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Dia do Trabalho |
O DEVER DOS TRABALHADORES (Efésios 6.5-8)
No dia
primeiro de maio, comemora-se o Dia do Trabalho. Os princípios bíblicos
aplicados à escravidão, podem ser aplicados por cristãos contemporâneos ao seu emprego
e trabalho. As relações trabalhistas sempre são motivos de tensão entre as
classes sociais e a Bíblia tem ensinamentos fundamentais para nos orientar a
como nos comportarmos nessa relação. Falando aos servos, Paulo ensina que nós
devemos obedecer aos senhores como a Cristo (v.5).
Se os
filhos devem obedecer aos pais, os escravos devem obedecer a seus senhores
segundo a carne (v. 5). Devem ser obedientes como a Cristo (v. 5),
comportar-se como servos de Cristo (v. 6), prestar serviço como ao
Senhor, e não como a homens (v. 7), sabendo que receberão o bem que fazem
outra vez do Senhor (v. 8). Note que a centralidade de Cristo nessas
instruções é muito marcante.
É evidente
que a perspectiva do escravo foi alterada. Seus horizontes se alargaram. Foi
liberto da escravidão de agradar aos homens para a liberdade de servir a
Cristo. Suas tarefas deste mundo foram absorvidas numa preocupação mais alta, a
saber, a vontade de Deus (v. 6) e o beneplácito (consentimento) de
Cristo.
Por causa
disso, uma dona de casa deve cozinhar uma refeição como se Jesus Cristo fosse
comê-la, ou fazer a limpeza geral de uma casa como se Jesus Cristo viesse a ser
seu hóspede de honra. Da mesma forma, professores cristãos devem educar
crianças; médicos tratar os pacientes e enfermeiras cuidar deles; advogados
ajudar clientes; balconistas atender fregueses; contadores fazer a auditoria
dos livros e as secretárias digitar documentos e memorandos, como se em cada
caso estivessem servindo a Jesus Cristo.
Se o
trabalho dos escravos cristãos podia ser transformado por meio de fazê-lo “como
ao Senhor”, o mesmo deve ser o caso dos mineiros, operários, lixeiros,
varredores das ruas, e atendentes das repartições públicas, que são cristãos.
Essa obediência, no entanto, deve ser
praticada
(1) Com temor e
tremor - Isso não significa rebaixamento diante de poderosos ou medo de
opressão, mas respeito pela autoridade que Deus delegou a quem é proprietário
de qualquer negócio.
(2) Na singeleza
do vosso coração - devemos trabalhar com sinceridade e integridade, sendo
produtivos e aplicados no nosso serviço.
(3) Não servindo
à vista, como para agradar a homens - devemos servir sem bajulação ou
hipocrisia. Não podemos ser contados entre os que fingem trabalhar; só
trabalham quando o patrão está por perto ou “só para inglês ver”.
(4) De boa
vontade - cristãos trabalham com disposição e atenção; compromissados com a
excelência para agradar a Deus acima de todos.
(5) Conscientes da justa retribuição de Deus - Deus é o juiz que julga o trabalho tanto do patrão como do empregado. Servir e trabalhar é um privilégio concedido à humanidade, porque Deus determinou a Adão a tarefa de cuidar da terra na qual habitava. O “mandato cultural” é para todos os homens, não só para os empregados e não só para os patrões.
Com
amor, Pr. Helio.