Figura: http://blog.cancaonova.com/cantinho/2012/08/20/oracao-pelos-amigos/
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Uma Comunhão Acima das Expectativas
Helio O. Silva = 10/01/2013.
“Certo, como estou,
da tua obediência, eu te escrevo,
sabendo que farás mais do que estou pedindo. “ (Filemon 1.21 ARA)
Filemon e Onésimo não estão
mais em lados opostos de uma disputa. O objetivo da carta de Paulo era mostrar
exatamente esse fato. Uma comunhão eficiente aproxima as pessoas e as
reconcilia, porque seu objetivo é plantar a graça do evangelho de Cristo onde
ela aparentemente não está.
A comunhão cristã é um dos
tripés que sustentam a vida de uma igreja local. Ao lado da pregação fiel da
doutrina e de uma prática de oração dinâmica e ativa, a comunhão se faz no elo
que liga tudo. É na comunhão cristã que a pregação do evangelho e a prática da
oração encontram seu brilho e calor. Na comunhão o evangelho mostra seu rosto
gracioso; na comunhão, a oração mostra seu rosto acolhedor.
Paulo faz duas afirmações
nesse verso que comprovam essa tese:
1ª) Certeza da obediência.
A
motivação de Paulo para escrever a Filemon nasceu da certeza de sua obediência.
A afirmação de Paulo é convicta e segura. Não havia dúvida, nem por um só
momento, de que a carta não alcançaria o coração de Filemon levando-o a uma
decisão sábia: Perdoar e receber seu ex-escravo como irmão caríssimo em Cristo.
Isso porque
Paulo não está requerendo obediência para si pessoalmente, mas para o evangelho
de Cristo. A intercessão de Paulo não é egoísta e nem busca tirar vantagem do
amigo. Seu intento é plantar a graça, a mesma graça redentora e libertadora que
todos os homens experimentam quando conhecem e abrem seus corações ao
evangelho: A graça do perdão e da restauração.
2ª) Fazer mais do que se pede.
O Senhor questionou no
Sermão do Monte qual seria o valor de se amar somente a quem nos ama e
favorecer somente quem nos favorece. O amor do Evangelho nos oferece mais, logo
graciosamente nos levará a oferecer também mais.
Nossos relacionamentos se
fragilizam porque oferecemos menos do que desejamos receber. Mas Deus em Cristo
nos ofereceu tudo. O seu amor foi de tal intensidade, que nos ofereceu a vida
de seu próprio Filho, Jesus Cristo, e ele o fez sacrificialmente numa cruz.
É curioso observar que Paulo
não pede mais que o necessário, mas ele sabe que o amor cristão nos levará a
fazer mais do que se pede. Por uma questão de bondade voluntária (v.14), por
uma questão de graciosidade generosa, por uma questão de amor cristão.
A comunhão supera as
expectativas não porque isso lhe é exigido, mas porque naturalmente aprende a
agir assim. Ela desenvolve essa presteza voluntariamente por causa da gratidão,
que na comunhão eficiente se torna graciosidade para com o próximo.
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Publicada no boletim da Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO. Ano XXIII, nº 02.
Devocional da Família. 13/01/2013