Christ-Pantocrator-capella-palatina-palermo-sicily-italy-circa-1140 - artista desconhecido.
-------------------------Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO
Grupo de Estudo do Centro – Fortalecendo
a Fé dos Cristãos
Liderança:
Pr. Hélio O. Silva e Sem. Rogério Bernardes.
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18 = 2 Pedro 3.18 – A
Glória de Cristo. (31/12/2012).
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Introdução:
Pedro termina a sua carta como a começou, chamando a
atenção para Cristo e colocando-o no centro de tudo. A principal função e
obrigação da igreja é proclamar o Senhor Jesus Cristo.
O Novo Testamento não é um manual de Psicologia; ele
não começa conosco, limitando-se a ter-nos como objeto de suas considerações e
nem termina falando de nós tentando nos deixar mais felizes e nos sentirmos bem
à vontade. O evangelho, na verdade, é uma declaração vinda de Deus focalizando
o que Deus fez. Nós somos os principais beneficiários do evangelho, entretanto,
o seu foco não é a glorificação da humanidade, mas a glória de Deus.
O mundo inteiro está submerso em dúvidas e problemas,
atolado em muito subjetivismo, egocentrismo e introspectivo tentando por
tornou-se um problema para si próprio. O homem do nosso tempo passa a maior
parte do tempo olhando para si mesmo, sendo exatamente essa a razão de ser tão
miserável e infeliz. A resposta para os problemas do homem não está dentro dele
mesmo, mas fora, está em Cristo. O perigo da introspecção sem a luz das
escrituras é que ela nos leva a perder-nos ainda mais dentro de nós mesmos.
O Novo Testamento tem uma mensagem clara e objetiva
para esse homem: Pare de olhar para si mesmo e olhe para Cristo! Quando
olharmos para ele, nos tornaremos semelhantes a ele; quando meditarmos nele,
ansiaremos mais por sua comunhão; quando procurarmos agradá-lo, cresceremos na
fé e na nossa própria humanidade. Pedro é claro e objetivo em sua última
afirmação: Cristo está no centro e deve ser glorificado por isso.
Por que devemos glorificar a Cristo?
I.
porque ele é Deus.
a)
Somente Deus é digno de ser honrado e glorificado pelo
mundo inteiro.
Adoramos e glorificamos a Cristo exatamente porque ele
é Deus. O mistério da encarnação não o diminui em nada. Jesus de Nazaré nasceu
em simplicidade; viveu sua infância e juventude de forma comum. Aprendeu com
José e praticou a arte da carpintaria; mas aos 30 anos de idade assumiu seu
ministério divino-humano na terra, fazendo o bem por toda parte e realizando a
obra de Deus no poder do Espírito Santo (Lc 4.14,15).
b)
Seu nascimento virginal.
Seu nascimento virginal declara explicitamente o caráter
sobrenatural do evangelho de Cristo. Ele nasceu de uma virgem, sendo concebido
pelo poder do Espírito Santo (Lc 1.34,35). Cristãos genuínos jamais pedirão
desculpas por crer nesse fato e anunciá-lo como verdade absoluta.
c)
As suas reivindicações quanto a si mesmo e seu ensino.
Ele afirmou aos judeus existir antes mesmo de Abraão
(Jo 8.58). Chamou e conduziu seus apóstolos ciente da sua própria vocação e
propósito sem qualquer hesitação. Realizou inúmeros milagres, incluindo a
ressuscitação de mortos e declarou-se igual a Deus.
Os milagres são por definição algo que a ciência não
pode entender e observar experimentalmente, pois são sobrenaturais, estão além
e acima do natural. Um milagre não significa o rompimento de alguma lei
natural, mas a superação dessas leis.
A ciência e empírica e avalia o que pode ser tocado,
mensurado e verificado mediante experimentação. Um milagre não se encaixa
nessas categorias. Tentar colocar a ciência em oposição aos milagres é uma
indicação da incapacidade de entender tanto um como o outro.
