Oração Para Vencer a Luta (parte 2) - Efésios 6.18-20
Deus quer que sejamos perseverantes no uso dos
instrumentos que Ele já nos deu para vencer a batalha espiritual, mas nós queremos usar uma
vez e pronto. Depois achamos que não dá certo mais. Com a oração não é
diferente. Sem perseverança não conseguiremos edificar uma vida espiritual
forte e vencedora.
No verso 18, Paulo nos
ensina que a oração deve permear a nossa
luta, porque querer lutar sem orar é ser como um cego no meio do tiroteio. A oração deve ser constante, porque se
pararmos de orar, paramos de lutar e o diabo levará vantagem sobre nós. A oração deve ser no Espírito, porque
só é vencedor aquele que luta em obediência à palavra do Espírito e segundo as
normas do Espírito.
Mas Paulo continua:
A oração deve ser vigilante. Vigiar é estar de plantão durante a noite, como uma sentinela, a fim de não permitir um ataque surpresa do inimigo. Devemos vigiar: 1) Porque o diabo está sempre à espreita como um leão que ruge (I Pe 5). 2) Por causa dos falsos mestres que são como lobos disfarçados de ovelhas. 3) Por causa dos demônios que se apresentam como anjos de luz para enganar até mesmo as igrejas com suas mentiras. 4) Por causa de nossa tendência a dormir, enquanto deveríamos estar orando.
A vigilância não pode ser momentânea,
mas por causa da guerra, tem de ser constante e cheia de prontidão. A oração é um projeto que não pode ser
abandonado no meio do caminho. A fraqueza de nossas vidas de oração está na
nossa inconstância.
A súplica enfatiza a insistência com Deus. Como Jacó, que não deixou o
anjo do Senhor partir sem abençoá-lo (Gn 32). Como Ana que derramou a sua alma
aflita diante de Deus durante várias horas pedindo-lhe um filho (1 Sm 2).
Suplicar é expor perante
Deus uma necessidade, não um desejo egoísta. Devemos suplicar em nossas orações
porque vivemos numa época de desespero. Fome, miséria e corrupção como nunca na
história desse país. Grande parte da Igreja apostatou da fé bíblica para abraçar
a fé financeira e materialista da teologia da prosperidade; vendendo bênçãos e
promessas de descanso nessa terra antes da volta de Cristo. A experiência de
vida cristã está abaixo do normal: Juventude rebelde e mudana; pregação de uma
fé que não lê a Bíblia nem ora mais; desonestidade entre os crentes (calotes,
negociatas, exploração da boa vontade alheia). Temos desenvolvido um
cristianismo de conveniência e conforto, em vez de caráter e dedicação. Deixamos
de confiar em Deus para confiar nos nossos próprios recursos: Aparelhagem de
som, veículos, dinheiro, número de
membros, posição na sociedade. Amando as coisas do mundo antes que a Deus que é
suficiente para nós.
A oração deve
ser intercessora, em vez de
concentrar a atenção em torno de nós, vamos colocar a nossa atenção em torno
dos outros (Fp 2.3). A nossa intercessão é importante porque a Igreja é corpo. Quando
o diabo ataca um, está atacando todos, o corpo inteiro. A nossa intercessão só
será válida se compartilhar da vida comunitária da Igreja. Como interceder se não
conhecemos os nossos companheiros de luta ao nosso lado? A intercessão tem como
objetivo abrir porta ao Evangelho e produzir intrepidez no falar de Cristo às
pessoas (v.19,20). A oração destrava a língua, pois revela o Deus maravilhoso
que intervêm no caminho dos seus para livrá-los e guia-los pelos caminhos
escorregadios da vida presente.
Por isso, 1º) Para você vencer, precisa de mais
garra, que é perseverança. Reconheça sua indolência, sua negligência, sua
falta de voluntariedade e tome a decisão de fazer diferente! É na nossa
perseverança que ganharemos as nossas almas!
2º) Para você vencer, precisa fazer parte dos que intercedem e recebem
intercessão. Quem
ora pelos outros precisa de oração, pois Satanás tentará fazê-los calar e parar
a qualquer custo. Por quem você ora, e quem ora por você?
3º) Colossenses 4.2 nos diz que a nossa vigilância deve ser cheia de
Gratidão. Gratidão
por ter sido colocado no posto; por ter a oportunidade de ser aquele que vai
dar o sinal e ouvir de Deus a frase: “_ Muito bem, servo bom e fiel, entra no
descanso do teu Senhor!”
Com amor, Pr. Hélio.