Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO
Grupo de Estudo do Centro – Fortalecendo
a Fé dos Cristãos
Liderança:
Pr. Hélio O. Silva e Sem. Rogério Bernardes.
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14 = 2 Pedro 3.1-9 – A História
Bíblica, Deus e o Tempo. (05/12/2012)
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Introdução: A fim de fortalecer a fé dos cristãos, Pedro responde à
questão da aparente demora do retorno de Cristo. Fica claro que tanto cristãos
quanto não cristãos fazem a mesma pergunta, todavia a motivação dos cristãos é
entender os acontecimentos, enquanto que os não cristãos desejam tão somente escarnecer
do evangelho, ridicularizando de sua mensagem e promessas, especialmente a promessa
do retorno de Cristo.
I. A história Bíblica nos alerta
e consola quanto aos escarnecedores da fé (v.1-7).
a)
Qual é o fim da história?
Haverá um fim definitivo para a vida como a conhecemos
neste mundo. A história do mundo avança para um grande clímax final: O Juízo
final. Muitos até aceitam as doutrinas e atos da cruz, mas duvidam do retorno
de Cristo realmente à terra para juízo.
Para Pedro a resposta não está na razão e nem na eloqüência
os argumentos, mas na revelação divina nas escrituras. Ou aceitamos a
veracidade da revelação bíblica ou não aceitamos. Pedro chama aos que rejeitam
a revelação de “escarnecedores” (v.3). O grande empecilho à fé desses
escarnecedores são suas paixões carnais que os impedem de crer e aceitar o
sobrenatural. A revelação bíblica está situada no campo do sobrenatural e
miraculoso, por isso o racionalismo de nosso tempo não consegue aceitá-la sem a
ação do Espírito Santo em seus corações. A cosmovisão (visão de mundo) cristã é
sobrenaturalista, ou seja, crê que Deus existe além da matéria e intervém na
sua criação.
b)
As escrituras consolam e fortalecem a nossa fé
profetizando para nós a vinda destes escarnecedores.
O ceticismo atual não é um acidente ou falha na revelação,
pois ela mesma nos advertiu de antemão de seu aparecimento. A escritura nunca
predisse que o mundo melhoria paulatinamente com o crescimento do cristianismo
na terra, pelo contrário, sempre nos advertiu que o joio e o trigo cresceriam
juntos, e que este último seria um inimigo ferrenho e perigoso da fé.
O próprio estado no qual se encontra o mundo hoje é
uma confirmação do ensino do evangelho.
c)
É preciso manter na lembrança alguns fatos
fundamentais quanto à promessa da vinda de Cristo.
O objetivo de Pedro é despertar a lembrança a fim de
recordar as palavras ditas nas escrituras pelos profetas (v.1,2). Pedro se concentra
em fatos e não numa “mensagem” extraída criticamente da análise dos textos bíblicos
selecionados pelo racionalismo anti-sobrenaturalista. Para o cristianismo os
fatos bíblicos não são mitos e não devem ser tratados como tal.
O fato apontado por Pedro é o Dilúvio da época de Noé.
Se não aceitarmos a veracidade do dilúvio, todo o argumento de Pedro se
desmonta. O dilúvio foi um evento salvífico. Noé e sua família foram salvos
pelo fato histórico de terem obedecido a Deus e entrado na arca e não por terem
acreditado numa mensagem mitológico sobre um dilúvio.
Cristo veio para cumprir as promessas bíblicas e
declarou serem elas verdadeiras, comparando a necessidade da salvação presente
com o tempo do dilúvio. Como podemos crer que Jesus é o Filho de Deus e ainda
assim acreditar que ele tenha se equivocado quanto aos acontecimentos do Antigo
Testamento nos quais cria e aceitava? Deus requer de nós uma fé simples.
Pedro não deixa escapar o fato de que escarneceram de Nóe,
mas quando o dilúvio veio realmente, não tiveram como escapar dele. Da mesma
forma Amós preanunciou a destruição de Israel pelos assírios e escarneceram
dele; todavia, os assírios invadiram Israel e destruíram tudo!
