Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO
Grupo de Estudo do Centro – Fevereiro a Junho/2013
Liderança:
Pr. Hélio O. Silva, Sem. Adair B.
Machado e Presb. Abimael A. Lima.
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14 = Superando Obstáculos (Filipenses 1.9-11). 2ª parte
30/04/2013.
Um Chamado à Reforma Espiritual – D. A. Carson, ECC, p.137 a 147.
30/04/2013.
Um Chamado à Reforma Espiritual – D. A. Carson, ECC, p.137 a 147.
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Introdução:
No texto grego não tem a expressão “e” entre os versos 9 e 10, mas fica
claro que a frase seguinte é um novo propósito; ou seja, o propósito do
crescimento do amor é a aprovação do que é excelente e a apresentação de uma
vida reta no dia de Cristo.
2.
A ORAÇÃO DE
PAULO ESTÁ RELACIONADA A UMA VISÃO DE LONGO ALCANCE (v.10,11a).
Nossas orações precisam ter foco, mas também amplitude. Devemos
interceder pelo imediato, mas também sempre fazê-lo à luz do eterno. Não
devemos relacionar nossas orações somente ao nosso bem estar e alegria, mas
também à concretização da excelência da glória de Deus em nossas vidas.
Duas expressões precisam de atenção aqui, e para os propósitos do
estudo os veremos em ordem inversa:
a)
Cheios do
fruto de justiça, o qual é mediante Jesus Cristo (v.11).
Fruto de justiça pode ser:
1. Fruto
da justificação. A vida que resulta da justificação.
2. Fruto
de uma vida justa (reta), como em Filipenses 4.8. Sinceridade, inculpabilidade
e justiça são virtudes éticas.
Todavia, é
melhor interpretar a expressão como uma expressão das duas coisas, uma vez que
vida reta só pode ser prática e agradável a Deus como fruto da ação de Cristo
em nós.
b)
Sinceros e
inculpáveis para o dia de Cristo (v.10).
Nossa retidão
deve existir em função de nossa esperança e segurança da salvação. Essa frase
nos remete à questão do antegozo do céu e também à da perseverança.
Paulo não faz
uma ameaça disfarçada, ele é mais constrangedor, todos nós devemos viver na
expectativa do dia de Cristo, ou seja, nossos valores aqui devem ser construídos
e modelados em função da promessa da vida que teremos lá.
A igreja deve
ser como um posto avançado do céu. Ainda estamos contaminados por fracassos,
recaídas, pecados, rebelião, egocentrismo; não somos o que devemos ser, mas,
pela graça de Deus não somos mais o que éramos! Enquanto estivermos aqui
devemos lutar contra o pecado e antegozarmos o quanto pudermos da expectativa
do dia de Cristo.
Logo, Paulo
está orando por reavivamento. Ora para que sejamos aqui tão santos quanto for
possível a um pecador justificado ser. Um verdadeiro reavivamento remodela
nossa objetividade e esforços pelo prisma da eternidade. Excelência não deve
ser a busca do melhor pelo melhor, mas a busca do melhor para glorificar a Deus
desde já.
Muitos tentar
imitar um reavivamento aplicando métodos, técnicas e testes, tentando codificar
a graça e domesticar o poder de Deus (p.140,141), mas o melhor que podem fazer
com isso é abrir a porta para os abusos, pois não passam de pálida imitação da
ação da graça irresistível no coração das pessoas.
Noutras
palavras, nossas orações por reavivamento devem ser orações para que oremos.
Não é o reavivamento que nos leva até Deus, mas a ida a Deus em oração é que é
o fogo que acende o avivamento, porque o poder é sempre dele e a obra é sempre dele,
pois só Deus converte e dá crescimento espiritual. Somente Deus pode produzir
transformação e conceder um reavivamento espiritual.
3.
A ORAÇÃO DE
PAULO NÃO É IDÓLATRA, MAS LOUVA A DEUS (v.11b).
a)
O perigo do
perfeccionismo cristão.
A busca pela
excelência pode degenerar em idolatria egoísta. O perfeccionismo gera em nós
padrões de conduta sinceramente irreais.
O
perfeccionismo cristão tem a capacidade de produzir muita frustração e muita
hipocrisia. Precisamos reconhecer que muitas vezes ao dizer que devemos
oferecer 100% para Deus o que estamos fazendo é dar lustro em nossas
personalidades perfeccionistas e pedindo reconhecimento ou aplauso.
Oferecer 100%
para Deus é oferecer-lhe 100% de nossa fidelidade e lealdade, pois buscar a
excelência pela excelência é idólatra e pode revelar muito mais o interesse em
manter uma reputação pessoal do que servir a Cristo.
b)
Para a
glória e louvor de Deus.
A grande
questão é: Quais são os nossos motivos? Queremos usar nossos dons e talentos
recebidos de Deus para o serviço exclusivo de Deus ou queremos simplesmente
fazer o que nos interessa mais? O teste principal de tudo é se glorifica a
Deus, se foi feito para a glória de Deus (v.11).
Excelência
associada ao nosso próprio ego e a noções indistintas de auto-realização será
sempre inútil.
Aplicações:
Essas lições
são importantes para todos nós, mas especialmente para aqueles que se
aposentam. A aposentadoria pode revelar onde colocamos o nosso coração e quais
são os nossos reais tesouros.
Nosso
perfeccionismo tem nos levado a criar filhos para Deus ou para nossos próprios
sonhos?
Por isso, não
relacione a sua alegria e o seu senso de bem-estar ao poder e ao sucesso, pois
estas coisas não nos levam paa o lado certo no dia de Cristo! Uma pergunta que
nos leva a identificar com clareza onde está o nosso coração é a seguinte:
Se as coisas que
valorizo são retiradas,
a minha alegria no
Senhor diminui?
Perguntas para reflexão:
1. Qual
a relação entre o crescimento do nosso amor e a excelência?
2. O
que são as coisas excelentes para Deus? O que são as minhas coisas excelentes?
Elas são as mesmas coisas?
3. Que
porcentagem de nossas orações são motivadas pelas coisas de valor eterno?
4. Como
podemos evitar que a nossa busca pela excelência degenere em idolatria? Como
Paulo responde a isso?