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Gravura de - O Progresso do Peregrino - John Bunyan |
Hélio
O. Silva.
17/07/2005. Diante do Trono
Diante do trono de graça
derramei a minha alma
As minhas lágrimas engoliam
as minhas palavras.
O meu rei de lá desceu e
cuidou de mim.
Tomando-me em seus braços de
pai,
Enxugando meu rosto
inconsolado.
Abraçou-me serenamente.
Fitou-me sem acusação.
Meus pecados mancharam
A alvura de sua túnica
branca,
Mas ele nem se importou.
Eu tentei limpar o sangue de
minhas mãos
Mas aquela mancha não saía
dali!
Oh meu Deus!
O que farei, o que será de
mim?!
O seu abraço foi como o tocar
suave
Da lã de um cordeiro
perfumado.
Aquecendo meu coração,
Aceitando-me como estava.
Ele me afagava
carinhosamente.
Perdoou-me sem nada me
cobrar.
Parecia ter todo o tempo do
mundo
Só para me escutar.
Eu lhe contei tudo o que ele
já sabia
Mas mesmo assim ouviu-me
atentamente.
Eu lhe contei tudo o que o
ofendia,
Mas mesmo assim
Não desviou o
seu olhar e o seu amor de mim.
Eu chorava e parecia que doía
mais nele que em mim!
Como eu pude ser tão mal!?
Eu não quero ser tão mal.
Depois de tudo,
Ele me estendeu o seu cajado,
Estendendo-me a sua paz.
O seu perdão que nunca
mereci,
Mas, que o seu amor plantou
no meu coração.