“Uma das grandes mensagens do Antigo Testamento
consiste em mostrar-nos que os homens e mulheres, com suas idéias naturais e racionalistas,
recusaram a revelação de Deus, ridicularizaram completamente essas advertências,
e depois foram esmagados pelos acontecimentos” (Lloyd-Jones, p.224).
d)
As pessoas estão deliberadamente fechando seus olhos
para os fatos.
Assim como Deus destruiu o mundo antigo, destruirá
também o mundo que conhecemos hoje. Ainda que haja escarnecedores que digam o
contrário, ainda assim a palavra se cumprirá!
e)
As pessoas escarnecem e não crêem porque se esquecem
do poder de Deus (v.5).
Eles se esquecem “deliberadamente”. Para o mundo tudo
está normal e estável, mas Pedro acrescentam que tudo está sendo “entesourado”,
guardado de forma bem segura, para o dia do juízo divino.
II.
Deus é o senhor do tempo (v. 8,9).
Não é somente os impiedosos que duvidam da veracidade
bíblica. Os cristãos piedosos também são afetados por dúvidas e incertezas,
desanimando diante das circunstâncias desfavoráveis. A Bíblia foi escrita em
grande medida para fortalecer a fé dos cristãos piedosos. A diferença entre ímpios
e piedosos é a maneira como perguntamos as coisas.
a)
Nunca devemos ser curiosos quanto aos tempos e estações
(v.8).
Pedro nos adverte quanto a exageros em nossa
esperança. Devemos anelar e contemplar sempre a promessa da vinda de Cristo,
mas não a ponto de tentarmos saber o momento exato disso acontecer. Na história
da igreja, sempre que se tentou marcar a data da volta de Cristo, a igreja se
viu em sérios problemas. Ela se afastou do evangelho de Cristo. A Bíblia
declara que a vinda de Cristo será repentina, inesperada e ignorada por todos.
b)
Devemos lembrar-nos sempre de que, com a nossa
natureza e constituição, não podemos entender plenamente a mente de Deus (v.8).
Nós somos finitos, Deus é infinito. Os seus
pensamentos são diferentes e mais altos que os nossos (Is 55.8,9). A mente
finita do homem jamais conseguirá sondar e abarcar a mente infinita de Deus.
c)
Deus está acima e governa o tempo (v.8,9).
® Deus está totalmente acima do tempo. Ele é eterno.
® Apesar de Deus estar acima do tempo, ele age no tempo.
Deus criou todas as coisas, colocou-as em
funcionamento e as mantém funcionando. Ele éo criador e sustentador de tudo!
Por outro lado, Ele interfere no tempo esse impõe.
d)
A cronologia divina.
O tempo da ação de Deus na história é diferente do
nosso, e está sempre relacionado à situação moral da nossa parte (Gn 6.3;
15.16; Lc 11.49,50; Gl 4.4). Para Deus mais importante que qualquer data no
calendário é a situação moral na qual nos encontramos.
e)
A justiça divina.
A justiça divina não retarda a sua promessa, mas a
executa de acordo com a sua longanimidade. Não há negligência nem atraso em Deus;
ele não compactua com a frouxidão moral de nossos tempos, a sua justiça completa
e pura permanece para sempre.
f)
A longanimidade de Deus.
A longanimidade de Deus não é uma prova contra os seus
decretos eletivos e soberanos. Pelo contrário, a longanimidade divina é a prova
de que Deus sempre adverte antes de ferir e por isso deixa o mundo sem escusa
em sua presença. Noé entrou na arca com sua família e esperou mais sete dias,
somente então fechou a porta da arca e derramou o dilúvio.
Conclusão:
1. Pedro nos adverte para guardarmos “ânimo sincero”,
mente pura a respeito dessas coisas não dando ouvidos à zombaria ao nosso
redor. Devemos perseverar na palavra afirmando sua veracidade e alimentando
nossa esperança na sua veracidade.
2. O mundo está dividido em dois grupos: os piedosos e os
impiedosos. Em qual grupo estamos?
3. Lembremo-nos de que estamos tratando com Deus e não
com homens. Deus não brinca com as suas promessas e nem com a sua palavra!
4. Submetamo-nos a Deus e à sua sabedoria absoluta,
certos de que a nossa esperança jamais será confundida enquanto for depositada somente
nele.