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Filemon 19,20 = O Custo e o Benefício da Comunhão



O Custo e o Benefício da Comunhão Cristã
29/12/2012.

Eu, Paulo, de próprio punho, o escrevo: Eu pagarei _ para não te alegar que também tu me deves até a ti mesmo. Sim, irmão, que eu receba de ti, no Senhor, este benefício. Reanima-me o coração em Cristo
(Filemon 19,20 - ARA)

A comunhão eficiente se alimenta de compromissos assumidos de forma decidida e clara. Por amor ao evangelho da reconciliação Paulo decidiu assumir qualquer dano impetrado por Onésimo a Filemon. Paulo estava convencido que o Evangelho, ao entrar na vida das pessoas, muda as coisas, inclusive os relacionamentos. Por isso, corajosamente está disposto a assumir danos. Ele crê que o resultado será mais valioso que o prejuízo pessoal. Então ele assina a sua proposta de comunhão “de próprio punho” (v.19a).

            Qual é o valor de uma vida salva para Jesus? Filemon podia Ignorar sua própria conversão e manter Onésimo escravo; ou podia medir a sua própria salvação e libertar Onésimo, porque a fé cristã é incompatível com qualquer tipo de escravidão entre os homens. Assim como Onésimo conheceu a Cristo por meio de Paulo, Filemon também. O vínculo que nos liga a Cristo e uns aos outros nos permite a liberdade de interceder e até intervir uns em favor dos outros. Comunhão eficiente nunca é comunhão omissa. Temos uma dívida de salvação uns com os outros em Cristo! (v.19b).

            O problema é não acharmos que somos devedores. Vemos os outros a partir de nós e não a partir de Cristo. Ver a partir de Cristo é carregar uma chave nas mãos e sair abrindo portas para não fechá-las mais. Tudo depende para que lado girar a chave. Para um lado tranca; para o outro, abre. Para um lado coloca-se para dentro quem está de fora; para o outro lado mantém-se de fora quem deveria estar dentro! No fim das contas, tudo depende de uma única decisão.

Paulo pede a Filemon: Gire a chave para abrir a porta. “_ Que eu receba de ti no Senhor este benefício” (v.20a). Qual o lucro ou vantagem de se ter tudo, e não ter os irmãos?

            “Reanima-me o coração em Cristo” (v.20b) é a aplicação do que Paulo disse no verso 7, e significa “refrigerar”, “descansar”, “recrear”. Esses significados podem ser aplicados em ações simples. Por isso, convide o irmão e pague um sorvete pra ele (refrigerar); faça uma viagem junto com ele a fim de descansarem juntos numa rede (descansar) e joguem bola juntos (recrear). Isso pode “levantar o ânimo”, “não deixar ficar cabisbaixo” a qualquer um de nós. Faça as pazes com o irmão ou a irmã antes de virem para o culto! Depois, venham juntos para cultuar com alegria e ânimo renovado ao Senhor que nos reconcilia em Cristo.

Quando temos de resolver problemas de relacionamento, cada um de nós é chamado a fazer alguma coisa difícil: Privar-se de uma amizade importante é sempre difícil. Reconhecer o erro e fazer o caminho da volta é sempre difícil. Perdoar e libertar é sempre difícil.

Olhando de todos os pontos de vista, cada um de nós tem de agir como cristão, não pensando simplesmente em tirar vantagem, mas em servir ao próximo como culto a Deus que perdoou a todos nós, e salvou a todos nós. O valor da comunhão cristã é caríssimo (v.16), sua ação genuína é sempre eficiente (v.7); O resultado é um grande benefício (v.20).

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