Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO
Grupo de Estudo do Centro – Fevereiro a
Junho/2013
Liderança:
Pr. Hélio O. Silva, Sem. Adair B.
Machado e Presb. Abimael A. Lima.
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16 = Um Deus Soberano
e Pessoal – O Mistério e a Natureza de Deus. 22/05/2013.
Um Chamado à Reforma Espiritual – D. A.
Carson, ECC, p.161 a 170.
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Introdução:
Será que a
oração realmente muda as coisas?
1. Os
Cristãos se recusam a acreditar que as doutrinas da soberania absoluta de Deus e
a da total responsabilidade humana sejam contraditórias:
a)
Há mistério,
porém, não contradição.
Se formos
cuidadosos no uso da semântica evitaremos uma abordagem que as apontem como
auto-excludentes. O cristianismo não tenta levar as pessoas a crerem em
absurdos contraditórios. Aceitamos a existência do mistério, mas não do contra
senso.
b)
Devemos ser
cuidadosos na nossa noção de liberdade.
Supomos
equivocadamente que a nossa liberdade moral e responsável acarreta
obrigatoriamente no poder de agirmos fora da soberania divina. Pensamos que a
liberdade envolve o poder absoluto de ser contrário, ou seja, podermos quebrar
qualquer vínculo tornando ineficaz qualquer exigência sobre nossas escolhas e
ações.
c)
Liberdade e
desejo.
A liberdade não
é o poder absoluto de agir de forma contrária às exigências de Deus, mas está
relacionada ao desejo dos seres humanos escolherem voluntariamente suas ações. Os
cristãos acreditam que o desejo e a vontade são servos da natureza, se a
natureza é decaída no pecado, então o desejo e a vontade servirão a essa
natureza decaída. Por isso, quando pecam, não podem ser desculpados,porque
fizeram tudo aquilo que desejaram.
Muitas afirmações
de que a soberania divina e a responsabilidade humana sejam contraditórias
partem de suposições e definições de termos questionáveis.
2.
É VITAL VER
QUE DEUS NÃO SE COLOCA POR TRÁS DO BEM E DO MAL DA MESMA FORMA:
a)
Duas posições
devem ser evitadas.
1ª) Deus não se encontra em nenhum sentido por trás do mal.
Essa posição dá
crédito ao dualismo entre o bem e o mal como forças opostas de igual poder
agindo no mundo. Há um poder fora da soberania divina que a desafia.
2ª) Deus está por trás do bem e
do mal da mesma maneira
Essa posição
afirma que tudo o que acontece é ordenado por Deus diretamente. Deus não é nem
bom e nem mal, ele é amoral. Totalmente poderoso, mas não bom.
b)
Deus não se coloca
por trás do bem e do mal exatamente do mesmo modo.
Deus permanece
misteriosamente distante do mal em si. É mistério porque não sabemos como ele o
faz exatamente, mas a escritura diz que ele criou o mal (Is 45) mas nunca o
praticou.
3.
TANTO A
SOBERANIA DIVINA QUANTO A RESPONSABILIDADE HUMANA ESTÃO LIGADAS À NATUREZA DE
DEUS.
®
Deus é
tanto transcendente quanto pessoal.
Ele é
transcendente porque existe acima e além do tempo e do espaço. Ele sustenta e
reina soberanamente sobre todas as suas obras, inclusive o gênero humano. Mas
ele totalmente pessoal e se apresenta a nós como aquele que é poderoso e presente.
Todos os nossos relacionamentos com Deus partem do fato de que ele se
manifestou como um ser pessoal e pessoalmente na pessoa de Cristo.
Nosso
entendimento do que seja pessoal é moldada por nossas noções de tempo e espaço,
mas Deus não está preso a elas e nem preso nelas. Cremos ser mais importante
adorar a esse Deus que se revela como é, do que tentar entendê-lo partindo de
nossas limitações diante de sua glória imensa e perfeita!
Aplicações:
O que tudo
isso tem a ver com oração?
1. Essas
verdades complementares devem agir na vida dos crentes contemporâneos da mesma
maneira que agiu na vida dos crenes dos tempos bíblicos.
2. Essas
doutrinas nunca são aplicadas nas escrituras para fomentar o fatalismo nem para
apagar o fervor evangelístico, muito pelo contrário.
3. Elas
nunca cercam Deus impedindo suas manifestações poderosas nem o tornam
dependentes de nossas vontades e desejos particulares.
4. Elas
nos permitem sermos desatenciosos com nossas obrigações e nem moralmente
indiferentes ao mundo ao nosso redor.
Como a
soberania de Deus atua nas orações contidas na Bíblia?
1. Nunca
atua como agente desmotivador da oração, mas é seu principal incentivador. Oramos
porque Deus pode responder.
2. A
soberania divina é o principal incentivador a que aprendamos a orar de acordo
com a vontade de Deus.
3. É
surpreendente que as passagens que mais ligam a soberania com a
responsabilidade humana são aqueles que tratam de Deus abrandando a sua ira!
®
Exemplo Êxodo 32.9-14; Am 7.2; Ez 22.30,31. A
intercessão desses homens é o único meio apontado por Deus como a forma de
persuadi-lo a se abrandar (p.168). É uma verdade bíblica confortadora e
enriquecedora que pessoas pecadoras e pecaminosas como nós possam falar com Deus
e serem ouvidas por ele, como Elias o foi (Tg 5).
O perverso e o
descrente farão uso da soberania divina para argumentar contra a futilidade da
oração, mas o fiel insistirá que quando essas duas doutrinas forem tratadas
apropriadamente, se tornarão em fortes incentivos à oração. Vale a pena orar a
uma Deus soberano porque ele tem poder para ouvir; vale a pena orar a um Deus pessoal,
porque ele quer nos ouvir, responde e age em favor de seu povo.
Também
aprendemos que as orações, apesar de serem nossas, são fruto da obra poderosa
de Deus em nós por meio do seu Espírito Santo!
Perguntas para reflexão:
1. Quais
as verdades que devemos manter sempre juntas?
2. Qual
o papel do mistério na fé nessas verdades?
3. A
oração transforma as circunstâncias? Como?