Abnegação
Feminina e Libertação Feminista.
2
Reis 4.8-17.
Rev.
Helio O. Silva = Goiânia-GO, 06/03/2020.
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Introdução
Estamos aqui hoje para celebrar o Dia
Internacional da Mulher.
Chamo a atenção de todos os presentes
para a forma positiva como as escrituras tratam as mulheres, num contraponto
gritante à pregação radical dos movimentos feministas modernos.
Os ensinos bíblicos sobre o papel da
mulher e seu lugar na sociedade são muito mais libertadores e realistas, se
comparados com as vozes ditas “libertadoras” de nosso tempo!
Proposição:
A
Bíblia fala do caminho da abnegação feminina como um caminho muito melhor que o
caminho posmodernista da libertação feminista.
I.
Uma mulher rica (v. 8).
Suném era uma cidade situada na
próspera região norte de Israel, 11 Km ao sul do Monte Tabor, 32 Km do Monte
Carmelo (2 Rs 4.25) e 8 Km de Jesreel, uma das regiões mais férteis da
Palestina.
Embora fosse uma família abastada, o
foco do texto é que eles tinham uma vida tranquila naquele lugar. A intenção do
autor bíblico é mostrar que tudo estava indo bem com eles quando Eliseu
apareceu por ali. Eles não precisavam de nada e estavam contentes com o que
tinham e como viviam.
II.
Tratou aos homens de Deus com abnegação (v.9-13).
a)
Ele é homem santo de Deus.
Sua abnegação foi motivada pelo
reconhecimento da relação de Eliseu com Deus. A conclusão da mulher sunamita
reflete uma afirmação que não era comum. Ao observar o caráter e comportamento
reto de Eliseu ela viu que Deus estava com ele e ele com Deus.
b)
Façamos-lhe um quarto equipado.
Sua abnegação se manifesta na tomada de
uma atitude prática em favor de quem vivia para servir a Deus integralmente. Um
quarto seria um lugar para repouso antes de retomar o caminho e as tarefas de
Deus.
c)
Tu nos tem tratado com abnegação.
Sua
abnegação não passou despercebida aos olhos de quem ela serviu com dedicação.
Abnegação é dedicação despreocupada e sem interesses outros que não sejam o bem
do próximo. Quem serve assim a quem serve a Deus, serve a Deus.
III.
Uma mulher “resolvida consigo mesma” que recebeu uma
benção especial (v.13-17).
a)
Habito no meio de meu povo.
A afirmação é despretensiosa e revela a
sua verdadeira riqueza. Tudo corria bem; ela não deseja mais nada.
b)
Daqui há um ano terá um filho.
A promessa feita por Eliseu despertou
antigos sonhos e desejos. Um filho era uma benção que ela não desejava mais,
pelo menos não mais publicamente. A observação perspicaz de Geazi aflorou
sonhos e pensamentos adormecidos, mas que Deus não esqueceu.
Aplicações:
O
que a história dessa mulher tem a ver com as comemorações do Dia Internacional
da Mulher?
Muito,
sob vários aspectos.
1.
Embora a
Bíblia ensine a submissão feminina ao homem, textos bíblicos como esse, mostram
claramente que a Bíblia nunca ensinou que submissão é subjugação.
2.
As
narrativas bíblicas sobre as mulheres mostram muito mais dignidade do que o
movimento feminista moderno reconhece ou proclama.
O
movimento feminista se tornou uma arma revolucionária para desconstrução de
padrões “conservadores e retrógrados”. Principalmente devido a sua matriz
antirreligiosa assumida no último século, as feministas se levantam em uníssono
na afirmação de que o cristianismo é uma religião patriarcal e opressora, que
nunca fez nada pela condição da mulher na sociedade, e que somente graças ao
feminismo, a mulher vem ganhando espaço.[1]
A
maciça propaganda em desfavor do casamento e as lutas em favor do aborto são
capitaneadas pelo feminismo. Só no ano passado estatísticas mostram que 42
milhões de fetos e bebês foram abortados no mundo![2]
A
implantação à força da ideologia de gênero é uma bandeira do feminismo,
negligenciando todos os fatores médicos/biológicos contrários a essa prática!
A
idiotização do masculino nas mídias televisivas é uma estratégia de marketing
para agradar o movimento feminista.
