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14 - Superando Obstáculos (Filipenses 1.9-11) 2ª parte


Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO
Grupo de Estudo do Centro – Fevereiro a Junho/2013

Liderança: Pr. Hélio O. Silva, Sem. Adair B. Machado e Presb. Abimael A. Lima.
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14 = Superando Obstáculos (Filipenses 1.9-11). 2ª parte        
30/04/2013.
Um Chamado à Reforma Espiritual – D. A. Carson, ECC, p.137 a 147.
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Introdução:
No texto grego não tem a expressão “e” entre os versos 9 e 10, mas fica claro que a frase seguinte é um novo propósito; ou seja, o propósito do crescimento do amor é a aprovação do que é excelente e a apresentação de uma vida reta no dia de Cristo.

2.     A ORAÇÃO DE PAULO ESTÁ RELACIONADA A UMA VISÃO DE LONGO ALCANCE (v.10,11a).

Nossas orações precisam ter foco, mas também amplitude. Devemos interceder pelo imediato, mas também sempre fazê-lo à luz do eterno. Não devemos relacionar nossas orações somente ao nosso bem estar e alegria, mas também à concretização da excelência da glória de Deus em nossas vidas.
Duas expressões precisam de atenção aqui, e para os propósitos do estudo os veremos em ordem inversa:

a)    Cheios do fruto de justiça, o qual é mediante Jesus Cristo (v.11).
Fruto de justiça pode ser:
1.     Fruto da justificação. A vida que resulta da justificação.
2.     Fruto de uma vida justa (reta), como em Filipenses 4.8. Sinceridade, inculpabilidade e justiça são virtudes éticas.
Todavia, é melhor interpretar a expressão como uma expressão das duas coisas, uma vez que vida reta só pode ser prática e agradável a Deus como fruto da ação de Cristo em nós.

b)    Sinceros e inculpáveis para o dia de Cristo (v.10).
Nossa retidão deve existir em função de nossa esperança e segurança da salvação. Essa frase nos remete à questão do antegozo do céu e também à da perseverança.
Paulo não faz uma ameaça disfarçada, ele é mais constrangedor, todos nós devemos viver na expectativa do dia de Cristo, ou seja, nossos valores aqui devem ser construídos e modelados em função da promessa da vida que teremos lá.
A igreja deve ser como um posto avançado do céu. Ainda estamos contaminados por fracassos, recaídas, pecados, rebelião, egocentrismo; não somos o que devemos ser, mas, pela graça de Deus não somos mais o que éramos! Enquanto estivermos aqui devemos lutar contra o pecado e antegozarmos o quanto pudermos da expectativa do dia de Cristo.
Logo, Paulo está orando por reavivamento. Ora para que sejamos aqui tão santos quanto for possível a um pecador justificado ser. Um verdadeiro reavivamento remodela nossa objetividade e esforços pelo prisma da eternidade. Excelência não deve ser a busca do melhor pelo melhor, mas a busca do melhor para glorificar a Deus desde já.
Muitos tentar imitar um reavivamento aplicando métodos, técnicas e testes, tentando codificar a graça e domesticar o poder de Deus (p.140,141), mas o melhor que podem fazer com isso é abrir a porta para os abusos, pois não passam de pálida imitação da ação da graça irresistível no coração das pessoas.
Noutras palavras, nossas orações por reavivamento devem ser orações para que oremos. Não é o reavivamento que nos leva até Deus, mas a ida a Deus em oração é que é o fogo que acende o avivamento, porque o poder é sempre dele e a obra é sempre dele, pois só Deus converte e dá crescimento espiritual. Somente Deus pode produzir transformação e conceder um reavivamento espiritual.

3.     A ORAÇÃO DE PAULO NÃO É IDÓLATRA, MAS LOUVA A DEUS (v.11b).

a)    O perigo do perfeccionismo cristão.
A busca pela excelência pode degenerar em idolatria egoísta. O perfeccionismo gera em nós padrões de conduta sinceramente irreais.
O perfeccionismo cristão tem a capacidade de produzir muita frustração e muita hipocrisia. Precisamos reconhecer que muitas vezes ao dizer que devemos oferecer 100% para Deus o que estamos fazendo é dar lustro em nossas personalidades perfeccionistas e pedindo reconhecimento ou aplauso.
Oferecer 100% para Deus é oferecer-lhe 100% de nossa fidelidade e lealdade, pois buscar a excelência pela excelência é idólatra e pode revelar muito mais o interesse em manter uma reputação pessoal do que servir a Cristo.

b)    Para a glória e louvor de Deus.
A grande questão é: Quais são os nossos motivos? Queremos usar nossos dons e talentos recebidos de Deus para o serviço exclusivo de Deus ou queremos simplesmente fazer o que nos interessa mais? O teste principal de tudo é se glorifica a Deus, se foi feito para a glória de Deus (v.11).
Excelência associada ao nosso próprio ego e a noções indistintas de auto-realização será sempre inútil.

Aplicações:
Essas lições são importantes para todos nós, mas especialmente para aqueles que se aposentam. A aposentadoria pode revelar onde colocamos o nosso coração e quais são os nossos reais tesouros.
Nosso perfeccionismo tem nos levado a criar filhos para Deus ou para nossos próprios sonhos?
Por isso, não relacione a sua alegria e o seu senso de bem-estar ao poder e ao sucesso, pois estas coisas não nos levam paa o lado certo no dia de Cristo! Uma pergunta que nos leva a identificar com clareza onde está o nosso coração é a seguinte:
Se as coisas que valorizo são retiradas,
a minha alegria no Senhor diminui?

Perguntas para reflexão:
1.     Qual a relação entre o crescimento do nosso amor e a excelência?

2.     O que são as coisas excelentes para Deus? O que são as minhas coisas excelentes? Elas são as mesmas coisas?

3.     Que porcentagem de nossas orações são motivadas pelas coisas de valor eterno?


4.     Como podemos evitar que a nossa busca pela excelência degenere em idolatria? Como Paulo responde a isso?

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