A historicidade dos milagres bíblicos está
intrinsecamente ligada à mensagem do evangelho, negar a sua veracidade é negar
o poder do evangelho. É compreensível dizer que a Bíblia incorre em erro e
rejeitá-la como verdade, entretanto é um disparate declarar que a racionalidade
do homem moderno é a autoridade suprema para decidir o que é verdadeiro ou não.
O resultado e o lançamento da verdade no campo do subjetivismo e da confusão. Os
milagres de Cristo atestam a sua divindade.
d)
A ressurreição.
Sem a ressurreição de Cristo não haveria igreja. Foi a
ressurreição de Cristo que deu aos discípulos a certeza de que Cristo é Deus. A
ressurreição era uma promessa fundamental e realizou-se como previsto nas
escrituras (Jo 20.1-10).
e)
O envio do Espírito Santo no dia de Pentecostes.
A vinda do Espírito Santo era a “promessa do Pai” e Atos
2 contempla o registro de seu cumprimento.
II. por causa do que ele realizou.
® Ele se
humilhou.
Filipenses 2.5-11 descreve tanto a sua humilhação
quanto a sua glorificação pelo Pai. Ele nasceu como um bebê; aos doze anos é
encontrado entre os escribas e sacerdotes; depois há 18 anos de silêncio quanto
às suas ações. Viveu como servo; humilhou-se no Getsêmani e experimentou a morte
pela crucificação. Paulo afirma que por causa disso Deus o exaltou sobremaneira
acima de todo nome.
III. por causa de sua presente posição.
® Exaltado à
direita de Deus.
Após a sua ressurreição ele subiu ao céu e se assentou
à direita de Deus. Agora exerce a sua total autoridade e poder.
Essa realidade é fonte de consolo para os cristãos que
sofrem, pois aquele que padeceu sob o poder de Pilatos agora reina para sempre,
pois é o “rei dos reis”. Toda a
autoridade lhe foi dada e todo poder está em suas mãos, para exercer o juízo e
a justiça sobre todos os que se rebelaram contra a santa vontade de Deus, o Pai
e para salvar todos os arrependidos de seus próprios pecados.
IV. pelo que
ele vai realizar.
® Estabelecerá
o seu reino e reinará para sempre.
O mundo sem a orientação de Deus não consegue reger a si
mesmo com sabedoria. Emergimos de duas guerras mundiais. Pecado, contradição e
vergonha são uma constante na experiência da humanidade. O mundo está contra Cristo,
todavia os cristãos lhe servem com alegria porque reconhecem a sua divindade e
poder.
V. pelo que ele
fez por mim.
a)
Salvo da perdição.
Antes de conhecer a Cristo cada cristão vivia como
filho da ira, infringindo as leis de Deus e sendo desprezível em seu procedimento
perante a santidade de Deus.
Mas Cristo veio e alterou toda essa situação dando-nos
o perdão de Deus e reconciliou-nos com ele por meio de sua morte sacrificial
substitutiva na cruz. Por ele fomos feitos filhos adotivos de Deus e tudo foi
feito novo.
b)
Ele me deu a nova vida.
A vida que veio de seu perdão é a vida de esperança,
por me torna diferente e muda tudo. Ele tornou essa vida suportável e sustentável.
c)
Ele morreu por meus pecados e me reconciliou com Deus.
Romanos 5.10 e 8.1,35 são claros e definitivos quanto
ao fato de que a salvação é eterna porque o amor de Deus por nós é eterno. A Cristo
toda a glória; sempre e para sempre! Amém.
Aplicações:
1. Nosso crescimento assim como toda a nossa vida é para
a glória de Deus.
2. Todos têm de responder o que farão de Cristo na sua
vida. A Bíblia nos chama a nos arrependermos de nossos pecados e recebermos
pela fé o sacrifício que ofereceu por nós na cruz. Isso pode ser feito agora
(João 1.12; Romanos 10.9,10.
3. Nossa relação com Deus é pessoal, a glória que se deve
ao seu nome também.