Na
verdade, foi a ascensão do cristianismo, pautado nos ensinos de Cristo, que
impulsionou a elevação moral e espiritual de toda a sociedade ocidental,
criando um ambiente muito melhor para homens e mulheres, mas principalmente
para as mulheres.[3]
Entender como Jesus tratava as mulheres nos ajuda a entender o porquê delas terem sido tão numerosas no cristianismo primitivo. O evangelho trazia a salvação tão aguardada, não somente aos homens, ricos ou nobres, mas também às mulheres, pobres e miseráveis, pois como a Escritura ensina, “Não há judeu nem grego, escravo ou livre, homem ou mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.” (Gl 3.28).[4]
Buscando
explicar essa atração das mulheres a nova religião cristã, o sociólogo
americano Rodney Stark afirma: “As mulheres eram especialmente atraídas pelo
cristianismo porque este ofereceu-lhes uma vida muito superior à vida que de
outra forma teriam levado. […] Em nenhum grupo da antiguidade havia mulheres
iguais a homens, mas havia diferenças substanciais no grau de desigualdade
experimentado por mulheres no mundo greco-romano. As mulheres nas comunidades
cristãs primitivas eram consideravelmente melhores do que as pagãs.”[5]
Basta comparar o papel e lugar da
mulher no cristianismo com o muçulmanismo. Tire as suas próprias conclusões.
3.
A condição
feminina na sociedade melhorou muito com o cristianismo.
O
cristianismo desempenhou um papel crucial na extinção de práticas como o
sacrifício humano, a escravidão, o infanticídio e a poligamia. Ele, em geral,
afetou o estatuto das mulheres, condenando o infanticídio, o divórcio, incesto,
infidelidade, poligamia e aborto. Todos esses pontos foram cruciais para a
elevação da condição da mulher na sociedade, trazendo mais segurança e
dignidade a elas.[6]
A
vantagem da mulher cristã também ocorre em relação ao matrimônio. Essa instituição
considerada “falida” pela modernidade, foi a responsável por garantir a
segurança da mulher e de seus filhos. Santificar o matrimônio e proibir o
divórcio deu muito mais segurança a mulher e foi fundamental para manutenção da
família. Pois isso impedia, como em muitas culturas, que o marido a abandonasse
por qualquer motivo.[7]
Os
retrocessos em relação a todas as conquistas femininas começaram a ocorrer no
período do renascimento. Um movimento intelectual do século XV-XVI, que buscava
o retorno aos ideais pagãos como uma forma de se desligar da religião cristã e
secularizar a sociedade. Nessa busca por suprimir a mentalidade cristã e
retirar Deus da esfera pública, foi a época em que as coisas começaram a
piorar. O direito romano que restringia a liberdade da mulher retornou, a
escravidão, que já havia sido abolida séculos antes na Europa também ressurge.
O voto, que era garantido a mulheres nas comunas medievais, só será recuperado
no século XX. E diversas outras particularidades, como a obrigatoriedade
do uso do nome do marido pela mulher, também tem início nessa época.[8]
O
pós-modernismo herdou essa cosmovisão. Nega e ridiculariza os milagres
bíblicos, mas abre os braços para o misticismo pagão, adorando gnomos, bruxas e
espíritos. Ser cheio do Espírito santo pela oração parece ser mais ridículo do
que acordar de manhã e abraçar uma árvore na pça. Mais próxima. Tem gente aqui
em Goiânia que faz isso!
Conclusão:
A
sunamita disse, eu habito no meio de meu povo, não preciso de mais nada, eu sirvo
à minha geração.
Nós
queremos mulheres que sirvam à nossa geração, e queremos ajudá-las a fazer
isso, pois também queremos uma sociedade melhor para nós e para as futuras
gerações.
[1] Foi o
Cristianismo e não o feminismo que melhorou a vida da mulher. https://ocaminhoapologetica.wordpress.com/2020/01/31/foi-o-cristianismo-e-nao-o-feminismo-que-melhorou-a-vida-da-mulher/?fbclid=IwAR3lekuO-UQacRq5sZ52OhARQCzrGEdTRoD_xVFKfRpZY1PtSVMHXY6c6tY.
Acesso em 06/03/2020.