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Ruínas de Éfeso |
® Atos 19: Mais Tempo, Mais Mudanças.
A terceira viagem
missionária tem seu principal foco no tempo de Paulo em Éfeso. Em Corinto foi
um ano e meio; em Éfeso foram quase três anos. A permanência prolongada de
Paulo em Éfeso deu ensejo “a que todos os habitantes da Ásia ouvissem a palavra
do Senhor” (v.10). Sua permanência prolongada também causou efeito mais
profundo com muitas implicações sociais. Isso deve nos fazer refletir em
pastorados mais longos a fim de que a influência do Evangelho seja mais
duradoura e o trabalho de discipulado seja mais profícuo e eficaz.
O que se pode
fazer num pastorado mais longo?
1º: Estabelecer
uma base doutrinária mais correta para a fé (v.1-7). Aqui fica evidente a
necessidade de correção doutrinária para se viver corretamente a fé cristã. Se
há deficiência na forma de crer haverá deficiência na forma de praticar a fé.
Um pastorado mais longo pode identificar as deficiências e corrigi-las pelo
ensino correto.
2º: Estabilizar o
trabalho pastoral e planejar melhor a ação missionária (v.8-10). Um pastorado
mais longo promove o debate esclarecido e a persuasão racional mais que
emocional. Conversar sobre a fé amadurece a crença e faz bem para a igreja. O
debate aberto e cortez promove o trabalho missionário. A preocupação com a
doutrina correta não é empecilho às missões, pelo contrário, é um de seus mais
convincentes promotores, pois dá ocasião a que muitos outros ouçam a pregação
do evangelho.
3º: Evidenciar a
diferença e a profundidade da fé cristã frente às expressões religiosas
culturais (v.11-20). Muitos querem lucrar com o evangelho e por meio dele se
engrandecer sobre os demais. Um pastorado mais longo possibilita identificar
essa prática e desmascará-la trazendo mais temor ao rebanho e protegendo-o da
divisão baseada em preferências, disputas ou ações maliciosas.
4º: Estabelecer
uma base de envio missionário (v.21,22). A estabilidade de um pastorado mais
longo faz com que novas Antioquias apareçam e contribuam com a obra
missionária. A partir de Éfeso, as sete igrejas da Ásia Menor surgiram e se
desenvolveram. Estabilidade consagrada gera promoção, não apatia, nem
comodismo.
5º: Testemunhar in loco o fator contracultural do
Evangelho frente ao paganismo secular (v.23-41). O Evangelho é uma cosmovisão
cultural diferente e oposta à cosmovisão secular. A crença em um só Deus gera
inúmeras implicações sociais e morais; a crença em vários deuses e em deuses
falsos gera inúmeras implicações sociais e morais. O enfraquecimento do
paganismo frente ao cristianismo produz convulsão social. O mesmo acontece com
o enfraquecimento do cristianismo frente ao neopaganismo. A lição de Éfeso é
límpida para que não abandonemos a clareza da fé cristã nesses tempos de
insensatez de novas idolatrias.
Com amor, Pr. Helio.