereiro a Junho/2013 Liderança: Pr. Hélio O. Silva , Sem. Adair B. Machado e Presb. Abimael A. Lima. --------------------------------------------------------------------------------------------------------- 21 = Oração Pelo Ministério – Romanos 15.14-33 (2) .          26/06/2013. Um Chamado à Reforma Espiritual – D. A. Carson, ECC, p. 216 a 229. --------------------------------------------------------------------------------------------------------- 30 Rogo-vos, pois, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e também pelo amor do Espírito, que luteis juntamente comigo nas orações a Deus a meu favor,   31 para que eu me veja livre dos rebeldes que vivem na Judéia, e que este meu serviço em Jerusalém seja bem aceito pelos santos;   32 a fim de que, ao visitar-vos, pela vontade de Deus, chegue à vossa presença com alegria e possa recrear-me convosco.   33 E o Deus da paz seja com todos vós.