Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia
Grupo
de Estudo do Centro – Fev a Jun/2013
Liderança: Pr. Hélio O.
Silva, Sem. Adair Machado e Presb.
Abimael A. Lima
10 = O Conteúdo de Uma Oração Desafiadora (Colossenses
1.9-14). 2 ª parte. 27/03/2013 (Sem. Adair)
D. A. Carson - Um Chamado à Reforma Espiritual, p. 106 a 113.
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Introdução:
Na semana passada começamos a estudar as
características da oração corajosa e desafiadora que Paulo fazia em prol da
igreja de Colossos. Esta igreja não havia sido fundada por ele, por conseguinte
ele sequer conhecia as pessoas de lá. Todavia, ele orava por eles
incessantemente com um objetivo bem definido. Vejamos sua motivação e o caráter
de suas petições em favor daquela igreja.
Lições
sobre o conteúdo da oração (Cl 1.9-14)
1. Paulo pede a Deus uma
única coisa: que os crentes sejam cheios do conhecimento da Sua vontade.
O que Paulo quer dizer com “conhecimento
de Sua [Deus] vontade? Não há nada de errado eu suplicar a Deus por
bênçãos pessoais (minha vocação/carreira/decisões iminentes/necessidades). Isto
é correto, entretanto, se todas as minhas súplicas forem neste sentido, elas
demonstram apenas o meu egocentrismo e, isto é enganoso, pois, seguramente esta
não é a vontade de Deus.
O salmo 143.10 afirma que fazer vontade de Deus consiste em obedecê-lo.
Em Rm 12.2 Paulo exorta os romanos a
renovarem as suas mentes para que possam experimentar a boa, agradável e
perfeita vontade de Deus, ou seja, descobrir pessoalmente e pela a experiência
que os caminhos de Deus são melhores.
Aos efésios ele recomenda que “procurai compreender qual a vontade do Senhor (Ef
5.15-17).”
Dirigindo-se aos tessalonicenses, lembra-os
de que “esta é a vontade de Deus: a vossa
santificação (1 Ts .4.3a)” e, ainda: “Regozijai-vos
sempre. Orai sem cessar. Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo para
convosco”. As Escrituras têm deixado bem clara a vontade de Deus para
conosco. Nossa responsabilidade é cumpri-las.
A segunda parte do versículo: em toda a sabedoria e entendimento
espiritual, supõe que a sabedoria e conhecimento espiritual constituem os
meios pelos quais Deus nos enche (torna plenos) com a sua vontade. Esta
sabedoria está relacionada com o saber
viver, discernindo entre as coisas e
com entendimento num nível mais espiritual.
Havia bons motivos para ele se preocupar com
os colossenses. Ele sabia que eles flertavam com o pluralismo e com o
sincretismo (os mesmos males de hoje) da sua época. Por isso ele procurava
dar-lhes o suporte necessário para enfrentar as pressões culturais do
mundanismo, com seus preceitos sutis e endêmicos que reduziam e relativizavam
Cristo.
Atualmente temos visto a igreja decair de seu
padrão de conhecimento bíblico e precisamos urgentemente retornar às práticas
meditativa e reflexiva da Palavra de Deus (Dt 8.3), pois sem conhecimento
bíblico, Deus não pode nos tornar plenos da Sua vontade, e a ignorância das
Escrituras nos impede de conhecer-Lhe a vontade.
2.
O propósito do pedido de Paulo é que os crentes possam ser completamente
agradáveis ao Senhor Jesus.(1.10)
Finalidade da oração de Paulo: “a fim de viverdes de modo digno do
Senhor”.
Paulo nesta oração exorta os colossenses a
viverem em padrões superiores aos esperados pela igreja, em conformidade com o
desejo de Cristo. Para a igreja atual, qual deve ser seu padrão de conduta.
Quatro questões para meditarmos:
a)
O que Jesus gostaria que eu fizesse? b) Que conversa ou conduta é digna dEle?
c) Que conversa ou conduta devo evitar, porque isso O desonra? d) O que O
agradaria mais? Certamente nossas condutas no trabalho, no uso do nosso tempo
livre, nos nossos relacionamentos seriam afetadas caso respondêssemos com a
disposição de agradarmos a Deus e não as nossas conveniências. O conhecimento da vontade de Deus não é um
fim em si mesmo, mas sim para alcançar a maturidade cristã a fim de agradar a
Cristo.
3.
Paulo esboça o que é uma vida agradável ao Senhor – quatro características.
(1.10b-14)
a) Os cristãos produzem frutos em toda boa obra – isto varia de
cristão para cristão, por isso, ele, Paulo, ora para que todos os cristãos
possam transbordar de conhecimento e abundância de boas obras.
b) Os cristãos crescem no conhecimento de Deus – quanto mais
conhecemos a Deus mais digna será a nossa vida na presença dEle (Jo 7.17).
Quanto mais o conhecemos, tanto mais o obedecemos e, isto nos leva a obedecê-Lo
ainda mais, e a conhecê-Lo mais.
c) Os cristãos são fortalecidos para demonstrar grande perseverança e
paciência – em consequência desenvolvem resistência para superar as
adversidades e opressões e ao mesmo tempo esperar com paciência. Estas características
capacitam o crente a sobreviver com alegria frente à perseguição, triunfar em
serenidade e contentamento quando insultado, a confiar na providência sábia e
totalmente graciosa de Deus quando em sofrimento. Ao assim procedermos,
agradamos a Cristo.
d) Os cristãos agradecem alegremente ao Pai – Ações de graças também
agradar a Cristo. A ausência de ações de graça pressupõe uma perda de
perspectiva, visto que o Pai nos ...fez
idôneos ... nos libertou do império das trevas e nos transportou ao reino do
Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados (1.12-14).
Por causa dos sincretismo que rodeava os colossenses Paulo orou desta forma.
Ele lembrou-lhes que Cristo é o Senhor do universo, posto que o criou e ,
também, Senhor da Igreja, uma vez que morreu por ela. Sua exuberância
constrangia-os a crescerem no conhecimento de Deus e a frutificarem em toda boa
obra.
Qual foi a última vez que
você orou assim? O exemplo de Paulo sugere-nos que devíamos orar constantemente
deste modo.
Aplicação:
1 Que
tipo de ligação as ações de graças alegres e a perseverança fiel têm com a
oração?
2 Você
tem feito orações que o tornam agradável ao Senhor Jesus Cristo, mesmo a
respeito de coisas concretas de sua vida pessoal pelas quais você deve orar?
Pense neste objetivo.