Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO
Grupo de Estudo do Centro – Fevereiro a
Junho/2013
Liderança:
Pr. Hélio O. Silva e Presb. Abimael A. Lima.
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02 = Lições da Escola
de Oração (1ª parte). 30/01/2013
Um Chamado à Reforma Espiritual – D. A.
Carson, ECC, p.19-27.
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Introdução:
Para aprendermos a orar com maturidade e perseverança
duas fontes são imprescindíveis: As Escrituras e o modelo de cristãos mais
maduros, sendo que o primeiro se sobrepõe ao segundo em importância.
O que podemos aprender com cristãos mais maduros que nós?
- Muitas
orações não são feitas porque não planejamos orar.
Não haverá crescimento na oração a menos que planejemos
orar, ou seja, precisamos estabelecer conscientemente um período de tempo
especial para ararmos. Nossas ações cotidianas refletem nossas prioridades.
Enaltecer a oração sem orar significa negar com as ações nossas palavras.
Tanto Paulo quanto Cristo demonstram que separavam
tempo específico para orar (Rm 1.10; Ef 1.16; 1 Ts 1.2; Lc 5.16). Contudo
devemos lembrar que a mera regularidade não atesta verdadeira piedade e que
estilos diferentes de vida exigem padrões diferentes na vida de oração. Não
podemos declarar a uniformidade um padrão definitivo de espiritualidade, pois a
piedade genuína pode facilmente ser imitada e usurpada por sua prima estéril
chamada “religião formal” (p.20).
Reconhecer devidamente todas as dificuldades e admitir
propriamente todos os perigos do legalismo não justificam a falta de
planejamento para nossas orações pessoais. Um planejamento sábio assegurará que
nos devotemos a orar freqüentemente. É melhor orar brevemente, mas com freqüência
do que fazer longas orações de vez em quando. A primeira mudança a ser feita é
essa: Planejar nossos momentos de oração.
- Adote
maneiras práticas de impedir que sua mente vagueie
Todos estamos sujeitos permitir divagações em nossas
orações nas devoções particulares. Preocupações do dia a dia, tarefas a
cumprir, desejos, podem se imiscuir em nossas orações. Para acabar com
devaneios podemos fazer o seguinte:
a)
Fazer as orações
em voz alta, somente o suficiente para o próprio escutar e manter a concentração.
b)
Orar baseado nas
escrituras. Ser conduzido pela leitura diária da Bíblia, dando os temas e
permeando a linguagem. A leitura atenta, devagar e refletida dão propósitos e amplitude
às nossas orações.
c)
Orar os hinos de
adoração é imensamente edificante, pois dá foco às orações.
d)
Movimente-se
enquanto ora. Alguns caminham, outros se balançam levemente de um lado para
outro.
e)
Faça listas de
oração de vários tipos e para ocasiões diversas.
f)
Mantenha um diário
de oração, onde se possa narrar experiências com Deus, pensamentos piedosos e
suas orações.
Qual o valor dessas anotações?
(1º) Impõem uma mudança de ritmo assegurando tempo
para a oração sem devaneio.
(2º) Incentivam ao auto-exame.
(3º) Asseguram uma articulação serena de nossa direção
espiritual e de nossas orações. Isso tudo somado gera crescimento espiritual de
qualidade.
Todavia, a disciplina não é um fim
em si mesma, porque a verdadeira espiritualidade nunca pode ser coagida.
- Em vários
períodos de sua vida, desenvolva, se possível, um relacionamento de oração
com um companheiro.
Para solteiros, um companheiro de oração deve ser alguém
do mesmo sexo, a fim de evitar situações embaraçosas. Se for casado, um amigo
ou a própria esposa. A razão disso é que a verdadeira oração é algo muito íntimo
– e intimidade numa área geralmente leva a intimidade em outras áreas (p.23).
Os casados vão descobrir rapidamente que separar tempo
para orarem juntos será algo muito difícil. Cada fase da vida tem suas pressões
particulares e no casamento não é diferente. Mesmo assim, é necessário se
esforça por manter um padrão estabelecido de orações particulares, com o cônjuge
e com a família. Esse esforço deve ser diário e não esporádico. O período de
oração não precisa ser longo, mas precisa acontecer diariamente.
Para quem já sabe e tem costume de orar, procure uma
pessoa para ensiná-la a orar; não dar lições sobre a oração, mas, dar e ser
exemplo de vida de oração. Foi isso que levou os discípulos a pedirem a Cristo que
os ensinasse a orar (Lc 11.1).
Para quem sabe pouco e tem pouco experiência com a
oração, peça a alguém mais maduro para serem companheiros de oração por algum
tempo a fim de aprender com ele.
Se não conhece ninguém mais experiente, promova esse
tipo de relacionamento com algum de seus amigos que estejam no mesmo nível que
você e busquem aprender juntos e uns com os outros.
Os relacionamentos de companheiros de oração são muito
valiosos por nos ensinarem a ter disciplina, responsabilidade e regularidade
nas lições compartilhadas. O formato e o tipo de companheiros de oração são
muito variados e adaptáveis. As regras básicas para a sua formação são três:
- Promover encontros semanais, sem falhar e sem
reclamar por um período de tempo previamente combinado (ex. 6 meses).
- Os participantes devem ser cristãos
caracterizados pela integridade e amor genuíno pelo próximo.
- Eles não podem ser fofoqueiros.
Orar juntos pode acontecer durante anos e jamais serão
notados por ninguém a não ser no céu, mas podem também crescerem e se tornar
grupos de oração. O importante é firmar-se nesses três princípios.
- Escolha
modelos, mas escolha-os bem.
Sabemos que seremos influenciados em nossas vidas, mas
podemos escolher por quem. Quando encontramos bons modelos devemos estudar o
conteúdo e a urgência de suas orações, mas não a sua linguagem. Os bons modelos
nos servirão de forma diferente para necessidades diferentes. Devemos nos fixar
na seriedade de seu compromisso, a presença das escrituras em suas orações e
naquela mistura de contrição e ousadia na oração.
Um modelo de oração não é hipócrita e nem alguém que
nos passe a idéia de altas pretensões espirituais, mas com baixo desempenho
cristão. Equilíbrio humilde é uma nota importante encontrada em pessoas capazes
de serem modelos de oração aos demais.
Visão abrangente, senso de absoluta realidade, uma
compaixão constrangedora, orar de acordo com a verdade das escrituras e orar
por amor às pessoas; Estes ingredientes devem ser procurados nas pessoas que
desejamos que sejam nossos modelos de oração.
Escolha modelos, mas escolha-os bem. Estude o conteúdo
deles, sua abrangência, sua paixão, sua unção, mas não imite a sua linguagem, não
copie o jeito de ser dele, seja você mesmo diante de Deus.
Questões Para Revisão e Reflexão:
- Relacione coisas negativas e positivas nas orações
que você tem ouvido de outras pessoas.
- Você tem um tempo específico diário separado para
a oração e práticas devocionais?
Aplicações:
- Saia daqui hoje determinado a colocar sua vida de
oração em ordem.
- Converse com sua família sobre os melhores horários
para orarem juntos e como fazê-lo.
- Observe os três critérios que mencionamos acima e
escolha alguém para ser seu companheiro de oração ou companheira de oração.
- Comece com suas devoções pessoais diárias. Hoje, sim; amanhã não!