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A Esperança Que Não Confunde (Romanos 5.5-11)



Hélio O. Silva = Pastoral (2) = 26/09/2008.
A Esperança Que Não Confunde

A “Esperança que não Confunde” é base de nossa segurança espiritual em Cristo. Paulo está falando de uma esperança amadurecida pela prática da fé. Por que essa esperança não confunde?
Primeiro: Porque o amor de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado (v.5).
a) O amor é derramado no presente. O amor de Deus nos é dado por Ele continuamente, não parou de ser derramado, como uma fonte que não acaba nunca!
b) É uma ação interna do Espírito Santo em nós. Ele é derramado diretamente nos nossos corações. Não depende das condições exteriores que vivemos. O amor brota dentro de nós. Não importa o estado de saúde; a idade; a condição social atual. O amor de Deus nos enche porque o espírito mora dentro de nós.
c) O Espírito já nos foi outorgado. O Espírito Santo habita em nós desde o dia de nossa conversão, por uma outorgação unilateral, graciosa e permanente de Deus a nós. Para que a nossa esperança pudesse ser confundida seria necessário desfazer a obra do Espírito Santo em nós.
Segundo: Porque Cristo morreu por nós (v.6-8).
a) Por quem Cristo morreu?
Fracos (v.6). Não fisicamente, mas moralmente. Ou seja, “éramos incapazes de resgatar a nós mesmos” da condenação do pecado.
Ímpios (v.6). Em vez de sermos amorosos com Deus, nós nos rebelávamos continuamente contra ele e sua palavra. A impiedade, no sentido religioso é a desatenção para com Deus e seus mandamentos.
Pecadores (v.8). A oferta foi de Deus, embora os pecados fossem nossos. Ele carregou a penalidade que nossos pecados mereciam.
Inimigos de Deus (v.10). Não só ímpios, mas também inimigos. Éramos, por natureza, hostis a Deus. A inclinação da carne é inimizade contra Deus (8.7).
b) A morte de Cristo prova o amor de Deus para conosco (v.8,9). Ele morreu por nós. Ele morreu em nosso lugar e a nosso favor. Isso é prova cabal do amor de Deus por nós e baseada no FATO histórico irremovível da crucificação. Para que nossa esperança pudesse ser confundida, seria necessário desfazer o escândalo da cruz. Nem bons e nem justos, mas fracos, ímpios, pecadores e inimigos de Deus.
Somos justificados pelo seu sangue. A condenação do nosso pecado em Cristo é a declaração do perdão de Deus a nós. Seremos salvos da ira (de Deus). No dia do juízo final não haverá condenação para nós, porque estaremos em Cristo Jesus (8.1).
Terceiro: Porque fomos reconciliados com Deus (v.10).
a) Somos salvos pela sua vida. Se Deus, que tinha o direito de nos condenar ao inferno, dele nos redimiu quem poderá nos condenar, ou separar do seu amor? (Rm 8.34-39). Seremos salvos pela sua vida (de Cristo). Porque o amor de Cristo nos constrange... (II Co 5.14,15).
Em outras palavras, podemos viver uma esperança abundante, mesmo durante as tribulações, porque ela está garantida na eternidade por Deus. Para que nossa esperança falhasse ou pudesse ser confundida seria necessário desfazer o julgamento do próprio Deus realizado em Cristo Jesus a nosso favor.
Mas isso não é possível, aleluia!
b) Acabamos agora de receber. Toda a inimizade foi abolida e podemos desfrutar de graça sobre graça (Jo 1.16-18). João afirma que o Filho nos revelou o Pai. A cruz nos dá o direito de chamá-lo assim (Gl 4.7 e Rm 8.15).
c) Por intermédio de Cristo. Jesus nos colocou na presença de Deus. Agora a fonte de toda a nossa esperança e alegria está em Deus, sendo o próprio Deus.
d) Alegria em Deus. A alegria que temos no coração é a alegria do perdão do Deus.
Fortaleça sua relação com o Espírito Santo, peça o seu enchimento diariamente a Deus. Fortaleça sua relação com Cristo, confie no seu perdão. Fortaleça sua relação com o Pai. Entregue a ele todo o seu amor. Com amor, Pr. Hélio.

Publicada no Boletim dominical da:
PRIMEIRA IGREJA PRESBITERIANA DE GOIÂNIA
ANO XIX - N° 40 Boletim Dominical Goiânia, 05 de outubro de 2008.

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