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Um Culto Reformado Para Uma Fé Reformada



Um Culto Reformado Para Uma Fé Reformada

O movimento da Fé Reformada surgiu na Suiça do século XVI durante a Reforma Protestante. Sua raiz teológica são os ensinos de Zuínglio e Calvino. Uma das áreas fundamentais que procuraram reformar, ou seja, trazer de volta aos limites dos ensinos bíblicos foi o culto cristão.
Os reformados deram ênfase ao chamado princípio regulador, que preconiza ser o culto cristão regido pelo que é clara e explicitamente revelado nas Escrituras ou dela depreendido (concluído, entendido). Em contraste, luteranos e anglicanos entendiam que o que não é proibido, é permitido (princípio normativo). Daí o culto reformado caracterizar-se por maior austeridade e simplicidade que as liturgias dessas outras confissões protestantes.
Os princípios básicos que regem o culto reformado são, entre outros: Precedente bíblico, simplicidade formal, música congregacional com conteúdo doutrinário e a centralidade da pregação. “A leitura das Escrituras com o temor divino, a sã pregação da palavra e a consciente atenção a ela em obediência a Deus, com inteligência, fé e reverência; o cantar salmos com graças no coração, bem como a devida administração e digna recepção dos sacramentos instituídos por Cristo - são partes do ordinário culto de Deus” (Confissão de Fé de Westminster XXI.5a).
Quanto à música, uma das partes do culto reformado, nunca é demais acentuar que a teologia de uma igreja é influenciada pela música que ela canta. Pastores podem pregar sermões doutrinariamente corretos, mas se a sua igreja cantar hinos e cânticos heterodoxos, esses últimos influenciarão mais que as palavras da pregação. Daí a necessidade de se associar a música com a pregação nos cultos públicos.
A prática crescente de substituir-se os antigos hinos utilizados por gerações de crentes por corinhos com ritmos mais contemporâneos corre dois sérios riscos: primeiro, a perda do sentido da história, a ruptura da nossa ligação com a igreja do passado; em segundo lugar, há o fato de que muitos desses cânticos, além de sua pobreza melódica, poética e gramatical, padecem de sérias distorções teológicas (ex.: "coroamos a ti ó Rei Jesus"; “o crente vive sempre sorrindo mesmo quando não dá”) ou são simplórios e repetitivos, trazendo muito pouca instrução para o povo de Deus, ao contrário daqueles hinos tradicionais da igreja, com todo o seu rico conteúdo bíblico e doutrinário.
A maioria dos presbiterianos deseja uma espiritualidade mais profunda, um evangelismo mais incisivo, um culto mais vibrante com uma música mais bíblica. Podemos obter tudo isso sem abrirmos mão das nossas convicções reformadas, pois esses elementos estão explícitos nelas. Nestes dias conturbados, em que a nossa cultura assume formas cada vez mais distanciadas dos valores do reino de Deus, necessitamos pedir ao Senhor sabedoria e discernimento para dar testemunho da sua verdade com firmeza e convicção, não nos conformando com o presente século, mas transformando-nos pela renovação das nossas mentes (Rm 12.1,2).
Venha refletir conosco sobre A Teologia do Culto no 8º Encontro da Fé Reformada nos dias 9 a 12 de novembro, aqui em nossa igreja. Faça a sua inscrição na secretaria da igreja ou pelo site WWW.pipg.org/fereformada. Até lá.

Dr. Alderi Sousa de Matos – adaptação: Pr. Hélio.

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